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Igreja Católica promove preparação para o Enem

Previsto para os dias 5 e 12 de novembro, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda está longe de acontecer. Mas a preparação para quem busca ingressar em uma boa universidade, seja pública ou particular, ou até mesmo concluir o ensino médio a partir da nota do Enem.

Para ajudar aqueles aqueles não tem condições de pagar um cursinho particular e preparatório, o professor de física e matemática Manoel Caçu pensava em ministrar cursos na área em que leciona. A partir de conversas com o padre Luiz Augusto da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, decidiram então o expandir projeto para algo ainda mais grandioso. Passariam agora a contar com aulas para todas as matérias em preparação para o Enem.

O processo exigiria uma equipe maior de professores e colaboradores, que foi conseguindo graças à união do, também professor, Lutiano. Depois de muito contato e muitas conversas, o corpo docente do projeto foi montado, hoje contando com a participação com cerca de 80 professores vindo de várias cidades de Goiás, entre estes professores estão donos de grandes instituições particulares e professores das redes públicas e particulares.

Aulas

As aulas têm início às 19h na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus que fica na Av. Circular, 98-166 setor Expansul em Aparecida de Goiânia. Para melhorar ainda mais o ensino dos alunos, antes do início das aulas, há ainda um reforço que começas às 18h, onde é ensinado matemática e português básico. "A gente quer fazer um trabalho de pegar na mão, por isso a matemática básica, a atenção com o aluno. Estamos preocupados se o aluno vai sair do curso sabendo o básico, o Enem trabalha o básica. Cerca de 68% do conteúdo da prova de matemática do Enem é dado até o nono ano", explica o professor Caçu.

Estrutura

Apenas três anos da chegada do Padre Luiz Augusto na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, a estrutura da igreja foi significativamente melhorada. O auditório onde são ministradas às aulas do cursinho pré-Enem conta com uma estrutura de primeira classe. Ar condicionado, acústica, caixas de som e o quadro de primeira linha.

Busca por parcerias

Apesar da estrutura oferecida pela igreja, o projeto ainda busca parcerias, principalmente, no quesito cadeiras. As cadeiras oferecidas aos alunos não são próprias para o estudo pois não possuem apoio para o braço e materiais.

Manoel Caçu está em busca de parceiros para conseguir melhores assentos para que o aluno sinta-se ainda mais confortável. "Hoje, se o aluno abre o caderno, ele cai no colo do colega do lado. Estamos buscando essa parceria para dar mais conforto e tranquilidade à esse aluno. Além disso, estamos fornecendo lanches para todos, mas estamos tirando dinheiro do próprio bolso, os professores que já estão ministrando aulas de graça ajudam ainda com verba para a compra de lanche", lamenta.

Quem deseja contribuir com o projeto pode ir à Paróquia e fazer contribuições financeiras ou ajudar na compra dos materiais que ainda faltam.

Inscrições

As inscrições foram encerradas, mas quem ainda tem interesse em participar pode ir à Paróquia para se matricular e aguardar na lista de espera. O espaço ,hoje, mantém 180 pessoas estudando e há 20 na lista de espera. "Queremos que neste primeiro momento haja 200 pessoas participando das aulas, mas, pela falta das cadeiras ainda não será possível", explica Caçu.

A prioridade é para famílias carentes sem condições de pagar um cursinho particular, alunos que terminaram o ensino médio ou que estão no último ano. Apesar da prioridade, não há somente esse perfil de aluno. "Temos cerca de 10 alunos mais velhos que não terminaram o ensino médio, e para que consigam um emprego farão o Enem com o objetivo de conseguir o diploma do ensino médio", relata.

Importância da igreja

Conhecido como evangelizador das multidões, o padre Luiz Augusto revela que o projeto é de suma importância para motivar os fiéis da igreja e aqueles que por algum motivo deixaram de frequentar um templo. "Esse não é um projeto do padre, mas sim um projeto de Deus. Outras pessoas se uniram, acreditaram e está fazendo dar certo. As pessoas se envolvem no projeto e não importa para a gente se são católicas, espíritas, evangélicas ou ateus. Mas eu tenho certeza que muitos desses ficaram aqui com a gente depois de concluir esse projeto pois há várias maneiras de ajudar e várias frentes de trabalho", ressalta Luiz Augusto.

"Eu como padre preciso fazer um papel de pai. Acompanhar essas pessoas para que estejam sendo bem atendidas, garantir que cheguem com segurança em casa, fizemos parcerias com a rede de transporte para que o horário do ônibus se adaptasse à hora que os alunos saiam do curso", destaca.

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