Home / Cotidiano

COTIDIANO

Saem primeiros nomes da lista da delação do fim do mundo

A lista divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta terça-feira, 14, ao Supremo Tribunal Federal (STF) será apreciada pelo ministro relator Eduardo Fachin até a próxima semana.

Os nomes denunciados na "Delação do fim do mundo", realizadas a partir de confissões da direção da empresa Odebrecht, dizem respeito a uma série de suspeitas que recaem contra vários agentes públicos e políticos sem mandato.

Os funcionários da empreiteira Odebrecht e da petroquímica Braskem (empresa do grupo Odebrecht) resolveram falar o que sabem do que seria um dos maiores esquemas de corrupção do mundo. Janot requer a abertura de inquérito para investigar os citados nas delações de 77 executivos e ex-executivos.

A expectativa é de que sejam anunciados nomes de políticos dos estados, já que a Odebrecht tem negócios em vários estados do país - inclusive Goiás.

Por enquanto a imprensa, através de depoimentos de quem teve acesso aos documentos, anunciou o grupo de políticos do Governo Federal e Congresso Nacional, além de Dilma e Lula, que serão investigados.

Os nomes são os seguintes:

  • Aloysio Nunes (PSDB-SP), ministro de Relações Exteriores
  • Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil
  • Gilberto Kassab (PSD-SP), ministro de Ciência e Tecnologia
  • Bruno Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades
  • Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
  • Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Secretaria-Geral da Presidência
  • Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado
  • Edison Lobão (PMDB-MA), senador
  • José Serra (PSDB-SP), senador
  • Aécio Neves (PSDB-MG), senador
  • Romero Jucá (PMDB-RR), senador
  • Renan Calheiros (PMDB-AL), senador

Para a primeira instância da Justiça, os pedidos de inquérito são para os ex-presidentes

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
  • Dilma Rousseff (PT)

E para os ex-ministros

  • Antonio Palocci (PT)
  • Guido Mantega (PT)
[box title="O que deve acontecer"] A lista oficial com os nomes dos alvos dos pedidos de inquérito só será conhecida a partir do momento em que Fachin conceder a retirada do segredo de Justiça, o que, segundo a área técnica da Corte, não vai ocorrer antes da próxima segunda-feira (20), diante do grande volume de material a ser processado. Não há prazo para que o relator da Lava Jato no STF analise os pedidos nem retire os sigilos. Os pedidos são baseados nas delações premiadas de 77 funcionários e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que foram homologados – isto é, tornados juridicamente válidos – pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em 30 de janeiro. Os 950 depoimento somam, segundo a Procuradoria-Geral da República, 500 gigabytes de vídeos e não é possível estimar quanto isso equivale em horas, pois esse cálculo depende da resolução das filmagens. As oitivas foram realizadas em apenas uma semana por 114 procuradores da República, em 34 unidades do Ministério Público Federal nas cinco regiões do país. Próximos passos As 10 caixas enviadas pela PGR com os documentos chegaram ao STF às 17h desta terça-feira e foram encaminhadas a uma sala-cofre da Secretaria Judiciária, onde serão autuadas, processo que levará ao menos até a próxima sexta-feira (17) e pelo qual cada pedido de Janot receberá um número e passará a constar no sistema do tribunal. O corpo técnico do STF também trabalha para concluir a transferência para Fachin dos processos que ainda restam em nome do falecido ministro Teori Zavascki, que era o relator anterior da Lava Jato, até morrer na queda de um avião em janeiro. Isso pode retardar ainda mais a divulgação dos nomes dos políticos alvo dos pedidos de inquérito. Somente após esta etapa de autuação, os 320 pedidos de Janot começarão a ser analisados por Fachin, inclusive no que diz respeito à retirada dos sigilos. [/box]

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias