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Goiana é considerada pela Time uma das maiores personalidades globais

Um fato raro para a ciência brasileira: a médica brasileira Celina Turchi, natural de Goiânia, especialista em doenças infecciosas da Fiocruz Pernambuco, foi eleita uma das personalidades mais importantes do mundo em 2017 pela revista americana "Tim

Um fato raro para a ciência brasileira: a médica brasileira Celina Turchi, natural de Goiânia, especialista em doenças infecciosas da Fiocruz Pernambuco, foi eleita uma das personalidades mais importantes do mundo em 2017 pela revista americana "Time". A escolha ocorreu nesta quinta-feira, 21.
Em 2016, ela já tinha sido escolhida como uma das dez cientistas mais importantes de 2016 pela revista “Nature” devido à pesquisa que descobriu a relação entre a microcefalia e o vírus da zika.
A cientista é irmã de Maria Zaira Turchi, presidente da Fundação de Amparo e Pesquisa de Goiás (Fapeg),

Celina se formou na  Universidade Federal de Goiás (UFG) e defendeu mestrado na London School of Hygiene & Tropical Medicine. O doutorado foi apresentado na USP.

A cientista goiana entrou na lista como "pioneira" ao lado de outro brasileiro - o jogador Neymar, atacante do Barcelona.

A listagem indica também o papa Francisco, o presidente americano Donald Trump, o líder russo Vladimir Putin, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.

Celina é apresentada no ranking pelo médico americano Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

A médica é descrita como “apaixonada, motivada e um modelo do tipo de liderança global e de colaboração necessárias para a proteção da saúde humana”.

Celina comparou junto à sua equipe  a relação do vírus zika com a microcefalia.

Sua ação contrariou parte da comunidade médica, que não acreditava em sua tese.

A médica goiana formou então uma força-tarefa de epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas, pediatras, neurologistas e biólogos especializados em reprodução e conseguiu provar sua hipótese.

“Nem no meu pior pesadelo eu imaginei uma epidemia de microcefalia em bebês”, disse a pesquisadora em entrevista à “Nature”.

A pesquisadora disse que o contato dentro da rede de especialistas formada por ela permitiu produzir evidências suficientes para ligar a infecção por zika e a doença no primeiro trimestre da gravidez.