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Padre que abusou de garoto em Caldas Novas terá pena máxima

A Justiça goiana condenou o padre Fabiano Santos Gonzaga, 29, a 15 anos de prisão em regime fechado. Ele teria violentado sexualmente um adolescente de 14 anos em uma sauna de Caldas Novas em junho do ano passado.
O caso teve repercussão nacional, com a exposição de uma ferida da Igreja Católica que nunca se cura: a pedofilia e a exploração sexual de fiéis.
Conforme a sentença, a defesa de Fabiano criou situações que chegaram a confundir a magistrada responsável pela decisão.

A estratégia de defesa foi apresentar contradições no discurso da vítima e procurar se assentar na clássica máxima penalista de ‘in dubio pro reo’ - na dúvida, que a decisão seja favorável ao réu.

O uso de fotografias foi decisivo tanto pela defesa quanto pela acusação, que conseguiu a pena máxima. O padre pode recorrer da sentença.
Desde o início, a defesa do pároco Fabiano Santos Gonzaga tentou demonstrar que ele é inocente e que um grande equívoco judicial estaria sendo cometido contra o religioso. Inicialmente seria a versão dele contra o adolescente portador de deficiência mental.Aos poucos o processo foi se constituindo através de supostas provas e testemunhos que corroboraram, ao menos em decisão de primeiro grau, a ocorrência do estupro numa sauna localizada em um clube de Caldas Novas.

A tese de defesa é de que o padre apenas conversou com o adolescente por alguns segundos. No inquérito policial é relatado que a Polícia Militar (PM) foi chamada pela mãe do jovem, já que o padre estava na sauna do clube quando encontrou o garoto. Em seguida, iniciou atos de violência sexual contra o adolescente, o impedindo de sair do local até que tudo terminasse. Após o jovem contar o fato para a mãe, ela resolveu comunicar o ocorrido para a PM.

IMAGENS

Ato contínuo à prisão do padre, a polícia goiana chegou a dizer que encontrou imagens pornográficas no celular do religioso. A defesa questionou a informação, já que as cenas encontradas são comuns nos grupos de Whatsapp. Fotos de homens de cueca e selfies do próprio padre estavam na lista, alegou a PM. O padre morava em Frutal (MG) e estava em Caldas Novas para a prática de turismo.

Ele chegou acompanhado de outro religioso e um amigo. A Arquidiocese de Uberaba, em Minas Gerais, responsável pela comunidade católica de Frutal, afastou Fabiano do exercício do ministério e demais cargos eclesiásticos.

Mesmo assim, na prisão, ele exerceu o ofício cristão, realizando informalmente missas.
A magistrada Valeska da Silva Baruki avaliou as informações da defesa na tentativa de não cometer erro de julgamento, inclusive na juntada de imagens da sauna - tanto pela delegada do caso quanto pela defesa.

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