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Pesquisa da UFG indica que idosos com menor escolaridade praticam mais automedicação

A maior convivência com doenças crônicas faz dos idosos grandes usuários de serviços de saúde e possivelmente o grupo mais medicado da sociedade. O uso de vários medicamentos concomitantemente, a chamada polifarmácia, todavia, coloca em risco a vida daqueles que estão na terceira idade. Os medicamentos mais usados pelos idosos goianos atuam no aparelho cardiovascular (38,6%), revela pesquisa da UFG.

O uso de fármacos inadequados, todavia, torna vulneráveis os idosos aos efeitos adversos e às interações medicamentosas.

A pesquisadora Thalyta Renata Araújo dos Santos defendeu dissertação de mestrado “Análise do padrão do uso de medicamentos em idosos no município de Goiânia”, através da pós-graduação de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Goiás (UFG) conclui que mais de um terço dos idosos  relatou praticar automedicação. De acordo com os dados coletados por Thalyta, a prevalência de consumo de medicamentos impróprios pelos idosos chega a 24, 6% do universo investigado.

“Além disso, têm-se o uso de medicamentos considerados impróprios para o idoso, seja por redução da eficácia terapêutica ou por um risco aumentado de efeitos adversos que superam seus benefícios”, descreve a pesquisadora.

A metodologia adotada pela pesquisadora  incluiu o estudo de base populacional e delineamento transversal. Conforme a dissertação de Thalyta, foram coletados dados de 934 idosos no período entre dezembro de 2009 e abril de 2010.

“No questionário aplicado havia questões sobre medicamentos, além de informações sobre autopercepção de saúde e o perfil socioeconômico”, resume.

No estudo, as mulheres usavam mais medicamentos que os homens (3,94 e 3,06 respectivamente). Por sua vez, os medicamentos mais usados por automedicação foram os analgésicos (30,8%). O estudo da UFG aponta que os medicamentos impróprios mais usados foram os benzodiazepínicos (34,2%).

Thalyta, em seu estudo, divulgado em 2012, afirma que mulheres, viúvos, idosos com 80 anos ou mais e os que apresentaram pior autopercepção de saúde praticavam mais a polifarmácia. Por sua vez, idosos com menor escolaridade e com pior autopercepção de saúde praticavam mais a automedicação.

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