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Estudante é assassinado dentro da UFG

O estudante Ariel Ben Hur Costa Vaz, de Ciências Ambientais, foi assassinado a tiros na noite de sexta-feira, 15, dentro do Campus Samambaia, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

O homicídio ocorreu dentro da programação da "Calourada Integrada" e engrossa a lista de casos de violência que ocorreram recentemente nas dependências da universidade.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) defendeu o evento, que teria autorização da reitoria: "Ressaltamos, que a festa contava com autorização da Reitoria e com duas empresas de segurança privada, sendo uma fixa da Universidade e a outra contratada exclusivamente para o evento anteriormente citado. Além disso, destaca-se que, o campus não possui restrição para entrada, impossibilitando, portanto, qualquer tipo de controle de quem estava presente no evento."

O DCE afirma ainda em sua nota pública que o jovem não teve atendimento de urgência e o Samu teria 'zombado' da situação, por meio de um dos servidores: "Ao ser acionado zombou da situação e que nenhuma ambulância do SAMU foi mandada".

Ariel foi levado para o Cais de Campinas, no setor dos Funcionários, mas faleceu no caminho da unidade de saúde.

Conforme apurou a Polícia Civil do Estado de Goiás, o assassinato ocorreu às 23h de sexta-feira e ainda não existe uma motivação específica e autoria para o crime.

A Polícia Civil trabalha com duas narrativas coletadas no evento: crime passional e reação ao roubo de um celular.

O jovem estava no gramado próximo ao Centro de Convivência da UFG e Escola de Música e Artes Cênicas. O local é pouco iluminado e próximo da reitoria, mas costuma reunir grandes conglomerações de pessoas com eventos.

Um outro jovem, Marcus Eduardo Souza, também foi ferido e levado pelo Corpo de Bombeiros até o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol); ele deve realizar uma cirurgia nas próximas horas.

O corpo do estudante assassinado está no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.

[box title="DCE diz que garantiu segurança do evento  e contava com autorização"]

NOTA DE PESAR

É com muito pesar, que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Goiás, vem diante da comunidade acadêmica da UFG e dos familiares da vítima do fato ocorrido ontem (15 de setembro) por volta das 23:00 na “Calourada Integrada 2.0”, lamentar a morte do estudante de Ciências Ambientais, Ariel Bem Hur Costa Vaz.
Ressaltamos, que a festa contava com autorização da Reitoria e com duas empresas de segurança privada, sendo uma fixa da Universidade e a outra contratada exclusivamente para o evento anteriormente citado. Além disso, destaca-se que, o campus não possui restrição para entrada, impossibilitando, portanto, qualquer tipo de controle de quem estava presente no evento.
Informamos que o DCE, já está tomando as medidas cabíveis pra responsabilizar aqueles que colocaram em risco a integridade física e psicológica dos estudantes. Ademais, colocamos a disposição dos familiares da vítima o advogado da entidade, para que seja prestado todo auxilio jurídico necessário.
Manifestamos ainda, repúdio a posição da Policia Militar de Goiás, que diante de informação de crime ocorrido no local e já presente no campus, se negou a cumprir seu papel constitucional de patrulhamento ostensivo e preservação da ordem pública; não prestando socorro ou qualquer assistência até que o Corpo de Bombeiros chegasse ao local mais de 30 minutos depois do fato.
Vale lembrar que ao fugir ao cumprimento de seu papel constitucional a Policia Militar do Estado de Goiás violou o direito subjetivo dos estudantes da Universidade Federal de Goiás, qual seja, o direito à segurança, bem como ocasionou na morte do estudante com sua omissão.
Salienta-se ainda, que o(a) atende do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que em tese “funciona 24h por dia e atende urgências e emergências em residências e vias públicas”, ao ser acionado zombou da situação e que nenhuma ambulância do SAMU foi mandada ao local.
No mais, pedíamos a todos que desejam cooperar com as investigações do caso que procure a Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) para prestar depoimento.

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