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Paulo Freire pode deixar de ser patrono da educação brasileira

Conhecido e aclamado, nacional e internacionalmente, por sua contribuição à educação, Paulo Freire é patrono oficial da educação brasileira desde 2012. Porém pode deixar de ser, se uma proposta legislativa apresentada no site do Senado prosperar.

A proposta, apresentada no site e-Cidadania, foi uma sugestão popular e apresenta como argumento que Freire é um filósofo de esquerda: “Paulo Freire é considerado filosofo de esquerda e seu metodo de educação se baseia na luta de classes, o socio construtivismo é a materialização do marxismo cultural”, argumenta Stefanny Papaiano, autora da proposta, na página.

Para ela também os resultados apresentados pelos métodos de Freire não são consenso: “os resultados são catastroficos e tal metódo ja demonstrou em todas as avaliações internacionais que é um fracasso retumbante.”, prossegue.

O projeto de lei que fez de Paulo Freire o patrono da educação é de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). Ele foi apresentado em 2005 e aprovado em 2012, sendo sancionada por Dilma Rousseff.

A lei 12.612 tramitou em caráter terminativo nas comissões de Educação da Câmara e do Senado, onde teve unanimidade de votos.

Proposta

No portal e-Cidadania do Senado, a proposta já recebeu mais de 13 mil votos de apoio. Se este número chegar a 20 mil a ideia se torna uma Sugestão Legislativa e será debatida pelos Senadores. Janeiro do próximo ano é o prazo limite para que a sugestão consiga o número de votos suficiente para ser discutida na Casa.

Freire

O educador e filósofo Paulo Freire é influenciou o movimento que ficou conhecido como pedagogia crítica. Para ele, o aluno assimilaria conhecimento fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, e não no processo que ele denominou de educação bancária. Neste, o aluno apenas receberia do professor os ensinamentos, como um banco onde eram depositados conceitos.

Além do livro pedagogia do oprimido, escreveu outros como Pedagogia da Esperança. Veja trecho deste:

“[É necessário] Criticar a arrogância, o autoritarismo de intelectuais de esquerda ou de direita – no fundo, da mesma forma reacionários – que se julgam proprietários: os primeiros do saber revolucionário, os segundos do saber conservador; criticar o comportamento de universitários que pretendem conscientizar trabalhadores rurais e urbanos sem com eles se conscientizar também; […] buscam impor a superioridade de seu saber acadêmico às massas ‘incultas’.”

No último domingo (17/09), se estivesse vivo, Freire completaria 97 anos.

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