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Procon-GO entra com ação judicial contra mais de 96 postos de combustíveis

Foto:Divulgação/Procon Goiás O Procon Goiás ingressou nesta sexta-feira, 17, por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor da Procuradoria Geral do Estado (PGE) com mais uma Ação Civil Pública contra mais de 96 postos de combustíveis do estado.A liminar ped

Foto:Divulgação/Procon Goiás


O Procon Goiás ingressou nesta sexta-feira, 17, por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor da Procuradoria Geral do Estado (PGE) com mais uma Ação Civil Pública contra mais de 96 postos de combustíveis do estado.

A liminar pede que os demais estabelecimentos reduzam sua margem de lucro em R$ 0,24 ou 10,208% do valor praticado em julho deste ano, sob pena de multa diária para cada posto no valor de R$ 10 mil.

Segundo o órgão, a multa total somada aplicável aos postos é de R$ 7.8 milhões.

Ação anterior

O juiz Reinaldo Alves Ferreira, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, acolheu nesta manhã, o pedido liminar da Ação Civil Pública requerido pelo Procon Goiás no último dia 10 de novembro, em desfavor de 60 postos de combustíveis de Goiânia.

A Justiça determinou que o réus retomem a margem de lucro bruto médio praticada em julho de 2017, que correspondia a 10,2% sobre o preço do litro do etanol hidratado até que o valor por eles praticado esteja compatível com aquele repassado pelas distribuidoras de combustíveis no respectivo período.

O magistrado ainda fixou em R$ 20 mil a multa diária para casa posto em caso de descumprimento da decisão judicial.

Os proprietários dos 60 estabelecimentos serão intimados pela Justiça para o cumprimento imediato da decisão.

Governo Estadual

O governador Marconi Perillo determinou que a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) publique diariamente em seu portal, a partir de hoje, os preços mínimos, médios e máximos praticados por todos os postos de combustíveis do Estado que utilizam Nota Fiscal Eletrônica do Consumidor.

A lista deve conter a relação de estabelecimentos informando o município e bairro onde estão localizados, além dos preços cobrados na venda de diesel comum, etanol comum e gasolina comum.

A determinação ainda prevê que a Sefaz publique todas as informações sobre a composição tarifária dos combustíveis, com histórico das alíquotas de ICMS, aumentos praticados pela Petrobras, elevação das tarifas de PIS e Confins, margens de lucro aplicadas pelos distribuidores e os aumentos decorrentes dessas alterações.

De acordo com Perillo, a tabela atesta que os aumentos verificados nas últimas semanas pelo órgão de defesa do consumidor, não tem relação com a carga tributária do Estado.

Entenda o processo do Procon

A PGE, a partir da documentação apresentada pelo Procon Goiás, verificou suposta infração aos arts. 39, V e X, do CDC, em razão do aumento injustificado do lucro bruto por litro de etanol vendido.

Conforme apuração do órgão, verificou-se que o lucro bruto dos postos de combustíveis saltou de R$ 0,24 centavos para R$ 0,53 centavos por litro de etanol vendido, o que representou um incremento de mais de 120% na margem de lucro dos postos.

Também foi constatado que, enquanto as distribuidoras de combustível reajustaram o preço do etanol em 3,55% no período de julho a novembro de 2017, os postos reajustaram os preços em 14,29% no mesmo período, o que representa um reajuste quatro vezes maior, sem qualquer justificativa.

Considerando que a margem de lucro do etanol foi elevada de forma abusiva, prejudicou-se a concorrência com o principal combustível, que é a gasolina.

Se o percentual aplicado abusivamente no preço do etanol não fosse tão expressivo, haveria concorrência com a gasolina fazendo com que a baixa procura pela gasolina forçaria uma redução, que é o que normal ocorrer quando o mercado de combustível está funcionando de maneira saudável.

Processo administrativo

O Procon Goiás começou a analisar as respostas enviadas pelos donos de postos, usinas e distribuidoras em resposta às solicitações feitas pela superintendência no processo administrativo que apura o aumento abusivo do preço de combustíveis na capital.

Com informações das assessorias de comunicação do Procon Goiás e Governo do Estado.