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Metade dos municípios goianos não tem política de saneamento básico

 Goiás está na 8ª posição entre os Estados que apresentam maior proporção de municípios sem políticas de saneamento básico  Metade ou 50% dos muni­cípios goianos não pos­suía Política Municipal de Saneamento Básico (123 muni­cípios), o ano passado,

  •  Goiás está na 8ª posição entre os Estados que apresentam maior proporção de municípios sem políticas de saneamento básico

Metade ou 50% dos muni­cípios goianos não pos­suía Política Municipal de Saneamento Básico (123 muni­cípios), o ano passado, o que colo­cou Goiás na oitava colocação en­tre os Estados que apresentavam a maior proporção de municípios sem esse tipo de política municipal, em 2011, 75,6% municípios goia­nos não possuíam a política (186 municípios). Os dados são do Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Es­tatística (IBGE) e não de candidatos da oposição, como pode parecer à primeira vista. São números crus e que causam impacto. A falta de saneamento básico significa maior sujeição a doenças ou endemias.

Segundo a consagrada insti­tuição, para o País, 37,7% dos mu­nicípios (2102 municípios) não possuíam Política Municipal de Saneamento Básico em 2017. Cin­quenta e oito municípios de Goiás (23,6%) informaram possuir Políti­ca Municipal de Saneamento Bási­co em 2017, enquanto 65 municí­pios goianos (26,4%) informaram que a Política Municipal de Sanea­mento Básico estava em elaboração naquele ano. Apenas 19,1% (47 mu­nicípios) dos municípios de Goiás possuíam em 2017 a Política Mu­nicipal de Saneamento Básico insti­tuída por instrumento legal, seja por lei, decreto, portaria ou outra forma.

Os principais temas contempla­dos nas políticas municipais de sa­neamento básico em Goiás foram: plano municipal de saneamento básico em 52 municípios, a forma de prestação de serviços de sanea­mento básico e/ou definição do prestador de serviços em 33 muni­cípios, a forma de regulação e fisca­lização de serviços de saneamento básico e ou definição do órgão res­ponsável pela regulação e fiscaliza­ção em 32 municípios, os direitos e deveres dos usuários também em 32 municípios e os parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública em 28 municípios.

SANEAMENTO BÁSICO EM 2017

O IBGE observa que quando considerado somente o Plano Mu­nicipal de Saneamento Básico em 2017, 28,5% dos municípios goia­nos (70 municípios) possuíam-no, enquanto 43,0% (106 municípios) estavam com plano em elabora­ção. Dos municípios que já pos­suíam o plano, 84,3% deles foram instituídos por Leis (59 municí­pios) e em 37,1% (26 municípios) o plano foi elaborado em conjunto com a iniciativa privada. 98,6% dos planos goianos abrangiam o abas­tecimento de água, 91,4% o esgota­mento sanitário, 90,0% a limpeza pública e manejo de resíduos sóli­dos e 81,4% a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

O diagnóstico da situação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico e de seus im­pactos nas condições de vida da população local estava presente em 82,9% (58 municípios) dos planos goianos, 92,9% dos planos (65 mu­nicípios) possuíam os objetivos e metas de curto, médio e longo pra­zos de universalização dos servi­ços e em 88,6% dos planos (62 mu­nicípios) possuíam os programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e metas propos­tos. Somente 15,0% dos municípios goianos possuíam Conselho Muni­cipal de Saneamento em 2017.

Em 2017, apenas 15,0% dos municípios goianos possuíam Conselho Municipal de Sanea­mento. Destes, 83,8% (31 muni­cípios) o Conselho era Paritário, ou seja, possuíam a mesma quan­tidade de representantes do go­verno e da sociedade civil, e em 70,3% (26 municípios) o conse­lho tinha caráter deliberativo e em 64,9% (24 municípios) tinha cará­ter consultivo, mas somente em 40,5% (15 municípios) o conse­lho possuía o caráter fiscalizador.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

No Estado em 2017, 50,0% dos municípios goianos (123 municí­pios) participavam do Conselho Municipal de Saúde no controle dos serviços de saneamento bá­sico, e em 38,2% dos municípios goianos (94 municípios) tinham o Conselho Municipal de Meio Am­biente na participação no controle dos serviços de saneamento.

Os mecanismos de participa­ção da comunidade no controle dos serviços de saneamento básico nos municípios goianos mais co­muns foram os debates e audiên­cias públicas 33,3% (82 municí­pios) e as conferências das cidades 24,8% (61 municípios). Somente 9,3% dos municípios goianos pos­suíam Fundo Municipal de Sanea­mento Básico em 2017.

Goiás possuía em 2017, 23 mu­nicípios com Fundo Municipal de Saneamento Básico (9,3%) fican­do na 11ª colocação proporcio­nal entre os estados com maior quantidade de municípios com esse tipo de fundo, Santa Catari­na é o primeiro Estado, contan­do com 126 municípios com fun­do, o que representava 42,7% dos municípios catarinenses.

Oitenta e nove municípios goianos (36,2%) possuíam con­sórcio público na área de sanea­mento básico em 2017, destes, 18 municípios possuíam con­sórcio na área de abastecimento de água, sendo oito municípios com participação do Estado no consórcio; 13 municípios pos­suíam na área de Esgotamento sanitário, sendo três municípios com participação do estado; 13 municípios possuíam na área de manejo de águas pluviais, sendo três municípios com participa­ção do Estado; e 83 municípios na área de manejo de resíduos sólidos, sendo 19 municípios com participação do estado.

Em 2017, 103 municípios goia­nos (41,9%) possuíam a definição do órgão responsável pela regu­lação dos serviços de saneamen­to básico. Nas áreas de Abasteci­mento de água e de Esgotamento Sanitário, 73 municípios (29,7%) e 19 municípios (7,7%), respectiva­mente, possuíam como órgão res­ponsável uma entidade regulado­ra estadual. Já nas áreas de manejo de águas pluviais e manejo de resí­duos sólidos, 15 municípios (6,1%) e 28 municípios (11,4%), respecti­vamente, possuíam como órgão responsável um órgão municipal.

LICENÇAS AMBIENTAIS

Dos municípios de Goiás no ano de 2017, 109 (44,3%) apre­sentavam licença ambiental para o sistema de abastecimento de água, 59 (24,0%) apresentavam li­cença ambiental para o sistema de esgotamento sanitário, 35 (14,2%) apresentavam licença ambiental para o sistema de manejo de águas pluviais e 62 (25,2%) apresenta­vam licença ambiental para o sis­tema de manejo de resíduos sóli­dos. Apenas 8,1% dos municípios goianos possuíam Sistema Mu­nicipal de Informações em 2017.

Goiás contava em 2017 com apenas 20 municípios com Sis­tema Municipal de Informações de caráter público sobre os servi­ços de saneamento, o que o leva a penúltima colocação proporcio­nal entre os estados nesse que­sito, ficando a frente somente do Maranhão que apresentava 16 municípios (7,4%) com Sistema Municipal de Informações.

Já com relação às ouvidorias municipais ou centrais de aten­dimento ao cidadão para rece­bimento de reclamações ou ma­nifestações sobre os serviços de saneamento, Goiás possuía 50 municípios (20,3%) com tal servi­ço. 78,5% dos municípios goianos não tiveram ocorrências de ende­mias ou epidemias associadas ao saneamento básico em 2017.

Goiás figura como sexto Esta­do proporcionalmente com me­nos municípios com ocorrências de endemias ou epidemias as­sociadas ao saneamento bási­co (21,5% ou 53 municípios). As doenças que causaram mais en­demias ou epidemias nos muni­cípios goianos em 2017 foram: dengue (50 municípios); diarréia (20 municípios); zika (10 municí­pios); verminoses (nove municí­pios) e doença do aparelho respi­ratório (oito municípios).

O IBGE observa que quando considerado somente o Plano Municipal de Saneamento Básico em 2017, 28,5% dos municípios goianos (70 municípios) possuíam-no, enquanto 43,0% (106 municípios) estavam com plano em elaboração