O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) por auxiliar Lázaro Barbosa durante sua fuga e por posse ilegal de arma de fogo com sinais de identificação adulterados. De acordo com as informações do MPGO, a arma se trata de uma espingarda calibre 22, com 49 munições.
A denúncia contra o fazendeiro foi protocolada pela promotora de Justiça, Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello, e segundo o documento, no dia 10 de junho a força tarefa foi criada e instalada em Cocalzinho de Goiás para prender Lázaro após os crimes que chocaram o Brasil e praticados naquela região.
A promotora afirma que mesmo diante das buscas da Força-tarefa, o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, do dia 18 de junho até sua prisão no dia 24 ajudou Lázaro lhe dando um lugar para ficar e assim retardar e dificultar o trabalho da equipe policial.
Segundo a denúncia alguns policiais desconfiaram da atitude de Elmi, após ele trancar com um cadeado todos os acessos a sua propriedade rural, uma vez que os outros fazendeiros da região deixaram as portas abertas para que a polícia seguisse com as buscas para prender Lázaro Barbosa.
Caseiro afirmou que recebeu ordens do fazendeiro para não deixar a polícia entrar na propriedade
Após as suspeitas levantadas pela equipe policial, o caseiro da propriedade de Elmi, Alain Reis de Santana, foi abordado e afirmou que recebeu ordens para não deixar que a polícia entrasse na fazenda. Fazendeiro e caseiro foram presos dias depois, e Alain informou que o patrão estava auxiliando Lázaro na fuga.
Após a prisão dos dois, a polícia encontrou na fazenda uma arma de fogo com munições, e um aparelho celular, ambos os objetos foram apreendidos na ação. De acordo com as informações divulgadas no celular foram encontradas mensagens que mostram que Elmi estava auxiliando Lázaro Barbosa em sua fuga, e na ocasião os cães farejadores identificaram os rastros de cheiro do fugitivo.
A denúncia pede também que seja instaurada uma investigação contra o filho de Elmi, Gabriel, pois há indícios de sua participação no crime. A promotora afirma que o caseiro Alain Reis poderia ter auxiliado na fuga de Lázaro, mostra que ele não tinha domínio, influência ou mesmo consciência sobre o crime que estaria sendo praticado pelo patrão.
De acordo com a denúncia Alain foi contratado há menos de um mês para trabalhar no local, e não tinha acesso ao que ocorria na propriedade. O que segundo a promotora do caso mostra que ele apenas cumpria as ordens dadas pelo fazendeiro.
Por sua vez Elmi foi indiciado pelos crimes previstos nos artigos 12 e 16 do código penal brasileiro, e 348 em pelos menos cinco oportunidades e também 69.
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