Home / Cultura

CULTURA

Fripoi

por siririca poéticaPele interpela carne cruaCarne de imaturaquer se esconder,apodreceCarne sente o tempoÉ a finitudeNa carne passa genteque é violência e paixãoVontade de vidaLínguas sem barbárieSaxofones traz devolta o mundo encantadoChuva de MolotovsAn

por siririca poética

Pele interpela carne crua

Carne de imatura

quer se esconder,

apodrece

Carne sente o tempo

É a finitude

Na carne passa gente

que é violência e paixão

Vontade de vida

Línguas sem barbárie

Saxofones traz de

volta o mundo encantado

Chuva de Molotovs

Anunciam a dança de Tânatos e Eros

Na cidade passam ônibus

Superfaturados

Fratura exposta na perna de dona Maria

mordida pelos interesses

da classe dominante

Ladainhas, os costumes

e boa moral

Interpela

Viver sem tempos mortos

é morta a carne do progresso

E pro matadouro

seguem nossos pés