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O jovem ator Pablo Morais, tem uma força de luz em seu olhar, apoderando-se da vontade da alma, ele domina a todos com sua energia contagiante e alegre. A primeira vez que o vi, foi em Abadiânia na Casa de Dom Inácio de Loyola em Abadiânia. Pablo gosta de ir sempre se encontrar com João de Deus. Ele estava ali, procurando transformar-se em um ser humano com mais poesia e vivenciar a sua experiência, encontrando pontos de contato que uniria a singularidade de uma vida a outra.
Pablo tem a capacidade central, de unir o seu eu, a sua transparência, fazer a sua moda, modelar seu corpo remando na lagoa, torcer pelo flamengo, e acima de tudo ser poeta da vida.
Tive um terceiro encontro memorável com ele no Club House no Rio de Janeiro a convite do cineasta Candé Salles e ouvindo seu som meio bossa, meio Cazuza, eu me encantei com a suavidade de sua voz. Ele parou, pegou uma cerveja e sentou-se ao meu lado. Ali naquele canto lindo, noite de velas ele começou a declamar alguns poemas do Caio Fernando Abreu. Depois de um gole de cerveja, sorrindo me falou que é também de Goiânia. Pablo começou a me descrever sua mãe, uma mulher que deu a ele a capacidade de sonhar, acreditar e vencer.
Perguntei-lhe, o que o levou a ser ator, segundo o mesmo: “Eu sou um poeta construtor de imagens: transformo meu corpo às palavras, e vou desenhando e dando forma as aventuras do texto. Consigo interpretar nos gestos, na minha voz, no modo de narrar e faço da arte e cena, o meu espetáculo”.
Percebi que o seu modo de estar no mundo e o contato que cria com o público sugerem as relações que mantém, sendo o seu maior propósito ser um excelente ator. Pablo, criou a sua própria invenção de um novo modo de vida. O seu pensamento é através das relações intersubjetivas. Ele transpassa a fronteira entre a vida e a arte. Pablo começou desde cedo, a trilhar o caminho que queria seguir. Segundo ele: “Cresci cedo demais. Fui para o Rio de Janeiro garoto sabendo o caminho que queria seguir. Depois fui para São Paulo e conheci a jornalista Paula Dip que é roteirista, diretora de cinema e amiga pessoal do escritor e poeta Caio Fernando Abreu. Ela me apresentou boa parte de sua obra e fui vivenciando sua poesia e seus escritos para a minha vida.
Pablo é um sucesso nas passarelas e fez campanhas importantes de moda e agora ele se prepara para encarar um novo desafio profissional, estreará como ator em uma novela das 21 horas “Velho Chico” em março. Ele será Cícero, um dos personagens principais da trama da Globo. Vale lembrar que antes ele fez participação na novela “Sangue Bom”.
Perguntei para o Pablo porque ele escolheu ser ator. Segundo ele: “Um ator precisa de algo mais do que apenas seu talento de beleza: Ele deve ser também, um ser humano, sensível com a vida. Por isso escolhi esta profissão. Quero ser reconhecido pela minha arte e não porque sou bonito. Estudo, pesquiso, me dedico inteiro no papel. Quero que as pessoas tenham orgulho de mim, principalmente, os Goianos. Amo minha terra e o meu berço familiar”.
Pablo consegue expandir seu sentido através de sua relação com uma experiência verdadeiramente sua. Ele é o empreendedor e construtor de seu sentido interpretando através dos personagens que ele constrói e consegue cativar com o público. Ele adora música e sua voz está encantando mestres da MPB. Ele gravou a música “A Bola Não Cai” com participação especial do cantor Seu Jorge na faixa. Que é sucesso!
Pablo adora fazer cinema e participou do filme do cineasta Candé Salles “Para Sempre Teu, Caio F”. E fez a série Copa Hotel do GNT.Com apenas 23 anos Pablo Morais, é o ator e o expectador, é um sacerdote do palco. Sua disciplina, inteligência e sensibilidade me impressionam.
Pablo Morais é um homem que amadureceu rápido. O seu prazer maior, é sentir a sensação de ver seu trabalho ser reconhecido, ouvir os aplausos do público diante do espetáculo do imaginário. Isso é emocionante. Pablo está moldando, a sua sensibilidade, para eternizar seu trabalho conquistando o coração do telespectador.
Velho Chico
O ator e modelo Pablo Morais está de volta à telinha em Velho Chico, novela de Benedito Ruy Barbosa que substituirá A Regra do Jogo. Ele foi escalado para interpretar Cícero na produção, cuja estreia está programada para março deste ano.
A novela será ambientada na cidade fictícia de Grotas, vizinha à cidade de Bom Jesus da Lapa, e se dividirá em três fases, tendo como principal tema a transposição do Rio São Francisco e um romance proibido envolvendo famílias rivais.
Cícero é um dos criados do protagonista, Afrânio (Rodrigo Santoro / Antônio Fagundes), assim como seus pais, Doninha (Bárbara Reis) e Clemente (Júlio Machado). Na primeira fase da história, o personagem será interpretado pelo menino Luca Fontoura.
Pablo estreou na TV na série Subúrbia, na pele do exibido Bacana. Pouco depois, emplacou uma participação especial no primeiro capítulo de Sangue Bom, interpretando Jonathan James, marido de Bárbara Ellen (Giulia Gam) que acabava falecendo após trocá-la por Brunetty (Ellen Roche).
Velho Chico conta ainda em seu elenco com nomes como Christiane Torloni, Leopoldo Pacheco, Marcelo Serrado, Camila Pitanga, Rodrigo Lombardi e Dira Paes. A direção será de Luiz Fernando Carvalho, com quem Benedito já trabalhou em novelas como Esperança (2002) e Meu Pedacinho de Chão (2014).
A primeira fase da Novela Velho Chico se dá na década de 70, quando a Usina Hidrelétrica de Sobradinho é construída e desapropria muitos moradores das cidades do entorno dessa obra. Quem poderia fazer algo contra a construção da usina, é o Jacinto (Tarcísio Meira), um coronel que comanda Grotas, nada fez pois seria o maior beneficiado, lucrando com a construção em suas terras.
A segunda fase da Novela Velho Chico se passa no final da década de 80. O Coronel Jacinto entra com conflito com o próprio filho, Afrânio Vilela (Rodrigo Santoro), pois este tem ideais contrários aos do pai. É justamente nesta fase da novela que se dá a sucessão do pai (o coronel Jacinto) pelo seu filho, este passando a cuidar dos negócios do pai, em razão da idade avançada. Afrânio (Rodrigo Santoro) casa-se com Iolanda (Carol Castro). Dessa relação nasce Raul (Marcos Palmeira) e Maria Tereza (Júlia Dalavia). Maria Tereza se apaixona por Santo (Renato Góes), irmão de Bento (Irandhir Santos). Santo é filho de um inimigo de seu pai, que é justamente a família que agita as manifestações em prol do Velho Chico, configurando, portanto, um romance proibido, pois ambas as famílias são contra o relacionamento dos dois.
Já a terceira fase da Novela Velho Chico se passa nos dias atuais, com Afrânio (Antônio Fagundes), corrompendo-se pela política (afinal se transformou no maior apoiador da transposição do Rio São Francisco) e entrando em conflito com seus dois filhos, Raul (Marcos Palmeira) e Maria Tereza (Camila Pitanga). Afrânio e Iolanda (Christiane Torloni) tem em Raul um grande problema, pois ele é universitário, estudado, e tem ideais bem diferentes do pai, sendo contra a transposição do Rio São Francisco, defendendo causas ambientais. Maria Tereza, acabou casando-se com Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), e dessa relação nasceu o jovem Miguel (Gabriel Leone). Santo, por sua vez, nunca aceitou o fim da relacionamento com Maria Tereza e não vai desistir de seduzi-la, mesmo casada com Carlos Eduardo. Santo será o vilão da Novela.
