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Homenagem ao Chacrinha em musical

Um dos atores goianos de maior reconhecimento nacional se apresenta nos dias 1º e 2 de outubro no Teatro Rio Vermelho. Ele dá vida ao comunicador Abelardo Barbosa, mais conhecido como Chacrinha, uma das figuras mais importantes da televisão brasileira nos anos 1970 e 1980. A peça ‘Chacrinha, o musical’ está em turnê pelo Brasil, e ainda vai percorrer várias capitais do País como Maceió, Fortaleza, Aracaju, João Pessoa, Vitória e Recife. Stepan começou sua carreira no cinema aos 16 anos, em 1970 no longa metragem Marcelo Zona Sul, do diretor Xavier de Oliveira. Passou a ser conhecido nacionalmente após participar de telenovelas de sucesso da TV aberta brasileira. Ainda em 2016 participou do filme Um Suburbano Sortudo, uma comédia do diretor Roberto Santucci.

Os organizadores do evento explicam que a peça conta ainda com várias participações especiais de artistas conhecidos do grande público. “A montagem é assinada pela Aventura Entretenimento e já passou por sete cidades. As apresentações contam com a participação especial de artistas que batiam ponto nos programas do Chacrinha, como Xuxa, Fábio Jr, Paulo Ricardo, Biafra e Wanderléa”. ‘Chacrinha, o musical’ marca o fim de uma série ‘Uma aventura brasileira’, composta por três peças teatrais. “Com texto de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira, o espetáculo marca a primeira direção teatral de Andrucha Waddington e o fim da trilogia Uma Aventura Brasileira, iniciada por ‘Elis, A Musical’ e ‘Se eu fosse você, o musical’.”

A peça busca recriar não só o frenesi que se desenvolvia durante os programas de auditório comandados por Chacrinha, repletos de atrações que expressam toda sua unicidade. O texto de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira aborda também dados biográficos do apresentador, como sua infância no interior do Estado de Pernambuco. “O espetáculo acompanha a trajetória do apresentador desde sua infância em Surubim, Pernambuco, até o auge da carreira na TV Globo, comandando o programa de auditório ‘Cassino do Chacrinha’, com espaço para as rebolativas chacretes, os trocadilhos infames, buzinadas e troféu abacaxi”. O ator carioca Pedro Henrique Lopes fica responsável por interpretar o jovem Abelardo Barbosa.

Equipe

A peça marca o retorno de Stepan aos palcos, depois de ter passado mais de uma década afastado do teatro. A volta, segundo ele, precisava ser um trabalho desafiador e que exigisse uma grande concentração. “Eu sempre disse que só voltaria se fosse para participar de um projeto muito especial. É uma atividade que requer muita dedicação, esforço e disciplina. Falei desde o início que não sou um imitador. O Chacrinha aconteceu naturalmente”, explica o ator, que durante esse período participou de 7 filmes e algumas minisséries para televisão. Seu último papel de destaque em telenovelas foi em Cobras e Lagartos, exibida originalmente pela Rede Globo em 2007. O musical também conta com direção de um veterano do cinema, Andrucha Waddington.

O diretor é conhecido por dirigir filmes de grande alcance no cinema nacional, como Casa de Areia, lançado em 2005 e estrelado por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Waddington se dedica às produções cinematográficas há mais de três décadas e vê no teatro a possibilidade de reinventar um gênero já tão consagrado. “O importante para mim neste trabalho é fazer um musical fora da caixa, algo novo. Só assim para honrarmos o espírito do Chacrinha. Dirijo como se fosse um filme, que é a atividade com a qual estou acostumado. Mas ambos os trabalhos partem do mesmo ponto fundamental, que é a dramaturgia”, explica o diretor. A trilogia Uma Aventura Brasileira vem alcançando grande destaque e contribuiu para o crescimento dos musicais nacionais genuínos.

Enredo

O roteiro é baseado em uma extensa pesquisa realizada por Carla Siqueira, e inclui momentos surrealistas em meio aos registros biográficos. “A trama é dividida em dois atos, com espaço para episódios biográficos e momentos líricos e fantasiosos. A infância difícil com a falência do pai, o ingresso no rádio e revolução que ele promoveu na televisão brasileira são temas presentes, assim como momentos em que são revelados sua bipolaridade, autoritarismo e obsessão pelos números de audiência”, explicam os organizadores. “Responder a pergunta: ‘por que Chacrinha?’ é difícil. Temos que perguntar: ‘Como Chacrinha?’ . ‘Como o Abelardo inventou o Chacrinha?’, ‘Como esse sujeito inaugurou no Brasil e no mundo a comunicação de massas?’, ‘De onde ele tirou isso?’. A gente se pergunta e vai atrás das respostas durante o espetáculo”, descreve Bial.

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