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Ex-integrante da banda Móveis Coloniais embarca em projeto multimídia

Rariana PinheiroBeto Mejía era conhecido por ajudar no som criativo e energizante da extinta banda Móveis Coloniais de Acajú. Em 2012 partiu pra novos desafios: estreou para carreira solo, lançou o EP “Abraço” e, em 2016 o álbum “Wahyoob”, cuja arrecada

Rariana Pinheiro

Beto Mejía era conhecido por ajudar no som criativo e energizante da extinta banda Móveis Coloniais de Acajú. Em 2012 partiu pra novos desafios: estreou para carreira solo, lançou o EP “Abraço” e, em 2016 o álbum “Wahyoob”,cuja arrecadação pelos downloads na internet teve renda revertida para dois projetos sociais. Agora ele está prestes a mostrar um trabalho diferente para o mundo: um projeto interessante de musicalização infantil.

No dia 23 de agosto ele vai lançar o álbum “Onde o Infinito é Som”  tem o repertório composto por elementos brasileiros que mostrarão de forma didática o que é mais característico das melodias, ritmos e energia da cultura e tradição brasileira. A concepção deste disco está baseada em referências que resgatam parte da história e memória da música infantil brasileira como o disco “Arca de Noé”, de Vinícius de Moraes e musical “Saltimbancos” (1976), de Chico Buarque.

Com 11 faixas, o disco conta com participações de cantores como: André Abujamra, Ellen Oléria, André Gonzales, Mauricio Pereira e o duo de música infantil Mundo Aflora. As canções despertam questionamentos e reflexões sobre temas universais como: biodiversidade, sustentabilidade e o respeito à diversidade. O objetivo é fazer famílias e crianças se conectarem e se ouvirem melhor individualmente, musicalmente e socialmente.

Uma prévia do disco ele já mostrou ao público, no último dia 9, Beto lança (em todas as plataformas de streaming e compra de música digital) o primeiro single: “Funky”. A letra da canção reflete bem o conceito do projeto, que é fazer da música uma grande amiga para todos os momento.

“Acredito que esse projeto possa servir também como referência e bibliografia para pais e educadores que se interessam por atividades de musicalização. Quero que esse disco seja não apenas uma ferramenta pedagógica, mas que também crie conexões emocionais entre pessoas”,disse Beto Mejía.

Projeto multimídia

A grande novidade de um “Onde o Infinito é Som”, é que é apenas a primeira etapa de um projeto multimídia muito maior, que vai contar com um livro (“Funky e Maia: Onde O Infinito É Som”), uma série de espetáculos interativos e vivências sonoras para crianças com deficiência visual (Onde o Infinito é o Som).  

O livro “Funky e Maia: Onde O Infinito É Som”vai ser lançado emoutubro de 2019 e é uma parceria de Beto com a escritora brasiliense Daya Sisson. Na obra, para complementar e unir o discurso de cada canção do disco, os personagens Funky e Maia foram criados para fortalecer a história contada nas músicas do álbum. Tudo com muita loucura, alegria, imaginação e surrealismo.

Já “O espetáculo Onde O Infinito É Som traz”shows brincantes que são verdadeiros entretenimentos para toda a família. Um convite a adultos e crianças para embarcar em histórias interativas e divertidas. As primeiras datas serão nos dias 28 e 31 de agosto, no CCJ Butantã. E no dia 14 de setembro, no Centro Cultural do Grajaú.  

Cinco shows do projeto serão realizados em equipamentos da Prefeitura de São Paulo e contam com atividades de troca de brinquedos entre crianças. A ideia é a construção de interações positivas e novos modelos de comportamento altruístas entre as pequenas, assim como a sensibilização sobre a questão do desapego e o acúmulo de itens materiais.

Bero Mejía 

Nasceu no Equador e se mudou para Brasília aos 5 anos de idade. Começou a aprender flauta ainda criança e adolescência começou a atuar como educador musical em escolas e com aulas particulares. Tocou em diferentes tipos de grupos musicais, desde orquestras sinfônicas até bandas de rock.

Compor e tocar flauta na banda Móveis Coloniais de Acaju (DF) foi o seu projeto mais notável, que durou 18 anos. Com os Móveis, lançou três discos, diversos clipes e um longa-metragem. Tocou em todo o Brasil, ganhou diversos prêmios, como: Prêmio Multishow, Video Music Brasil MTV, Prêmio Orixalé do Afroreggae, entre outros. 

Como produtor cultural, produziu em Brasília o Festival de Música Móveis Convida de 2005 a 2015.