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Proprietário de ônibus que tombou no DF tentou despistar a escolta

Alexandre Henriques Camelo conduzia seu veículo na BR-070 e tentava evitar a fiscalização da ANTT que estava monitorando o transporte clandestino

Foto: Igo Estrela/ Metropoles Foto: Igo Estrela/ Metropoles

O dono da empresa de transporte de turismo, responsável pelo veículo que se acidentou na Rodovia BR-070 no último sábado, 21, causando a morte de cinco pessoas e ferimentos em 17 outras, tentou evitar a fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que conduz a investigação, Alexandre Henriques Camelo, proprietário da empresa, estava dirigindo um carro particular na via e tentou impedir a fiscalização do transporte ilegal.

A PCDF esclareceu que Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, filho de Alexandre Henrique, era o motorista designado para o ônibus. No entanto, Alexandre alegou, em seu depoimento na delegacia, que estava dirigindo o ônibus no momento do acidente, o que foi contestado pelos passageiros. Ambos enfrentarão acusações de homicídio doloso continuado, com dolo eventual. A audiência de custódia estava marcada para a manhã desta segunda-feira, 23.

O caso, registrado na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), foi transferido para a 17ª DP (Taguatinga Norte), onde a investigação prosseguirá. O delegado-chefe Mauro Aguiar explicou que o motorista do ônibus tentou escapar da fiscalização da ANTT, que o escoltava em alta velocidade na BR-070.

Inicialmente, o boletim de ocorrência registrado pela PCDF indicava sete mortes, com dois indivíduos não identificados. Entretanto, o delegado responsável pela investigação informou que cinco mortes foram confirmadas: quatro ocorreram no local do acidente e uma no hospital.

As vítimas foram identificadas como:

  • Maria Eliete Gomes da Silva, 57 anos;
  • João Freire de Sousa, 57 anos;
  • Maria de Deus Fernandes Crateus, 64 anos;
  • Francisco Ferreira da Silva, 71 anos;
  • Claudia Maria Moreira, 49 anos.

		Proprietário de ônibus que tombou no DF tentou despistar a escolta
Foto: Igo Estrela/ Metropoles


A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) atualizou o estado de saúde dos sobreviventes, revelando que 11 pessoas foram levadas para hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Ceilândia (HRC). Cinco pacientes internados no HRC estão em estado estável. No HRT, três pacientes também apresentam estabilidade em seus quadros de saúde. Infelizmente, uma paciente faleceu no HRT no sábado à noite, e duas permanecem em estado grave, enquanto outras três estão sob observação.

O Hospital de Base recebeu oito passageiros feridos no acidente, com um deles ainda internado em estado grave. Os demais já receberam alta.

O acidente envolveu um ônibus que operava ilegalmente no trajeto Maranhão-Brasília. O motorista foi abordado por fiscais da ANTT no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-070, próximo a Águas Lindas de Goiás, onde o veículo passou por inspeção e foi constatado como transporte ilegal. A ANTT já acompanhava o ônibus e planejava escoltá-lo até a Rodoviária de Taguatinga, onde os passageiros deveriam ser deixados e providenciado transporte regular para suas viagens finais.

No entanto, momentos antes do acidente, o motorista acelerou o ônibus na tentativa de escapar dos fiscais da ANTT. Com a pista molhada devido à chuva e pneus desgastados, o condutor perdeu o controle do veículo, que derrapou e tombou em seguida.

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