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Queda nas vendas: é hora de comprar um imóvel?

Da redação, com assessoria
Com o mercado mais frio, construtoras e donos de imóveis, por exemplo, estão oferecendo bons descontos e condições de pagamento. Então, será que é hora de comprar um imóvel? Antes de qualquer coisa, a pessoa que pensa em comprar sua casa própria precisa ter ciência da sua vida financeira. Pode parecer óbvio, mas muita gente não tem o controle dos seus ganhos e gastos e não faz um bom planejamento, para ver se realmente consegue honrar com um compromisso de alto valor e longo prazo como esse. Com esses números em mãos, aí sim será possível avaliar se dá ou não para realizar essa compra.
Outra questão que deve ser bem avaliada é a instabilidade econômica. Estamos passando por um momento complicado no país, por isso, é preciso ter confiança extra nas finanças pessoais, ou seja, estar está bem estruturado, ter dinheiro poupado e segurança de que não perderá o emprego - ou que, caso venha a perder, que tenha reserva financeira para suportar esse contratempo e não comprometer seriamente o orçamento e os planos.
A partir daí, é preciso entender que como o estoque de imóveis é grande e a previsão para 2015 ainda é de queda de 10% nas vendas, segundo o Secovi, haverá menos lançamentos neste ano e, na teoria, mais oportunidades boas de negociações para quem quer comprar. Como a aquisição de um imóvel não é algo simples, é indispensável que se tenha cautela, não adianta agir por impulso. Planejamento é a palavra de ordem.
Para quem já compreendeu essa situação e minimamente se programou para a realização desse sonho, pode ser sim uma boa ideia buscar um imóvel nesse momento. Se pensar em financiar, uma informação importante é que a Caixa Econômica aumentou as taxas de juros do financiamento imobiliário. Nos programas Minha Casa Minha Vida e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não haverá reflexo dessa mudança, apenas nas taxas das operações com recursos da poupança, valendo para quem tem renda acima de R$ 5,4 mil.
O SFH (Sistema Financeiro da Habitação) que fechava a taxa de juros em 8,5% ao ano foi para 9%; o SFI (Sistema de Financiamento imobiliário), por sua vez, que era de 9,10% aumentou para 10,7% ao ano. Isso quer dizer que, em uma simulação de compra de um imóvel de R$300 mil, por exemplo, o valor total pago na primeira opção seria R$ 868.992,43 e na segunda opção, R$ 1.002.481,20.
Agora, para aqueles que não possuem dinheiro agora ou nem sequer estavam com planos de comprar um imóvel, não adianta querer adquirir um bem desse valor somente porque a situação parece estar favorável a isso. Não estamos falando de uma peça de roupa em promoção. Isso é educação financeira: saber da real situação financeira em que se encontra, para agir com cautela e consciência. A melhor alternativa sempre é poupar antes e gastar depois.
Reinaldo Domingos é autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

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