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ECONOMIA

Com técnicas modernas, Brasil pode virar o jogo

Da redação, com assessoria

Após 18 anos no ramo da borracha, o heveicultor e técnico agropecuário Sérgio Guedes Barbosa decidiu transformar totalmente seu modo de produção para aumentar a rentabilidade de suas terras em Grão Mogol, norte de Minas Gerais. Apesar de ser um produtor experiente e bem-sucedido, Sérgio descobriu nos cursos de Capacitações Tecnológicas do portal de ensino a distância do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) novas técnicas para melhorar a qualidade das mudas de seringueira que produz.

O heveicultor optou pelos cursos da EaD Senar pela praticidade. “Por serem a distância, se adequaram à minha rotina”. Ele já fez dois dos três cursos oferecidos na área: Sistemas de Cultivo de Seringueira e Produção de Látex e Produção de Mudas de Seringueira. Agora vai fazer o terceiro, Legislação, Relações de Trabalho e Cooperativismo na Heveicultura. Os três cursos estão com matrículas abertas para novas turmas, e são gratuitos. As matrículas podem ser feitas no portal http://ead.senar.org.br/cursos .

“Esses cursos da EaD Senar são muito interessantes, informativos e trazem bastante novidade, coisas que eu não conhecia, como o viveiro clonal” – conta Sérgio. Ensinadas no curso Produção de Mudas de Seringueiras, as técnicas de instalação de jardins clonais, formados com mudas de clones de matrizes selecionadas, prolongam a vida útil de um viveiro. Sérgio não tem dúvida de que é um excelente negócio para o heveicultor e não esconde seu entusiasmo. “Estou partindo pra isso, implantando o viveiro clonal e mudando a minha forma de produzir”.

Atividade

rentável e

ecológica

Gláucio Souza, professor de cursos técnicos em Meio Ambiente do Senac, em Niterói (RJ) também fez os cursos do programa de capacitações tecnológicas em Heveicultura da EaD Senar e só tem elogios. “Os cursos ensinam muito, de forma bem dinâmica e em pouco tempo. São excelentes!” Como ecologista, ele aposta na heveicultura como uma ótima opção para o reflorestamento de áreas degradadas, o que é confirmado pelo engenheiro florestal Ascânio Oliveira, tutor de Heveicultura da EaD Senar.

“Essa é dentre as atividades rurais a mais rentável e completa ecologicamente, ambientalmente e socialmente, cumprindo a função da terra, que é preservar o meio ambiente, gerar emprego e renda. Os solos ficam protegidos contra a erosão por mais de 30 anos e geram para o produtor rural renda superior às demais atividades agrossilvipastoris”. Ascânio destaca também a alta empregabilidade do setor. “Cada cinco hectares de seringueira em produção gera um emprego 365 dias ao ano”.

O problema, como ele aponta, é que faltam profissionais capacitados. “Apesar da seringueira ser nativa da Amazônia, seu cultivo e os benefícios que pode trazer ainda são desconhecidos pela maioria dos produtores rurais brasileiros. Muitos acham que é uma atividade que demora a dar retorno mas, utilizando-se as técnicas mais atuais, com cinco anos o seringal entra em produção. E o preço histórico retorna ao produtor a R$ 1,20 livre por árvore. Nenhuma atividade rural tem esse mesmo rendimento”.

No programa de capacitações tecnológicas da EaD Senar são ensinadas as mais modernas técnicas de clonagem, enxertia, plantio e sangria. E, como garante o engenheiro florestal, apesar do mercado da borracha atravessar um período de baixa, as perspectivas para os heveicultores são muito boas. Embora o Brasil hoje importa 60% da borracha natural que consome do sudeste asiático, maior produtor mundial, Ascânio prevê mudanças rápidas no quadro. “A crise da indústria mundial reduziu a demanda pela borracha natural deixando a Ásia com uma superprodução. Mas tão logo a crise passe, a própria Ásia ira consumir tudo o que produz, abrindo espaço para que o Brasil passe a abastecer não só o mercado interno, mas também grandes compradores como a Europa e os Estados Unidos”.

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