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ECONOMIA

Comércio eletrônico no Brasil

A crise na economia brasileira tem afetado diversos mercados, no entanto, o comércio eletrônico tem ido na contramão, apresentando resultados positivos, visto que superou a expectativa inicial para o faturamento do setor, com crescimento de 24% no ano passado em relação a 2013, conforme relatório apresentado no 31º WebShoppers, pela empresa especializada em informações do comércio eletrônico, E-bit. A expectativa é que este ano o e-commerce no Brasil alcance um faturamento de R$ 43 bilhões, o que representa um crescimento de 20% em relação a 2014. De acordo com o relatório, ao todo, o Brasil soma 61,6 milhões de pessoas que já fizeram ao menos uma compra on-line, sendo que no ano passado 51,5 milhões estiveram ativos.

Uma das empresas do setor que tem demonstrado um crescimento significativo já no primeiro trimestre de 2015 é a KaBuM!, primeiro e maior e-commerce de informática e eletrônicos do País. A empresa obteve, de janeiro a março, faturamento 64% superior ao mesmo período do ano passado. De acordo com o CEO e cofundador, Leandro Ramos, o alto desempenho envolve vários fatores, que englobam aumento do portfólio, melhorias em tecnologia da informação, investimentos em logística e o atendimento ao cliente. “Nosso pilar de crescimento é a eficiência, fazendo mais com menos e mais rápido do que nossos concorrentes, com foco no cliente e na qualidade do serviço prestado. Isso faz com que 50% do nosso faturamento seja recorrente e torne nosso crescimento expressivo e sustentável”, destaca.

Conforme o relatório do setor, o uso de smartphones e tablets representa a maior parte das transações via web, sendo que, atualmente, o mobile commerce – que são as vendas realizadas por meio de aparelhos móveis via browsers – é responsável por quase 10% das compras realizadas pela internet no Brasil. Para a consumidora Renata Auréllia Pereira, comprar pela internet – tanto via desktop quanto pelo smartphone – é mais prático e fácil. “Já comprei e realizei compras pela internet com o smartphone. Comprei computadores, relógio e roupas, já que é mais vantajoso principalmente pelo preço”, justifica.

Vantagens

Para Leandro Ramos, o comércio eletrônico tem uma série de vantagens em relação às lojas convencionais, como menos custos e despesas. No entanto, o CEO alerta que, mesmo no e-commerce, tais vantagens variam de acordo com o segmento de atuação. “O tipo de produto e o nível de dificuldade no quesito logística devem ser muito bem analisados. O custo não deve ser considerado a grande vantagem em uma operação de e-commerce, pois, muitas vezes, ocorre exatamente o inverso. A principal vantagem do comércio eletrônico é o alcance, além da possibilidade de atender novos clientes que se encontram em outras regiões ou até mesmo outros países”, ressalta.

Para o CEO da empresa de e-commerce Elo7 – que comercializa produtos criativos e artesanais e teve, no primeiro trimestre de 2015, crescimento de 127% –, Carlos Curioni, há momentos que o comércio eletrônico sem dúvida é mais vantajoso, sendo a melhor opção para novos empreendedores, “já que os custos de operação são muito menores e sobra tempo para se dedicar à produção e logística de vendas”. No caso de empresas que já atuam no mercado, “o comércio eletrônico funciona como um complemento importante, já que gera tráfego a baixo custo e atrai novos consumidores para a marca”, completa.

Conforme o diretor-executivo da empresa responsável pelo relatório do setor, Pedro Guasti, as empresas de comércio eletrônico têm melhorado a cada dia a experiência de navegação e compra em seus sites, oferecendo vantagens e benefícios aos clientes, como descontos, variedade de produtos e entrega em casa, desta forma, os consumidores confiam mais nas lojas virtuais e aproveitam melhor a praticidade oferecida. “Pela internet há mais opções que na loja física, além da comodidade de realizar a compra de onde estiver e sem ser em horário comercial”, destaca a consumidora Renata Auréllia.

Criatividade e Inovação

Além de preços acessíveis, o comércio eletrônico deve ser criativo, apresentando inovações constantemente, caso contrário, a empresa pode ficar para trás da concorrência. “A internet está constantemente se reinventando e para se diferenciar, criatividade e inovação são importantes. Isso não apenas nos produtos, mas na comunicação e estratégias de divulgação de marca também”, acredita Carlos Curioni. Para ele, a velocidade do mundo on-line não permite que as empresas parem, e aquelas que o fazem, ficam para trás. “Para ter sucesso, é importante estar atento e acompanhar sempre as novas tecnologias e novidades que surgem no mercado”, aponta. Leandro Ramos destaca que no comércio eletrônico criatividade e inovação são vitais para que o negócio tenha sucesso e bons resultados, sendo o dinamismo uma característica primordial do setor. “Faz parte de nossa rotina diária aprimorar o que já existe e criar o que ainda não foi feito”, explica. Investir em tecnologia e também no marketing, geralmente, proporciona resultados positivos para as empresas.

Empresas estrangeiras apostam no e-commerce brasileiro

O crescimento apresentado pelo comércio eletrônico, no Brasil, tem chamado a atenção de muitos, principalmente de empresas estrangeiras que enxergam um novo mercado para ser explorado, como a empresa inglesa de soluções de pagamentos Worldpay, que anunciou este mês suas operações no Brasil. Além do Brasil, a empresa possui escritórios em outros países da América Latina, como Argentina e México.

Para o CEO da a divisão de e-commerce, Floris de Kort, o Brasil oferece oportunidades que são atrativos para a fixação de novas empresas do setor, visto ser um mercado maduro e com clientes locais, além de ser muito atrativo para os clientes de fora. “Somos uma empresa muito específica e estamos em busca dos melhores profissionais”, ressalta. Uma das particularidades percebida pela empresa dos consumidores locais é o fato dos brasileiros optarem pelas compras parceladas via cartão de crédito, além do boleto bancário.

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