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Montadoras nos EUA encontram obstáculos com desaceleração do mercado

As montadoras de veículos de Detroit, que caminham para o melhor ano de vendas desde 2006, podem ter que se preparar para tempos mais difíceis. Executivos de fabricantes dizem que a indústria vive um de seus melhores momentos dos últimos anos. Mas a julgar pela performance recente de ações da General Motors, Ford Motor e Fiat Chrysler Automotive, os investidores enxergam a situação de maneira menos robusta.

Durante o ano passado, os preços de ações da GM e da Ford puxaram para baixo o mercado automobilístico, apesar de medidas das duas companhias para dar mais retorno aos acionistas. Os preços de ações da Fiat Chrysler despencaram na semana passada enquanto o presidente Sergio Marchionne fez esforços cada vez mais abertos para insistir em uma fusão com algum de seus rivais.

“A festa pode estar chegando ao fim”, disse Charles Chesbrough, economista sênior da IHS Automotive. “Ainda estamos olhando para alguns dois bons anos com demanda forte, mas os dias de grandes aumentos nas vendas ficaram para trás”.

Entre os otimistas está Kurt McNeil, diretor de vendas da GM nos EUA, que disse na última sexta-feira que a indústria está vivendo seu melhor ano de vendas desde 2006. As vendas de carros e caminhonetes devem chegar a 17 milhões em 2015, comparadas a 10 milhões em 2009.

A confiança do consumidor norte-americano está em alta, preços de imóveis estão se recuperando e a gasolina custa menos de 4 dólares por galão em muitas partes do país, ajudando as vendas de grandes caminhonetes e SUVs, que lideram os lucros para as três montadoras de Detroit, assim como já faziam desde antes da crise financeira de 2008/2009.

Mas há sinais alarmantes. O crescimento de vendas está desacelerando no mercado doméstico, a demanda por carros pequenos e sedans familiares está caindo, receitas já caíram, lucros fora da América do Norte e da China são virtualmente inexistentes e os preços de ações se estabilizaram.

Todas as três fabricantes de Detroit não atingiram as expectativas de receitas de analistas para o primeiro trimestre. Depois de reportarem vendas saudáveis em abril na sexta-feira, as ações das três caíram novamente.

(Por Paul Lienert e Joseph White)

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