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Senar Goiás capacita técnicos para a realização do CAR

Da assessoria

Antes mesmo da prorrogação oficial do prazo para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar-GO) lançou um treinamento – do tipo Formação Profissional Rural (FPR) – que objetiva capacitar técnicos que irão auxiliar os produtores a realizarem o cadastro. O 2º evento do Treinamento Cadastro Ambiental Rural, que aconteceu no Augustus Hotel, foi encerrado na última quinta-feira (30) e ao todo, 16 técnicos indicados pelos Sindicatos Rurais (SRs), receberam a capacitação. Eles devem disseminar as informações para os produtores de seus respectivos municípios.

O prazo foi, oficialmente, adiado por mais um ano. O anúncio foi feito pelo ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, que afirmou que o decreto de adiamento será publicado nesta semana. Agora, com um motivo a mais, os treinamentos do Senar-GO devem continuar e outros eventos já estão programados para os dias 4 e 5 de maio. O objetivo do Senar-GO é reunir pessoas com informações consideráveis a respeito da legislação ambiental e ao sistema de cadastramento ambiental rural, para que seja feito um aprimoramento/nivelamento do conhecimento para a utilização da ferramenta.

No treinamento, que se encerrou na última quinta-feira (30), o instrutor Marcelo Lessa apresentou o conteúdo do Código Florestal Brasileiro e Goiano, e do Decreto 8235/2014. Além disso, ele falou sobre a utilização da Instrução Normativa 02/2014, no CAR e de como utilizar a plataforma Sicar, por onde o cadastro é realizado. Segundo Lessa, o manuseio da ferramenta não é o principal problema para o cadastramento, já que a prática do dia a dia faz com que os técnicos adquiram intimidade com o programa. Esse lugar é ocupado pela falta de conhecimento a cerca da legislação. “Eles sabem manusear a ferramenta, mas não conhecem a legislação. Eles precisam saber interpretar as informações”, explica.

Para a mobilizadora do Sindicato Rural (SR) da Cidade de Goiás, Angélica de Castro, o treinamento é uma forma de proteger o produtor. “Aqui, em Goiás, a gente encontra pessoas que estão cobrando valores abusivos para fazer o CAR. O produtor acaba prejudicado, pois não tem para onde correr. Agora, a intenção é que o SR preste esse serviço cobrando uma pequena taxa”, pontua. Angélica ainda fez questão de destacar a parte de mapeamento abordada pelo treinamento. “Eu tinha uma ideia básica, mas o que o Marcelo abordou é valioso demais”, disse.

Cadastro

Ambiental Rural

Marcelo Lessa explica que o produtor precisa enxergar o CAR como um aliado. “O CAR é um divisor de água no setor ambiental. Ele traz uma nova vertente no que tange as exigências ambientais. Além disso, ele precisa entender que passa a depender do cadastro. Daqui para frente, licenciamento, transferência de propriedades, entre outras situações, não poderão ser feitas sem o cadastro. O produtor, sem o CAR, é uma pessoa física sem RG”, destaca.

Para o engenheiro ambiental de Alexânia Filipe Fernandez, o treinamento é essencial para mostrar a importância da busca por profissionais capacitados para realizarem o CAR. “Em Alexânia, existem algumas pessoas oferecendo os serviços sem o conhecimento. Isso é grave. A partir do momento em que temos a oportunidade de participar de cursos como este, passamos a valorizar quem sabe o que está fazendo no momento de cadastrar a propriedade”.

Prorrogação

Sobre a prorrogação, anunciada praticamente no prazo de encerramento, Marcelo Lessa acredita que a cultura do brasileiro de “deixar tudo para a última hora” contribuiu muito para o baixo percentual de cadastrados. Ele explica que, em Goiás, o objetivo é garantir que o Cadastro seja realizado pela maioria dos produtores, que somam aproximadamente 140 mil propriedades rurais. Atualmente, cerca de 11% – o que representa 16 mil – das propriedades foram cadastradas.

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