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ECONOMIA

Bovespa interrompe sequência de 7 quedas

Helvécio Cardoso

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em alta de 1,78%  depois de sete quedas consecutivas, em que o Índice Ibovespa caiu de 50.500 pontos para 48.735 pontos. Ontem o Ibovesoa fechou  aos 49.601 pontos. Durante o pregrão, o índice chegou a subir mais de 2%. Por volta das 13h17, as cotações começaram a cair vertiginosamente, batendo nos 0,38%, mas, do mesmo jeito que caíram, recuperaram-se rapidamente, fechando em 1,78%.

A maioria das ações teve valorização. Petrobras avançou ao redor de 5%, a despeito da falta de tendência clara nos preços do petróleo, com o Brent recuando. Foi o papel mais negociado do dia. Braskem subiu a mais de 12%, após despencar mais de 10% no fechamento da segunda, afetada pela repercussão negativa de denúncia do Ministério Público Federal envolvendo contrato de nafta da petroquímica com a estatal Petrobras, no âmbito da operação Lava Jato. Itaú Unibanco e Bradesco subiram, também recuperando-se de fortes perdas recentes e sustentando o avanço do Ibovespa.

Nos últimos dois dias a queda das cotações vinha perdendo ímpeto. Ficava clara uma tendência de recuperação, que, afinal, aconteceu ontem. A maioria das agências noticiosas atribui à divulgação, pela agência de classificação de risco Satandart & Poors, de nota mantendo o rating do Brasil, mudando porém a perspectiva de "estável" para negativa. O mercado esperava um rebaixamento do rating do Brasil e, já de manhã, muitas empresas de consultoria financeira já apostavam nisso e previam não só mais uma queda da bolsa como também uma forte alta do dólar, que, de acordo com essas previsões, deveria passar dos 3,50 reais.

Mas uma boa notícia vinda de fora ajudou a reanimar a Bovespa. Na China, o minério de ferro teve seu preço majorado após os estoques terem caído de nível. Também pesou a reiteração do ministro Levy no sentido de manter o ajuste fiscal. E, por último, a decisão do Federal Reserve de postergar o anúncio de alta dos juros.

Dólar

Depois de perceber sinais de que o real poderia estar sob novo ataque especulativo, autoridades econômicas anunciaram que não serão usadas as reservas internacionais do Brasil para conter a alta do dólar. As reservas cambiais do Brasil montavam, até do dia 24 de julho deste ano, segundo o Banco Central, mais de 370,2 bilhões de dólares. Essas reservas vinham caindo lentamente. Chegou, no seu ponto máximo, à casa dos 380 bilhões de dólares, há um ano.

Com a decisão do governo de não usar reservas para conter a alta do dólar e o anúncio de que o rating brasileiro não seria rebaixado, a moeda americana acabou não tendo a alta esperada. Mesmo assim, fechou em 3,38 reais no comercial (BM&F) e no oficial (BC Ptax), uma ligeira alta de 0,68%. Já o Euro segue em alta, fechando ontem em 3,73 para compra e 3,75 para venda. No mercado de commodities, o boi gordo, depois de várias semanas sofrendo quedas, fechou em alta de 0,48%, cotado a 144.7 reais a arroba.

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