Home / Economia

ECONOMIA

Crise financeira leva Estaleiro Mauá a fechar as portas em Niterói

O Estaleiro Eisa – Petro Um (antigo Mauá) – fechou as portas, temporariamente, em razão da crise financeira provocada pelas medidas de adequação da Petrobras à nova realidade financeira surgida a partir da Operação Lavo Jato, deflagrada pela Polícia Federal, que levou a prisão diversos ex-dirigentes da estatal e também algumas das principais empreiteiras do País.

Em nota divulgada quinta-feira (2), o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí informou que o fechamento das portas da empresa será necessário até que o estaleiro se adeque às questões financeiras.

Em reação ao comunicado, o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói convocou todos os funcionários do Estaleiro Mauá para uma concentração na porta do Sindicato na manhã de ontem (3) para organizar uma grande passeata em direção à Petrobras, com atos também na sede da Transpetro, subsidiária da Petrobras e da Caixa Econômica Federal, todos localizados no centro do Rio. Apesar de todo esforço do governo para recuperar os investimentos no setor naval, disse Edson Rocha que a corrupção na Petrobras não pode ser motivo para destruir a indústria brasileira. “A Justiça deve punir as pessoas corruptas e não as empresas”, disse.

Na avaliação de Rocha, quem paga o preço novamente é o povo trabalhador. “Agora é hora de unir forças. Vamos para as ruas protestar e brigar pelos nossos empregos.” Observou que o trabalhador não pode pagar o preço da ineficiência dos gestores e nem da corrupção. Vamos unir forças! Não vamos cair! Os metalúrgicos de Niterói são fortes e não fogem à luta.

O estaleiro está localizado no Bairro Ponta da Areia, em Niterói, e é administrado pelo grupo Synergy. O documento enviado ontem aos funcionários, por meio de uma circular, informa que a partir de hoje, todos os trabalhadores devem permanecer em casa.

No documento, o grupo Synergy avisa que as atividades estão encerradas temporariamente e atribui a medida à crise financeira cada vez mais profunda que vem atravessando. A recomendação chegou aos trabalhadores nove dias após outros mil funcionários terem sido demitidos.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias