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Desafios motivam extensionista goiana

Os desafios provocados pela sustentabilidade no mundo atual foram os aspectos que mais chamaram a atenção de Eloísa Pio de Santana, da Agência de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisas Agropecuárias (Emater), durante o Congresso Mundial de Educação Ambiental, transcorrido em Gotemburgo, Suécia, de 29 de junho a 2 deste mês. Estavam presentes representações de 75 países.

Eloísa Santana ouviu dos diferentes palestrantes que "a sustentabilidade não é um destino ou uma maneira de se comportar, que podem ser transferidos ou treinados, mas que representa a nossa capacidade para o pensamento crítico, a reflexão e a transformação". O professor Arjen Wals, da Universidade de Gotemburgo, entende que será necessária a criação de espaços para a "aprendizagem híbrida". A expressão significa à criação de novos ambientes, envolvendo diferentes grupos sociais, perspectivas, entre outros aspectos.

O papel da universidade na transição rumo à sustentabilidade, transformação e integração mereceu atenção no congresso. Segundo o professor John Holemberg, da Universidade Técnica de Gotemburgo, "a transformação é necessária, porque as mudanças marginais não serão suficientes em escala e na velocidade desejada". Quanto à integração, na visão do mestre, "não podemos mais trabalhar em silos com um problema de cada vez".

Outro fator destacado pela diretora executiva Miriam Vilela, segundo Eloísa, foi "a importância e o poder da visão compartilhada e do diálogo para promover a colaboração e sustentabilidade, por meio da experiência da iniciativa da Carta da Terra". Este aspecto leva, segundo a extensionista goiana, à reflexão sobre a importância de "construir uma visão compartilhada do bem comum, que supera as diferenças culturais e de interesse próprio e os desafios para isso".

No congresso sueco, outros valores foram ressaltados, conforme Eloísa Santana. E enumera o valor do diálogo e da colaboração entre as gerações, intercultural e multissetorial como instrumento pedagógico para ir além da tensão entre diversidade e unidade e celebrar um sentido de família humana e comunitária.

"O debate refletiu sobre como valores baseados em programas de educação, informados pela Carta da Terra tem ajudado os alunos a compreenderem a natureza sistêmica dos desafios, podendo também ajudar no processo de compreender o significado de sustentabilidade e os valores necessários para tal despertar", expõe. Finalizando, cita que o "congresso foi enriquecedor e o Weec 2015 (sigla em inglês) fortaleceu a minha proposta de educação ambiental no campo, como forma de garantir à sustentabilidade, a integração, a gestão compartilhada, a valorização da cultura e do ensino não formal". "A sua ideia é procurar sensibilizar de hoje em diante os agricultores familiares, os assentamentos rurais e as comunidades tradicionais por meio do conhecimento, desenvolvendo habilidades para mudança de atitudes com relação ao meio ambiente".

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