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Em Fórum de Negócios, Goiás lota Câmara de Comércio em Varsóvia

O Fórum de Negócios Polônia-Brasil-Goiás, que teve lugar na última quinta- feira, à noite, na Câmara Nacional de Comércio, em Varsóvia, atraiu grande número de investidores locais que foi conhecer as potencialidades do Estado e participar de uma rodada de negócios. O evento contou com a presenças do vice-ministro da Economia, Andrezj Dycha, e a da representante da Agência Polonesa para o Desenvolvimento Regional (Parp), Magdalena Zwolinska.

O vice-governador e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, José Eliton, fez a apresentação do perfil econômico e sociocultural de Goiás dentro do objetivo de ampliar relações comerciais com a Polônia e atrair novos investimentos para o Estado. O Fórum de Negócios Polônia-Brasil-Goiás foi mais uma atividade da missão goiana a três países do leste europeu, que cumpre em Varsóvia a última etapa da viagem.

A coordenação do fórum ficou a cargo do presidente da Câmara Nacional de Comércio (Polish Chamber of Commerce) Andrzej Arendarski. Estavam ainda presentes os embaixadores Alfredo Cesar Martinho Leoni (do Brasil na Polônia), Andrzej Braiter (da Polônia no Brasil) e o presidente da Câmara de Comércio Brasil Polônia, Marcio Artiaga de Almeida Castro.

Na sua apresentação, o vice-governador destacou a importância de avançar nas relações comerciais entre Goiás e Polônia. “Buscamos ainda o intercâmbio de conhecimento”, disse. “Possuímos laços institucionais convergentes”, pontuou.

José Eliton apresentou detalhes técnicos que evidenciam a força da economia goiana, com PIB de US$ 55 bilhões. Citou o Estado estrategicamente localizado na região central do País, num eixo de desenvolvimento que engloba 10 milhões de habitantes. Lembrou que a capital Brasília está situada no território goiano. “Trata-se de um extraordinário mercado consumidor em franca expansão”, disse.

O vice-governador fez, ainda, uma larga explanação sobre questões relativas à infraestrutura. “Possuímos a logística mais competitiva do Brasil”, afirmou. Por fim, citou números do agronegócio, da indústria e deu também ênfase no turismo. “Nossa economia sempre cresce acima da média nacional e mantemos relações comerciais com mais de 150 países”, disse.

A comitiva empresarial goiana também teve ampla disponibilidade de negócios. O plenário da Câmara Nacional de Comércio, em Varsóvia, ficou completamente tomado. Estavam presentes o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves; Hugo Leonardo Spenciere, Gilberto Lucena Júnior e Matheus Rassi, diretores do Centro Logístico de Apoio à Exportação (Claex); Marcelo Lelis, diretor da Consultoria Estratégica e Gestão em Comércio Exterior (Actisa); Aroldo Silva Amorim Filho, presidente da Bonasa; Francisco Tomazini, dirigente da Nutriza Agroindustrial de Alimentos S.A.; Roberval Dias Martins, diretor comercial da Alca Foods; e Welington da Silva Vieira, coordenador técnico da Fieg.

A rodada de negócios contou ainda com as participações do representante da Assembleia Legislativa, deputado Zé Antônio (PTB), dos prefeitos Fernando Vasconcelos (Goiatuba) e Cida Tomazini (Pires do Rio), Arthur Eduardo Alves de Toledo, presidente da Agrodefesa e Luiz Medeiros Pinto, superintendente de Comércio Exterior da SED.

Goiás e Câmara de Comércio da Polônia firmam acordo de cooperação


Acordo assinado pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento, José Eliton, e pelo presidente da Polish Chamber of Commerce, Andrzej Arendarski, prevê identificação de possibilidades de investimentos em indústria, agricultura, comércio, ciência e tecnologia, logística, infraestrutura e turismo

O governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), e a Câmara Nacional de Comércio (Polish Chamber of Commerce) formalizaram, na quinta-feira (2), durante o Fórum de Negócios Polônia-Brasil, acordo de cooperação que visa o desenvolvimento de negócios e colaboração internacional. Foram signatários do documento o vice-governador e titular da Pasta, José Eliton, e o presidente do organismo, Andrzej Arendarski.

O acordo prevê identificação de possibilidades de investimentos entre as duas partes nos seguintes setores: indústria, agricultura, comércio, ciência e tecnologia, logística, infraestrutura e turismo.

O documento assinado prevê, ainda, apoio mútuo para a realização de atividades promocionais como seminários, feiras, missões, rodadas de negócios e visitas locais. As partes devem estender as relações em conformidade com a legislação firmada entre a República da Polônia e a República Federativa do Brasil.

A Polish Chamber of Commerce é a maior instituição do gênero na Polônia. Foi fundada em 1990, está baseada em Varsóvia, e engloba mais de 150 organizações empresariais.

Pelo acordo, as partes se comprometem a prestar assistência local às companhias que desejam realizar investimentos, bem como devem facilitar a comunicação com outras organizações e agências. A meta é promover relacionamento mutualmente benéfico. (H.L)

Eliton se reúne com ministro da Economia


Na primeira pauta da missão comercial goiana à capital polonesa, vice-governador defende, em audiência, ampliação das relações comerciais. Janusz Piechocinski prevê programa de investimentos, diz que o Brasil é um “ótimo amigo” e foi lar para muitos poloneses no Século XX

Com o objetivo de ampliar relações comerciais com a Polônia, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SED), José Eliton, manteve, na manhã de quinta-feira (2), audiência com o ministro da Economia, Janusz Piechocinski, em Varsóvia, no primeiro evento da missão goiana àquele país. Ambos manifestaram intenção de aumentar o fluxo dos investimentos, bem como o intercâmbio científico e cultural.

“O Brasil foi o lar para muitos poloneses no Século XX. Os bons amigos só se conhecem nos momentos de dificuldades", disse o ministro da Economia ao saudar a delegação goiana. "O seu País é um ótimo amigo e se destaca pela hospitalidade", completou. Na sequência, ressaltou o permanente crescimento da Polônia mesmo diante da lenta recuperação na zona do euro. Segundo Janusz Piechocinski, o país promove um novo programa de investimentos para o Brasil. Goiás será um dos beneficiados.

Varsóvia é o último destino da missão comercial goiana a três países do leste europeu. A comitiva desenvolveu movimentada agenda de negócios em Moscou e São Petersburgo, na Rússia, e em Minsk, capital da Bielorrússia. Participaram da audiência, com o ministro da Economia da Polônia, o representante da Assembleia Legislativa, deputado Zé Antônio (PTB); o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves; o superintendente de Comércio Exterior da SED, Luiz Medeiros; e o presidente da Câmara de Comércio Brasil Polônia, Marcio Artiaga de Almeida Castro.

O crescimento real da Polônia atingiu 3,3% em 2014 e, pelas estimativas do FMI, deve chegar a 3,48% em 2015 e 2016. A economia do conjunto dos 18 países que fazem parte da zona do euro avançou 0,9% no ano passado. Ainda neste período, as exportações polonesas cresceram 5,2% na comparação com 2013. O valor total fechou em 163 bilhões de euros.

Similiaridade

O vice-governador José Eliton disse, em sua saudação, que existe forte similaridade entre as economias de Goiás e da Polônia. Enquanto o Brasil vive momento de retração, o Estado cresce bem acima da média nacional. Ele reafirmou interesse em ampliar as relações comerciais com aquele país dentro do projeto de internacionalização da economia empreendido pelo governador Marconi Perillo.

José Eliton defendeu a necessidade de ampliar a corrente de negócios. Citou os principais produtos que Goiás exporta para a Polônia: carnes, instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos. Já os principais produtos importados pelo Estado foram adubos e fertilizantes, aparelhos médico-cirúrgicos, instrumentos e aparelhos mecânicos, veículos, produtos químicos orgânicos, borracha e plásticos.

O ministro Janusz Piechocinski traçou um rápido perfil da economia da Polônia que se destaca na agricultura, na indústria de transformação, além de possuir grandes reservas minerais. Citou a "boa tecnologia" local, o polo farmoquímico consolidado e os avanços no setor de informação. "Podemos estabelecer cooperação em várias áreas", disse ao ressaltar a força da população jovem do país.

Janusz Piechocinski não deixou de mencionar o Brasil como palco de grandes eventos esportivos, como as Olimpíadas em 2016. E, de maneira espontânea, falou sobre futebol ao prever que a seleção brasileira voltará a se recuperar depois do insucesso na Copa. "E, se tiver um confronto conosco, sei que perderemos de 3 a 0", disse de maneira descontraída.

Perfil

A Polônia está localizada na Europa Central. É o 69º país em extensão. Tem as maiores reservas de carvão na Europa e é um dos principais produtores mundiais. Outros recursos naturais incluem o cobre, prata, enxofre, chumbo e sal.

Trata-se de um país aberto a investimentos estrangeiros. Durante o período de 2010-2012, o comércio representou mais de 90% do PIB. A localização geográfica lhe confere uma importância estratégica, estando situada a meio caminho entre Paris (França) e Moscou (Rússia), bem como entre Estocolmo (Suécia) e Budapeste (Hungria).

Em 2004, a Polônia entrou na União Europeia, mas manteve o zloty, a moeda oficial do país. Isso conferiu um valor menor em dispêndios com mão de obra. A hora de um empregado polonês custa o equivalente a 7,4 euros – um quarto do valor pago a um trabalhador alemão. Este aspecto tornou o país atrativo para investimentos de grandes multinacionais, o que garantiu dinamismo à economia. Em 2008, durante a grande crise financeira mundial, a Polônia foi o único país da Europa a não entrar em recessão. (H.L)

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