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Melhor que a encomenda

“Foi um sucesso e a semente das oportunidades está lançada", resume vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eliton, que chefiou delegação. Meta é internacionalizar Goiás. Comitiva teve agenda movimentada em Moscou, São Petersburgo (Rússia), Minsk (Belarus) e Varsóvia (Polônia).

A missão goiana a três países do leste europeu, chefiada pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eliton, foi uma das mais bem-sucedidas incursões comerciais empreendidas pelo governo do Estado em conjunto com o setor empresarial. A comitiva obteve êxito em todos os objetivos: apresentação das potencialidades de Goiás a um grande número de investidores, oficialização de cinco acordos de cooperação econômica, audiências com autoridades de peso no âmbito da diplomacia, atração de importantes investimentos, intercâmbio técnico com visitas a empreendimentos industriais e tecnológicos, começo ou formalização de negócios por parte da iniciativa privada. Conversações realizadas pelo governador Marconi Perillo em jornadas anteriores avançaram ou tiveram resultados concretos dentro da meta central de internacionalizar Goiás.

"A missão foi um grande sucesso", resume o vice-governador, ao fazer um balanço das atividades realizadas desde o dia 23 de junho dentro do propósito definido pelo governador Marconi Perillo no sentido de internacionalizar Goiás. As agendas abrangeram três países (Rússia, Belarus e Polônia) e quatro cidades (Moscou, São Petersburgo, Minsk e Varsóvia). "A semente das oportunidades está lançada ao solo. Vamos ter habilidade para cultivá-la bem", aponta José Eliton.

"Estou muito satisfeito. Vamos incrementar nossa balança comercial, ampliar o intercâmbio de conhecimento, abrir novas oportunidades de cooperação econômica e crescimento. Nós, os goianos, seremos cada vez mais conhecidos e reconhecidos no mundo", avalia.

O embaixador da Polônia no Brasil, Andrzej Braiter, disse que o profissionalismo da delegação impressionou o seu país. O embaixador Alfredo Cesar Martinho Leoni (do Brasil na Polônia) elogiou a condução do vice-governador e a qualidade técnica das apresentações.

Histórico

Como resultado direto das missões empreendidas pelo governador Marconi Perillo à Rússia, a delegação comercial goiana formalizou logo no dia 23 de junho, em Moscou, acordo básico sobre cooperação científica e tecnológica com linha de crédito principal para a Saneago no valor de R$ 1 bilhão a serem disponibilizados a partir da análise de cada projeto. No curto prazo, serão liberados US$ 60 milhões destinados à implantação, em dois anos, do projeto piloto. Outro ato firmado viabiliza a instalação de uma indústria de montagem de tubulações, plásticos especiais e produtos inovadores de água e esgoto, com investimentos de US$ 10 milhões.

No dia 26 de junho, Goiás alcançou uma conquista histórica ao abrir as portas de São Petersburgo, a terceira cidade mais populosa da Europa, uma potência econômica com grande número de corporações internacionais, bancos e outros negócios. Goiás passou a integrar a Câmara de Indústria e Comércio local por meio de acordo de cooperação assinado pelo vice-governador e secretário José Eliton e o presidente da instituição, Vladimir Katenev. A câmara local é a maior estrutura em ação na Rússia, com quatro mil parceiros comerciais e 100 funcionários.

No dia 29 de junho, a comitiva goiana teve importante encontro em Minsk, capital de Belarus. Negociações iniciadas pelo governador Marconi Perillo há quatro anos tiveram sequência e podem ter novos desdobramentos no sentido da instalação, em Goiás, de uma unidade industrial da MTZ-Belarus. Trata-se da maior fábrica de tratores do leste europeu, responsável por 6 a 8% da produção mundial. Exporta para mais de 125 países. Emprega, sozinha, 22 mil trabalhadores.

Amplas possibilidades

A força do Estado pôde ser auferida durante a realização do Fórum de Negócios Polônia-Brasil-Goiás, no dia 2 de julho, na Câmara Nacional de Comércio, em Varsóvia. O evento atraiu grande número de investidores locais que foram conhecer as potencialidades do Estado e participar de rodada de negócios. O evento contou com a presença do vice-ministro da Economia, Andrezj Dycha.

No dia 3 de julho, o vice-governador José Eliton se encontrou com a vice-ministra das Relações Exteriores, Katarzyna Kacperczyk, que abriu as portas para o incremento de relações comerciais bilaterais entre Polônia e Goiás. Ela sinalizou cooperação econômica em diversos setores, em especial infraestrutura de transportes, mineração, tecnologia de meio ambiente, agricultura e intercâmbio de conhecimentos.

Outro importante resultado em Varsóvia: o governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e a Agência Polonesa para o Desenvolvimento Empresarial (Parp) concordaram em firmar acordo de cooperação internacional para o apoio às atividades de micro, pequenas e médias empresas do Estado e da Polônia, bem como o estabelecimento de relações comerciais entre as partes. A Parp é uma agência governamental com 15 anos de atividades no país e, para o período 2014-2020, o orçamento previsto é da ordem de 3,5 bilhões de euros.

Com o objetivo de ampliar relações comerciais com a Polônia, o vice-governador José Eliton manteve audiência no dia 2 de junho com o ministro da Economia, Janusz Piechocinski, em Varsóvia. Ambos manifestaram intenção de aumentar o fluxo dos investimentos, bem como o intercâmbio científico e cultural.

Ainda no dia 2 de julho, o Governo de Goiás e a Câmara Nacional de Comércio (Polish Chamber of Commerce) formalizaram acordo de cooperação que visa o desenvolvimento de negócios e colaboração internacional. No dia 30 de junho, foi assinado suplemento ao acordo de cooperação celebrado em 2010 entre o Governo de Goiás e o Comitê Executivo da Região de Minsk, capital de Belarus. Ainda neste dia foi realizado o seminário Goiás/Belarus na Câmara de Comércio e Indústria local.

Em Moscou, foi assinado acordo com o Comitê Nacional de Cooperação Econômica com a América Latina (CN Cepla). A missão goiana participou de seminário sobre as possibilidades de negócios na sede da All Russia Public Organization (Business Russia). O vice-governador José Eliton também foi recebido em audiência pelo vice-governador de São Petersburgo, Serguey Movchan.

Visitas técnicas foram realizadas pela comitiva goiana à unidade industrial da Avgust-Bel, a mais moderna planta da República de Belarus para a produção de defensivos agrícolas e meios de proteção química para agricultura; à indústria de fertilizantes Belaruskali, na cidade de Soligorski, a 130 quilômetros da capital Minsk, gigantesco complexo que dedica-se à extração de potássio; à Great Stone, monumental parque industrial resultante do maior projeto de investimentos da China em Belarus; à Fundação Skolkovo, maior parque tecnológico em construção na Rússia; e à Kyrov Petersburg, unidade industrial de tratores e máquinas agrícolas fundada em 1801 em São Petersburgo e moderna sede do ExpoForum, congresso e complexo de exposições.

Delegação goiana

A comitiva goiana a três países do leste europeu foi composta pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves; representante da Assembleia Legislativa, deputado Zé Antônio (PTB); prefeitos Fernando Vasconcelos (Goiatuba) e Cida Tomazini (Pires do Rio); Hugo Leonardo Spenciere, Gilberto Lucena Júnior e Matheus Rassi, diretores do Centro Logístico de Apoio à Exportação (Claex); Marcelo Lelis, diretor da Consultoria Estratégica e Gestão em Comércio Exterior (Actisa); Aroldo Silva Amorim Filho, presidente da Bonasa; Francisco Tomazini, dirigente da Nutriza Agroindustrial de Alimentos; Marçal Henrique Soares, presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas; Alexandre Moura, diretor comercial da Sotrigo; Roberval Dias Martins, diretor comercial da Alca Foods; Welington da Silva Vieira, coordenador técnico da Fieg; Arthur Toledo, presidente da Agrodefesa; Luiz Medeiros Pinto, superintendente de Comércio Exterior da SED; Isabella Jayme de Angelis, assessora internacional da SED; e Deusmar Barreto, chefe de Comunicação Setorial da Vice-Governadoria.

Balança comercial goiana tem superávit de US$ 1,145 bilhão

Ao atingir o valor de US$ 657,003 milhões, as exportações goianas de junho apresentaram o melhor desempenho da história para o mês. Os números representam crescimento de 6,24% se comparado a igual período do ano passado, e de 22,9% em relação ao mês anterior (maio). As importações do mês totalizaram US$ 304,780 milhões, uma evolução de 0,02% na comparação com o valor registrado em junho de 2014. Se confrontado com o mês de maio, as compras goianas no mercado externo recuaram 14,6%.

O bom desempenho das exportações goianas proporcionou à balança comercial goiana um saldo favorável de US$ 352,223 milhões. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eliton, lembra que este é também o maior saldo para o mês na série histórica divulgada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). "Junho foi um mês excelente para o comércio internacional de Goiás. Obtivemos recorde nas exportações e no saldo comercial, e chegamos ao 17º resultado mensal consecutivo com saldo positivo", ressaltou.

Produtos e mercados

Em junho, a soja (grão, bagaços, óleo) liderou a lista de produtos mais vendidos para o exterior. O complexo soja, sozinho, representou 48,32% do total das vendas. Em seguida, aparecem as carnes (bovinas, aves e suínas), com 18%; os minerais sulfeto de cobre, com 10,85% e ferroligas, 5,50%; couros e derivados, 4,55%; açúcar, 4,38%; ouro, 3,12%; amianto, 1,10%; preparações alimentícias, 0,71%; produtos farmacêuticos, 0,59%. Completam a lista dos mais vendidos o complexo milho, veículos e suas partes, produtos químicos orgânicos, e máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos.

A China segue como o principal comprador dos produtos goianos. O gigante asiático respondeu por 37% das compras. A Holanda foi o segundo país comprador (10,71%). Depois aparecem Índia (8,97%), Rússia (3,87%), Irã (3,61%), Espanha (3,50%), Itália (3,35%), Arábia Saudita (2,59%), Coreia do Sul (2,22%) e Reino Unido (2,00%).

Segundo o titular da SED, o grande desafio é aumentar, na pauta de exportações, a fatia dos produtos manufaturados. "O estado é ainda muito dependente de produtos primários nas exportações. Mas temos buscado incessantemente alternativas para aumentar a participação de produtos com maior valor agregado", garantiu.

Importações

Os produtos farmacêuticos e veículos automóveis, tratores, e acessórios lideraram, no mês, as importações goianas, com 26,75% e 23,97%, respectivamente. Produtos químicos orgânicos, 11,01%; adubos ou fertilizantes, 10,86%; caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, 9,85%; máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes, 3,78%; instrumentos e aparelhos de óptica e fotografia, 1,78%; plásticos e suas obras, 1,58%; sal, enxofre, terras e pedras, gesso, 1,17%; e, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, 1,04%. Os principais países de origem das importações foram, pela ordem, Coreia do Sul (15,52%), Estados Unidos (13,56%), Japão (12,80%), Alemanha (9,93%), China (6,96%), Suíça (5,91%), Rússia (4,58%), Tailândia (3,26%), Canadá (3,21%), e Índia (3,05%).

Sobre as importações, o secretário disse que elas atendem demandas específicas de cada segmento, mas entende que a maioria das compras de Goiás no mercado externo é de produtos utilizados no setor produtivo goiano como os produtos farmacêuticos e fertilizantes.

Semestre

As exportações goianas, de janeiro a junho, chegaram a US$ 2,894 bilhões, e as importações registraram US$ 1,748 bilhão. Com isso, o saldo comercial do semestre  acumula superávit de US$ 1,145 bilhão.

Sobre a importância desses números, o vice-governador e titular da SED destaca que o saldo goiano representou mais de 50% do superávit acumulado pela balança brasileira. "Nos últimos anos, temos mostrado ao Brasil e ao mundo a força da nossa economia que cresce de maneira consistente e sustentada. A nossa contribuição com o comércio internacional do País é mais um indicativo de que estamos no caminho certo", disse. A balança comercial brasileira fechou o semestre com superávit de US$ 2,2 bilhões. (W.S)

Balança comercial brasileira


Superávit de US$ 636 milhões na primeira semana de julho

A balança comercial da primeira semana de julho de 2015, com três dias úteis, registrou superávit de US$ 636 milhões. Esse valor foi resultado de exportações de US$ 2,556 bilhões e de importações de US$ 1,92 bilhão, com corrente de comércio de US$ 4,476 bilhões.

No período, as vendas externas tiveram média diária de US$ 852 milhões, resultado 14,9% menor se comparado ao mesmo período de 2014 (US$ 1,001 bilhão). A retração se deu em razão da queda nas exportações das três categorias de produtos: semimanufaturados (-16,6%), por conta da diminuição das embarques de açúcar em bruto, ferro-ligas, couros e peles e celulose; básicos (-15,7%), principalmente em razão de petróleo em bruto, minério de ferro, fumo em folhas, milho em grão, café em grão, carne bovina e farelo de soja; e manufaturados (-11,6%) devido à queda das vendas de óxidos e hidróxidos de alumínio, motores e geradores, motores para veículos, óleos combustíveis, açúcar refinado e polímeros plásticos. Em relação a junho deste ano (US$ 934,7 milhões), a queda foi de 8,8%, em virtude de diminuições nas vendas de manufaturados (-12,6%), básicos (-6,2%) e semimanufaturados (-4%).

Já as importações do período tiveram média diária de US$ 640 milhões, valor 31,4% abaixo da média de julho de 2014 (US$ 933,1). Isso ocorreu devido à redução nos gastos principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-70,8%), veículos automóveis e partes (-36,5%), plásticos e obras (-24,4%), aparelhos eletroeletrônicos (-24,4%) e equipamentos mecânicos (-19,0%). Na comparação com junho de 2015 (US$ 719,1 milhões), a queda foi de 11%, resultado de diminuições em combustíveis e lubrificantes (-44,0%), farmacêuticos (-25,6%), veículos automóveis e partes (-24,2%) e químicos orgânicos e inorgânicos (-11,9%).

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