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Missão goiana visita Great Stone

A cidade para 25 mil habitantes está sendo construída em plena floresta, nas proximidades do aeroporto de Minsk, com ênfase na atração de corporações dedicadas aos ramos de alta tecnologia. Apresentação foi feita pelo renomado arquiteto Alexander Zhilin, que considera o empreendimento "napoleônico". Investimentos podem chegar a US$ 5 bilhões

A comitiva goiana chefiada pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SED), José Eliton, encerrou onterm a segunda etapa da missão a três países do leste europeu com uma visita técnica a Great Stone (Pedrea Grande) , na região de Minsk, monumental parque industrial resultante do maior projeto de investimentos da China em Belarus.

Trata-se de uma verdadeira cidade para futuros 25 mil habitantes que está sendo erguida em plena floresta, nas proximidades do aeroporto de Minsk, com ênfase na atração de corporações dedicadas aos ramos de alta tecnologia, inovação e competitivas produções com alto potencial de exportação.

Ao estilo Brasília, o projeto arquitetônico apresentado aos goianos prevê zonas de produção, serviços, comércio; administração, finanças; habitação e lazer. Ao seu redor estão estabelecidas 15 vilas com moradores nativos que serão restauradas. As primeiras edificações já estarão prontas no final de 2016.

O vice-governador José Eliton foi especialmente convidado pelas autoridades de Belarus para conhecer in loco as instalações do futuro parque industrial e a maquete de um projeto que deixou surpreendida a comitiva goiana. O objetivo foi demonstrar o potencial deste país que tem largo interesse em ampliar relações com Goiás, especialmente no que se refere ao comércio de alimentos.

A apresentação do parque foi feita pelo renomado arquiteto Alexander Zhilin, especialista sobre atividade econômica estrangeira, com obras memoráveis em Havana (Cuba). "Trata-se de uma obra napoleônica", resumiu ele. É possível que os investimentos chineses neste complexo inimaginável para os padrões brasileiros superem a casa dos US$ 5 bilhões. As primeiras empresas residentes do parque industrial deverão investir cerca de US$ 2 bilhões.

Criado em localização estrategicamente única, o centro geográfico da Europa, na junção das principais associações de integração, a União Econômica Eurasiática (UEE) e a União Europeia (UE), bem como a chamada nova Rota da Seda, o parque está sendo erguido numa velocidade incalculável e abrangerá área de 9 mil hectares.

A estratégia de atração de investimentos tem similaridades com a experiência goiana que também trabalhou a localização no centro do Brasil para irradiar uma rota logística e zona de comércio em pleno desenvolvimento.

Estima-se que as primeiras obras já estejam concluídas em 2016. Toda a estrutura futurista ficará pronta em 2020. A China deterá 68% dos negócios e Belarus 32%. O Brasil leva 30 anos para construir a ferrovia Norte-Sul. Nesta ambiciosa iniciativa chinesa, é possível que uma cidade seja erguida ao cabo de pouco mais de cinco anos. A cerimônia de lançamento da pedra fundamental do parque industrial chinês-bielorrusso foi realizada em 19 de junho de 2014.

As principais áreas de atividade do parque são engenharia mecânica, equipamentos e materiais médicos, biotecnologias, produtos farmacêuticos, química fina eletrônica, tecnologia elétrica e ótica. Trata-se de um estratégico dedo da China na Europa, com ambição de atrair corporações de todo o mundo.

Logo no nascedouro, 15 grandes companhias de diferentes nacionalidades já adquiriram direitos, atraídas pela posição geográfica estratégica e pela isenção de pagamentos de impostos e tributos locais.

O Great Stone será um centro de pesquisa e desenvolvimento em meio a uma reserva natural. Não custa lembrar que a China possui 2 mil parques com perfil idêntico em seu território. Para a comitiva goiana em Belarus, a visita técnica foi considerada um grande aprendizado.

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