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Em congresso mundial de mineração, Goiás apresenta-se como grande polo mineral

Delegação formada por técnicos do Governo de Goiás e representantes do segmento privado estão na Austrália para missão de negócios do setor mineral. O principal evento agendado para o grupo é a participação na Diggers & Dealers Mining Forum 2015, que ocorre de hoje até o dia 5 de agosto, em Kalgoorlie. A convite das empresas Orinoco Gold Limited (ouro) e Five Star (diamantes), multinacionais com origem e capital australiano que possuem investimentos em Goiás, o Estado tem um estande naquele que é considerado o mais importante evento da Austrália e o segundo maior do mundo no gênero.

O secretário executivo do Conselho Superior para a Promoção de Investimentos e Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) – pasta comandada pelo vice-governador José Eliton -, Leonardo Jayme de Arimatea, que coordena a agenda da missão, destaca a importância da participação goiana na feira: “Estão presentes as principais empresas australianas e também de outros países. E temos a grande oportunidade de apresentar Goiás como grande polo mineral para potenciais investidores”, informa.

A Austrália é um dos maiores produtores e fornecedores de minérios do mundo. Minério de ferro, níquel, bauxita, alumínio, cobre, ouro, prata, diamante e terras raras são alguns dos minerais que fazem parte da produção local. Mas o país se destaca, principalmente, pelo uso de tecnologia de ponta na exploração das minas. Uma grande proporção de minas em todo o mundo faz uso de software de computador de gerenciamento de dados australianos. Os serviços de tecnologia e equipamentos de mineração da Austrália têm significativa importância e impacto na economia daquele país.

O secretário executivo esclarece que o país da Oceania tem grande capacidade de investimento, mas que hoje eles estão concentrados no próprio território e também na África. “Queremos convencê-los a direcionar novos investimentos, em pesquisa e prospecção, para Goiás. Para isso, contamos com o apoio dessas empresas que acreditam e investem no nosso Estado”, relata.

Além da participação na Diggers & Dealers, a comitiva goiana vai visitar importantes centros tecnológicos, universidades e empresas do ramo mineral. Leonardo Jayme informa que, em Perth, a delegação goiana vai participar de seminário no Clube de Mineração da cidade, onde será feita a apresentação do Estado de Goiás a empresários, pesquisadores e investidores. Perth é reconhecido como um dos principais centros mundiais de mineração. Lá, está localizado o primeiro grande centro de operações remotas para minas da multinacional Rio Tinto. Ele funciona na operação de minas, portos, ferrovias e logística a partir de uma central de controle remoto.

O superintendente de Mineração da SED, Tasso Mendonça Júnior está na delegação que conta também com a presença da superintendente de Licenciamento e Qualidade Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Secima), Gabriela de Val Borges; do presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Goiás e Distrito Federal, Domingos Sávio Gomes de Oliveira; do assessor técnico da SED, Wasley Dantas Conceição; e Ana Cláudia Ganzarolli do Porto Seco Centro-Oeste de Anápolis, além de empresários e empreendedores goianos da área.

Polo Mineral
Goiás é o terceiro polo mineral do Brasil, atrás apenas do Pará e Minas Gerais. O setor representa cerca de 5% da produção nacional. Dentre os recursos minerais produzidos e tratados em Goiás, merecem destaque o amianto (maior produtor da América da Sul), níquel (maior produtor brasileiro), e, ouro, fosfato e nióbio (2º produtor nacional).

O setor mineral é o segundo na formação do PIB goiano, sendo superado apenas pela agropecuária. “Apesar dessa importância, as taxas de descoberta de depósitos minerais, fundamentais para a reposição das mineradas e para o crescimento sustentado da produção, diminuíram nas últimas décadas”, alerta o superintendente de Mineração da SED.

Tasso Mendonça lembra que existem oportunidades de investimentos em todas as fases da cadeia de valor, desde a pesquisa até a implantação de minas, incluindo o desenvolvimento e melhoria do beneficiamento até a industrialização dos bens minerais do Estado: “Mas os investimentos em exploração no Brasil são muito baixos quando comparados com países com potencial geológico equivalente, como Austrália, Canadá e África do Sul”.

Mas ele ressalta que tanto o dinamismo de seus investidores quanto as semelhanças geológicas tornam esses países estratégicos para o desenvolvimento de parcerias visando o desenvolvimento do potencial geológico de Goiás. “Essa missão acontece num momento de crise e da necessidade de se criar alternativas para superá-las. Temos a oportunidade de apresentar para o público de nosso interesse as nossas riquezas e potencialidades”, afirma Tasso Mendonça.

Geodiversidade
As riquezas minerais podem ser encontradas em todas as regiões do Estado. Em Crixás, concentram-se as minas de ouro, enquanto o níquel é explorado em Niquelândia e Barro Alto. Em Catalão são produzidos fosfato e nióbio; e Minaçu tem o amianto crisotila. Pirenópolis é grande produtor do quartzito, e São Luís de Montes Belos, de vermiculita.

Goiás conta ainda com importantes depósitos pesquisados. Alguns já produzindo e outros que devem entrar em produção a curto e médio prazo. Destacam-se os projetos de produção de ouro, em Pilar de Goiás, Guarinos e Mara Rosa; de bauxita, em Barro Alto; de titânio, e de terras raras e fosfato em Catalão e Minaçu.

No ano passado, os minérios participaram com 20% nas exportações goianas. Além de atender o mercado interno, a produção goiana foi exportada para os principais mercados do mundo (veja quadro).

Tabela Minérios

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