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RIO - A crise financeira e a necessidade de cortar custos vão fazer a Petrobras abandonar alguns velhos fantasmas. A estatal confirmou nesta segunda-feira que pretende rescindir o contrato de locação do edifício Torre Almirante, no Centro do Rio de Janeiro. Os funcionários já começaram a se mudar para o Edifício Sede (Edise). No Torre Almirante de 36 andares estavam atualmente apenas os empregados das áreas de Tecnologia da Informação e Engenharia.
O edifício foi inaugurado em 2005 e desde o início, quando várias áreas da Petrobras se mudaram para lá, empregados da estatal, assim como o pessoal da limpeza e da segurança, contavam inúmeras histórias de fantasmas. No local onde foi construído o Torre Almirante, existiu o edifício Andorinha, erguido em 1934 com 12 andares e destruído por um incêndio em 1986, matando 21 pessoas, das quais duas se atiraram pelas janelas.
Agora, a Petrobras pretende iniciar nesta semana as negociações para rescindir o contrato com os fundos proprietários do Edifício Torre Almirante. Segundo a Petrobras, no último dia 28 a estatal enviou carta aos dois fundos solicitando uma reunião logo nesta primeira semana do ano para negociar a rescisão.
A companhia informou que a desmobilização do prédio "é decorrente da realocação de atividades e da força de trabalho para outros prédios da Companhia." Os dois fundos imobiliários geridos pelo banco BTG Pactual são o Torre Almirante e Prime Portfolio.
A Petrobras não informou o valor do aluguel mas, conforme informações publicadas em seu blog “Fatos e Dados” no ano passado, o aluguel da Torre Almirante era R$ 6 milhões por mês. Uma fonte disse que o problema é que, na negociação para rescindir o contrato, a Petrobras deverá ter um custo adicional uma vez que o termo foi renovado no início de 2015, com vigência até fevereiro de 2022.
— Na realidade com a redução das atividades da companhia todos os funcionários poderiam ficar apenas no Edise — destacou a fonte.
