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CMN adia aumento de juros para algumas linhas de fundos constitucionais

Um mês depois de ter elevado os juros dos fundos constitucionais, o Conselho Monetário Nacional (CMN) retomou as taxas antigas para alguns tipos de operações. Até 31 de março, os bancos poderão assinar contratos para financiamentos de investimentos com os

Um mês depois de ter elevado os juros dos fundos constitucionais, o Conselho Monetário Nacional (CMN) retomou as taxas antigas para alguns tipos de operações. Até 31 de março, os bancos poderão assinar contratos para financiamentos de investimentos com os juros originais.

A anistia, no entanto, vale somente para as operações de crédito aprovadas até 16 de dezembro do ano passado, véspera do dia em que o CMN aumentou os juros dos fundos constitucionais e para o financiamento de investimentos fora do setor agrícola. Segundo o Ministério da Fazenda, todos esses projetos haviam sido aprovados com as taxas de juros antigas, mas não tiveram os contratos assinados antes da mudança por questões operacionais.

Segundo o secretário adjunto de Política Agrícola da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Ivandré Montiel, a medida permitirá a liberação de R$ 600 milhões em créditos aprovados até 16 de dezembro. “Contratar uma operação de investimento de longo prazo é uma operação complexa que requer alguns passos. Os bancos que operam fundos de investimento não conseguiram contratar até 31 de dezembro projetos aprovados com taxas vigentes à época. A medida vem na direção de resolver um problema operacional”, explicou.

No mês passado, o CMN aumentou os juros dos financiamentos concedidos com recursos dos Fundos Constitucionais do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). As taxas passaram para uma faixa de 11,8% a 20,24% ao ano. Os juros subiram para um intervalo de 10% a 17,20% ao ano, caso o mutuário pague as prestações em dia. A alteração valeu para operações contratadas a partir de 1º de janeiro.

Os mutuários beneficiados pelo adiamento pagarão juros de 8,24% a 14,71% ao ano. Para quem quitar as parcelas em dia, os juros ficarão entre 7% e 12,5% ao ano.

O orçamento dos fundos constitucionais corresponde a 3% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados. Desse total, o FNO fica com 0,6%, o FCO, com 0,6%, o FNE, com 1,8%. Os retornos e resultados das aplicações e dos recursos momentaneamente não aplicados também compõem os recursos desses fundos.