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Andamos no Jeep Compass, um SUV com qualidades que vão de A a Z

Norton Luiz
Editor de Veículos

Andamos no Jeep Compass. A versão testada foi a Longitude 2.0 16V Fex Tigershark, que representa 30% das vendas do modelo e custa R$ 106.990, sem os opcionais. Alguns dias com o carro foram os suficientes para entender o fato de o novo SUV médio bater nos degraus superiores das estatísticas de vendas de veículos dentro do segmento em que ele atua. Primeiro vamos para o quesito da aparência do veículo. O Compass chama muito a atenção pelas linhas bem definidas e modernas, além dos detalhes que o tornam um SUV robusto e imponente. Particularmente, gostei muito do seu design, em especial da parte frontal, que remete à uma vaga lembrança do Jeep Cheroke, sem perder os traços da modernidade atual.

Uma voltinha pequena já é o bastante para despertar olhares e ter a certeza que os consumidores brasileiros compram carros tendo como ponto de partida o design. Nesse quesito, o Compass marca seu primeiro ponto. O modelo desperta curiosidade e não é difícil encontrar um conhecido que não queira desvendar um pouco do que o carro oferece. De ponta a ponta, o Jeep Compass é um SUV compacto que se encaixa no gosto dos usuários, principalmente os do seu segmento. Suas linhas e detalhes externos aguçam o gosto das pessoas.

Vamos para o interior do veículo, outro ponto considerado pelos compradores, antes de decidir pela aquisição de um carro. No Compass, além de não apresentar ruídos, é mais um detalhe que faz esse novo projeto da FCA render bons frutos. Motorista e passageiros andam confortáveis e o porta-malas de 410 litros atende bem às necessidades de uma família. A versão testada veio completa, com os pacotes opcionais Premium, que inclui Acendimento automático dos faróis, bancos de couro, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, e o Segurança, com Airbag de joelho para o motorista, airbags laterais, airbags de cortina.

Os olhos alheios não se movem apenas para a parte externa do Compass diante das reações comuns com a chegada de um novo carro ao mercado. O interior do veiculo também merece uma conferida. As pessoas fincam os olhos para desvendar as qualidades do novo SUV da FCA. Os mais próximos não resistem e pedem para abrir a porta, quando não arriscam pedir para dar aquela tradicional voltinha.

Projeto 551 JEEP

Incrível como um painel bem desenhado e funcional chama a atenção e o do Compass realmente tem também esse diferencial. A posição de dirigir deixa o condutor bastante confortável e a direção elétrica progressiva contribui para uma condução sem esforço. Tudo no interior do SUV parece ter sido colocado ali sob medida. O acabamento do painel e das portas em plástico emborrachado não desvaloriza o ambiente interno. A qualidade do material utilizado faz a diferença. Poderia ser em couro ? Sim, mas do jeito que está ficou bem agradável ao toque, olhar e conforto.

O Jeep fabricado pela FCA na moderna fábrica de Goiana, em Pernambuco, compartilha alguns elementos do Renegade, mas isso não desvaloriza o carro. Afinal, o Renegade também está bem avaliado no gosto dos consumidores. O Compass herdou do seu irmão menor, com quem divide a mesma plataforma, o volante multifuncional, o quadro de instrumentos e o freio de mão elétrico. O modelo inspirou-se também no Gran Cherokee no acabamento do console central painel. Aliás, o Compass foi mais além ao buscar pontos semelhantes na mesma Cherokee.

O motor 2.0 turbarão-tigre do Compass era o maior desafio de conhecimento. A beleza e o conforto de um carro são perceptíveis no olhar, mas o motor não. É preciso sentir. E pra sentir é necessário pisar no acelerador. Então tratamos de conhecê-lo acelerando. Rodando em perímetro urbano, o propulsor 2.0 Tigershark que o Compass traz sob o capô não decepcionou. Mostrou disposição e rodagem silenciosa, combinado com o câmbio automático de 6 marchas da Aisin, que proporciona trocas suaves e sem os trancos que incomodam tanto.

A suspensão independente McPherson nas quatro rodas é bem calibrada. O conjunto motor e câmbio é perfeito e não deixa dúvida do acerto nesse casamento. Publicações feitas por especialistas da área automotiva não pouparam elogios ao modelo da FCA, sendo que apenas em um detalhe um ou outro falou em um motor mais ousado, com indicação até mesmo de um turbo. Confesso que não encontrei razões. 0 2.0 do Compass dá conta do recado.

Em se tratando de consumo de combustível, o Compassa mostrou-se racional e dentro a média anunciada pelo fabricante. Rodando na cidade com etanol no tanque de 60 litros, os cálculos apontaram média um pouco acima dos 5,5 km por litro. O resultado talvez tenha sido pela pisada mais leve no acelerador, adotando uma condução urbana sem pressa. Na estrada, numa rápida viagem de ida e volta entre Goiânia e Anápolis, percorrendo cerca de 100 km, o Compass fez um pouco acima dos 7,2 km por litro de etanol. Esse número também foi tirado de uma condução normal, longe de exigir economia de um veículo com o pé afundado no acelerador.

O consumo do motor 2.0 16V, de 166 cv e 20,5 kgfm de torque, abastecido com etanol, está absolutamente dentro da média para seu tamanho. O veículo fez um pouco acima da média de 5,5, na cidade, com o pé mais leve no acelerador, e andou na casa dos 7,2 km por litro na rodovia, conforme mostram os números oficiais de consumo. Tem que ser levado em conta ainda o fato de que, além dos 1.541 kg equivalentes ao peso do Compass, tem que somar também o peso do motorista e dos passageiros. Seu consumo urbano com etanol não desaponta, assim como não desaponta o consumo por litro do mesmo combustível, na rodovia. Com gasolina, obviamente, a média sobe. Os números oficiais apontam 8,1 por litro na cidade e 10,5 km na rodovia. Neste caso, o motor 2.0 Tigershark passa a oferecer 159 cv de potência e torque máximo de 19,9 kgfm.

O Compass, que custa R$ 106.990, tem de série, entre outros itens, Central Multimídia, com GPS, Câmera de Ré, controlador de velocidade com limitador, monitoramento de pressão dos pneus, assistente de partida de rampa, ar-condicionado digital de duas zonas, controle de tracão, acesso e partida sem a necessidade de chave nas mãos, luz diurna de LED, rodas de 18 polegadas e central multimídia de 8,4 polegadas. Como opcionais, oferece os Pacotes Premium, que inclui Acendimento automático dos faróis, bancos de couro, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, e o Segurança, com Airbag de joelho para o motorista, airbags laterais, airbags de cortina. Também como opcional o Teto Solar Elétrico Panorâmico.

Jeep Compassa Longitude 2.0 Flex (3)

Além da versão Longitude 2.0 automática, o Compass está no mercado também com as versões Sport 2.0 (R$ 99.990), Longitude 2.0 diesel 4×4 (R$ 134.990), Limited 2.0 4X2 (R$ 126.990) e Trailhawk 2.0 diesel 4×4 (R$ 151.990). Todas automáticas. Não é por acaso que o Jeep Compass, que começou a ser vendido em novembro passado, tornou-se rapidamente uma grata revelação do mercado. O carro agradou tanto que alcançou vendas elevadas, tendo superado SUVs que estão há mais tempo no mercado, inclusive seu irmão Renegade.

Para se ter uma ideia de como o Jeep Compass tem se sobressaído no segmento dos utilitários esportivos, basta lembrar que em janeiro passado o modelo da FCA foi o segundo colocado em vendas entre os SUVs. O Compass, cujas versões Flex representam 70% das vendas do modelo,ficou muito próximo do Honda HR-V e com a possibilidade de desbancar o concorrente. Foram 3.093 unidades do Jeep, contra 3.268 do HR-V.

Há quem diga que o SUV da Honda não aguenta a próxima arrancada do novo Jeep para perder a posição. Se isso acontecer, o modelo da FCA terá provado de vez o quanto é superar ao Honda, embora não seja esse seu concorrente direto no segmento, e aos seus principais concorrentes, o Hyundai ix35, o Kia Sportage e o Mitsubishi ASX. Por tudo isso, recomendamos o Jeep Compass, um SUV de qualidades que vão de A a Z.

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