Home / Economia

ECONOMIA

Saiba o que fez o PIB de Goiás ficar acima da média nacional

A prova de que um ambiente político e econômico saudável são eficazes para o crescimento de um Estado pode ser observado nos números divulgados pelo Instituto Mauro Borges (IMB) em um comparativo do PIB de Goiás e do Brasil em 2019, primeiro ano da atua

A prova de que um ambiente político e econômico saudável são eficazes para o crescimento de um Estado pode ser observado nos números divulgados pelo Instituto Mauro Borges (IMB) em um comparativo do PIB de Goiás e do Brasil em 2019, primeiro ano da atual gestão.

Naquele ano, o Produto Interno Bruto consolidado do Estado teve um crescimento de 2,2%. Já o nacional estacionou em 1,2%. Os dados são colhidos diretamente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comparado pelo IMB.

O PIB significa toda a riqueza produzida por uma sociedade. Conforme o IBGE, trata-se da soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano.

Pelos dados, a indústria foi o segmento que mais avançou em Goiás – isso não significa que seja a que pesa mais no processo de enriquecimento do Estado.

E a explicação para o desempenho da indústria é exatamente política e econômica: no ano anterior, 2018, o IBGE indicou que Goiás caminhava para uma situação de desindustrialização em agosto daquele ano.  

Diante diversos escândalos, venda da Celg e operações policiais, o ambiente goiano era incerto para quem desejava investir. Com um histórico de desajuste e corrupção, a máquina pública assombrava quem planejava aportar em Goiás.  

Centenas de empreendimentos adiaram sua chegada até que o Estado apresentasse respostas ao combate de corrupção e ao desajuste de contas públicas – Goiás tinha sido suspenso pelo Tesouro Nacional para qualquer atividade financeira que não fosse pagar suas dívidas.

Nos últimos 20 anos, um único modelo de gestão fez com que Goiás acumulasse uma dívida de R$ 20 bilhões no Tesouro Nacional.

A mudança eleitoral trouxe um discurso de fim de corrupção e reorganização das políticas de benefícios fiscal. Meses depois, os industriais entenderam que Goiás tinha saído do seu pesadelo institucional. Assim, voltaram ao Estado.   

“Conseguimos superar situações delicadas. Goiás estava entre os quatro piores Estados do país do ponto de vista fiscal, com colapso da máquina pública, mas nós avançamos e fomos os únicos a entrar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF)”, diz o governador Ronaldo Caiado, que conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito do Estado suspender algumas dívidas e retomar a capacidade de investimento.

A indústria é apenas uma das explicações para o PIB goiano superior ao nacional.  Serviços (1,9%) e agropecuária (1,4%) apresentaram também crescimento, mas, ao contrário da indústria, sempre apresentam maior estabilidade e capacidade contínua de produção.