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Expectativa é de estabilidade nos preços diz presidente do Sindiposto

Márcio Andrade lembra do valor cobrado no ICMS a nível Federal que pode encarecer o combustível caso não haja uma redução nos preços por parte da Petrobras

Foto: Willi Becker Foto: Willi Becker

Desde 2016 o Brasil passou a adotar a Política de Paridade nos Preços de Importação (PPI) para os derivados do petróleo, gasolina e diesel por exemplo, os quais tinham os preços determinados conforme o mercado internacional, e em dólar. Nesta terça-feira, 16, a Petrobras anunciou o fim da cobrança por PPI e uma nova forma de determinar os preços dos combustíveis. Mas a pergunta que não quer calar é como vai funcionar isso na prática para os consumidores? Vai haver uma redução real nos preços e quando ela deve chegar ao consumidor final?

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade conversou com a nossa equipe sobre o assunto. Para Márcio a política de preços adotadas em 2016 foi um marco, pois estabeleceu uma condição em que o governo não interferia nos preços, o que levou o Brasil para um preço para o mercado a nível mundial, mesmo com os efeitos colaterais provocados pela instabilidade no preço do Petróleo.

"Em 2016 quando foi instituído o PPI, o que houve de positivo foi um marco, momento onde se estabeleceu uma condição de não interferência do governo nos preços dos combustíveis, trazendo isso para um preço de mercado a nível mundial que é a política mais adotada nos países mais desenvolvidos, de economia mais estáveis, então foi muito importante dar esse passo, apesar dos efeitos que foram causados, principalmente ai com essas instabilidades no preço do petróleo, e que gerou esses aumentos e uma grande de dificuldade, por falta de previsibilidade e aumentos constantes né, o que gerou muito tumulto, muita dificuldade nos mercados de combustíveis e para a população de uma forma geral. Mas, foi um passo importante, e que a seguir foi aprimorado, de uma forma a se manter um intervalo maior entre os reajustes e a Petrobras passando passando a diminuir a volatilidade, não acompanhando a volatilidade de imediato, então acredito que foi um passo importante para se estabelecer essa nova situação, apesar dos efeitos colaterais ai, de grandes reajustes nos preços dos combustíveis"

Questionado em relação a mudança anunciada pela Petrobras, o presidente do Sindicato, pontua que na divulgação da estatal não ficou claro como vai funcionar. De acordo com ele há momentos em que se fala que vai ser levada em consideração os preços dos concorrentes, ou seja, do mercado internacional que influencia aqui, e também de outros mercados importadores como produtores, refinarias e distribuidoras que não são mais da Petrobras.

Andrade diz que nesse momento o pessoal tem comprado menos combustíveis na expectativa do que vai acontecer, daqui pra frente e assim descobrir qual será o impacto que teremos com a nova política adotada pela estatal.

"A gente vai precisar esperar mais esclarecimentos esperar mais esclarecimentos e também ver, qual vai ser o comportamento dos Preços da Petrobras, a partir do movimento dela de preços. E só ai então teremos uma ideia de como isso vai realmente funcionar. O que tem no momento é uma grande expectativas né, de que essas mudanças, nos mercados de combustíveis, tanto as distribuidoras, refinarias quantos os postos tem comprado menos produtos nessa expectativa e o mercado dá uma paralisada né, então vamos aguardar para ver realmente quais serão os impactos", pontua.

De acordo com Márcio Andrade existem diversos outros fatores que influenciam na questão dos preços dos combustíveis. Um que o presidente do sindicato salienta é a questão do aumento do ICMS Federal, e que segundo ele se não houver uma redução por parte da Petrobras no preço dos combustíveis pode fazer com que o valor sofra um aumento, mesmo com a nova política adotada pela estatal.

"Se houver o reajuste no preço por parte da Petrobras até o dia 1º de Junho, a redução vai amortizar o reajuste do imposto, e não ter nenhum tipo de impacto para o consumidor seja de redução ou aumento. Vale lembrar que essa adequação já foi feita no dia 1º de Maio no Diesel, e que não foi percebido uma aumento pelo consumidor, justamente pelo fato da Petrobras ter reduzido os preços. A expectativa nesse momento é que caso haja essa redução na gasolina por parte da estatal é de estabilidade nos preços e de compensar o aumento dos impostos", finaliza.

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