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Atenção, atenção...1, 2, 3... Testando...1, 2, 3...Testando...

Por enquanto, uma coisinha ou outra pode até não funcionar. Mas daqui a cerca de nove meses, quando terminar essa gestação que a cidade e o país vêm vivendo, e os Jogos Olímpicos vierem à luz a 5 de agosto de 2016 — tendo continuidade com as Paralimpíadas, em setembro —, não haverá mais espaço para erros nem falhas. Por isso, está sendo tão importante a série de provas e torneios denominada de Aquece Rio, os eventos-testes para as Olimpíadas. Até o mês que vem, serão mais cinco, fechando 2015.

Somente nesta semana, de 24 a 28 de novembro, haverá torneio de hóquei sobre grama, no centro da modalidade apresentado sexta-feira pelo prefeito Eduardo Paes, no Complexo Esportivo de Deodoro. De 24 a 29, no Pavilhão 4 do Riocentro, os olhos tentarão ver as petecas voando para um lado e para o outro no torneio internacional de badminton. Também em Deodoro, o estádio de canoagem vai sediar a competição da modalidade slalom, de 26 a 29.

Em dezembro, antes de os papais noéis invadirem as calçadas, o Pavilhão 4 do Riocentro terá competição internacional de boxe, entre os dias 4 e 6. Já no Parque Olímpico da Barra, a primeira das novas instalações a ser usada será o Centro Olímpico de Tênis, de 10 a 12 de dezembro.

Diretor de esportes do Comitê Organizador Rio-2016, e responsável por gerenciar instalações, Rodrigo Garcia considera esta semana de grande importância no projeto olímpico.

— Serão três eventos-teste ao mesmo tempo, o que gera um desafio maior. Mas isso faz parte. Serão três eventos simultâneos. Na verdade, é muito difícil dizer qual deles será o mais complicado — comentou Garcia. — Temos o mesmo nível de preocupação com os três, mas pode haver surpresas. Às vezes, no badminton, que é em local fechado, controlado, pode acontecer pane no ar condicionado. No slalom, por ser em local aberto, e com ondas e maiores riscos, a preocupação com a segurança, teoricamente, é maior.

Depois do evento do tênis, a série Aquece Rio terá curtas férias. Em 2016, recomeçará com o torneio internacional feminino de basquete, na Arena Carioca 1, uma das novas instalações do Parque Olímpico da Barra, de 15 a 17 de janeiro. Na sequência, virão: halterofilismo, de 20 a 23; e luta olímpica, 30 e 31 de janeiro, tudo isso na Carioca 1. Haverá eventos-teste também em fevereiro, março, abril e maio.

Sobre as competições preparatórias já realizadas, Garcia disse que o iatismo, em agosto de 2014 e no mesmo mês este ano, não foi o que mais preocupou a organização olímpica do Rio, apesar da poluição da Baía de Guanabara.

— Falou-se muito sobre os eventos de vela, por causa da qualidade da água, mas o que nos estressou foi o ciclismo de estrada. Este nos preocupou pela longa quilometragem percorrida (165km), porque movimentou grande parte da cidade, e sempre havia o risco de algum carro ou pedestre querer furar os bloqueios das ruas — admitiu o dirigente. — Na maratona aquática, o mar estava mexido, e os técnicos tiveram alguns problemas. Tínhamos um plano de contingência, que poderia ter sido mais bem feito. É algo para melhorar.

De forma geral, a avaliação até o momento é positiva, segundo Garcia.

— Nós nos saímos melhor do que esperávamos, mas também não podemos ficar excessivamente confiantes. Erramos em algumas situações e estamos contando com observações de atletas e treinadores para evoluirmos — afirmou.

Garcia explicou que todos os eventos-teste realizados no Riocentro serão no Pavilhão 4, mas, durante os Jogos, cada modalidades ocupará um pavilhão:

— O Riocentro já é uma instalação conhecida, e os pavilhões são iguais. Por isso, é mais simples fazermos todos os testes no 4.

Segundo Garcia, esses eventos têm aspecto didático para os torcedores brasileiros:

— Alguns esportes não são tão conhecidos do grande público. Por meio dessas competições, os cariocas estão tendo a chance de conhecê-los aos poucos.

Se, para os fãs, estas competições têm jeito de curso intensivo em várias modalidades, para a organização, são provas de fogo.

— Fazer Olimpíadas e Paralimpíadas sem eventos-testes é impossível. Não é apenas a questão do local, mas também as operações a serem feitas e a preparação das pessoas empenhadas nos Jogos — encerrou Garcia.

Neste domingo, no Recreio, o ministro do Esporte, George Hilton, e o prefeito Eduardo Paes inauguraram o Centro Olímpico de Golfe. O prefeito minimizou a ação movida pelo Ministério Público do Estado do Rio, que contesta e tenta anular a licença ambiental do empreendimento público privado. O evento-teste da modalidade ainda não foi marcado.

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