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Abandono aqui é mato

Quão abandonada pode ser uma faculdade pública? Qual o tamanho do descaso dos administradores de um local que é pago para existir com o dinheiro dos contribuintes e não existe? É difícil exprimir em palavras como a Escola Superior de Educação Física de Goiás (ESEFEGO) se encontra neste exato momento.

A reportagem do DM Esportes recebeu uma denúncia explicando como se encontrava a pista de prática de diversos esportes, como atletismo e futebol. A denúncia não soava crível, tamanho os absurdos relatados. Porém, ao chegar ao local, constatou-se que foi uma denúncia precisa.

O campo de futebol, se é que se pode chamar aquilo de campo de futebol, tinha mato com mais de dois metros de altura. Os gols abandonados sequer tinham redes. Onde não havia mato, ervas daninhas e diversas plantas nada favoráveis à prática de qualquer esporte, tinha pedras e lixo. Se não houvesse dois gols enferrujados em cada lado, jamais seria possível saber que ali um dia, alunos e comunidade jogaram bola.

A pista para salto em distância é outra coisa ridícula. Uma tira de asfalto cercada por capim de mais de um metro que termina em uma minúscula vala de areia, que está imunda e também com vegetação.

Até mesmo a pista de atletismo tem seus problemas. Obviamente o asfalto que ali se encontra não é dos melhores: está desnivelado, a marcação de tinta totalmente torta e uma árvore caída por conta de uma das antigas chuvas que acometeram Goiânia permanecem ali como uma decoração bizarra e surreal. Sem contar a sujeira na pista que pode ocasionar uma lesão caso algum atleta escorregue. Ervas daninhas também ganham espaços nos lugares que o asfalto está quebrado.

Caso Antigo

O que é inacreditável é o abandono total de um ambiente deste. Não é somente a pista que está com aspecto ruim. A ESEFEGO, no geral, encontra-se suja, com pedaços de telhas jogadas, com pedras quebradas, iluminação ruim e uma piscina imunda que está verde de tanta nojeira.

Não é a primeira vez que alunos da ESEFEGO reclamam através dos veículos de comunicação. Em 2007 muitos estudantes acamparam com barracas no coreto da Praça Cívica exigindo reformas no prédio.

Em 2013, nova denúncia foi feita: aparelhos de musculação velhos ou estragados, janelas quebradas, quadras com goteiras e paredes rachadas. Piso das quadras de madeira quebrado e o calçamento destruído.

Atualmente tem uma quadra poliesportiva reformada, quadra de tênis com aceitáveis condições. Porém a ESEFEGO precisa melhorar muito, mas muito para dizer que está ruim. Uma escola que oferece cursos que exigem tanta prática, como educação física e fisioterapia, não pode existir desde 1962 sem uma reforma geral completa. Já são quase 54 anos de abandono em diversas áreas. Ainda é possível encontrar janelas quebradas, paredes rachadas e descascadas, calçamento destruído, banheiros com defeitos e lixo espalhado.

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