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ESPORTES

Alegria que se encontra no esporte

É na “correria” que esse pessoal vive. Mas não é uma correria desenfreada, do dia-a-dia ou displicente. É uma correria atrás de um sonho e de objetivos maiores a cada corrida. Treinando na Escola Superior de Educação Física de Goiás (ESEFEGO) desde 2010, o grupo ÁGUIA - Associação dos Guerreiros de Aço e o Cebrav (Centro Brasileiro de Apoio e Reabilitação ao Deficiente Visual) preparam atletas para competir em diversas competições pelo Brasil. No total já são mais de 50 integrantes.

O professor do grupo é José Adriano Bispo de Araújo, de 30 anos, conhecido como Jabá, por causa das iniciais do nome. Jabá começou esse projeto em 2010 enquanto ainda era acadêmico. Seu trabalho de monografia acabou se tornando sua profissão. Desde 2012 formado, ele continua treinando os atletas do mesmo projeto.

Os treinamentos visam colocar os esportistas em condições de praticarem atletismo em nível superior. Todos participam de competições ao longo do ano e a principal do Comitê Paralímpico é o Circuito de Corridas da CAIXA. O banco brasileiro promove provas ao longo do ano em diferentes localidades do Brasil. Qualquer atleta treinado por Jabá pode participar das regionais, porém para viajar para competir em outras cidades e Estados, deve primeiro atingir um índice.

Jabá também treina alguns atletas visando qualificá-los para as Paralimpíadas do Rio 2016, como é o caso de Gilberto Marques dos Santos, de 35 anos. Ele compete desde 2007. Gilberto era militar e disputava provas pelo exército, porém em 2003 ele foi vítima de um tiro no pescoço. A bala afetou seu nervo óptico. Somente cinco anos mais tarde que ele resolveu voltar a correr novamente. “Meu objetivo é primeiramente conseguir um tempo melhor, depois conseguir uma vaga na seleção e disputar as paraolimpíadas do Rio”.

Os treinamentos variam de cada pessoa. Segundo Jabá tem atleta que treina nove sessões por semana e cada sessão dura em torno de uma hora e meia. Mas também há quem treine três sessões. O grupo também disputa competições pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e diversas outras confederações. Somente ano passado, foram nove diferentes.

Atualmente a equipe recebe aporte financeiro via Cebrav do governo estadual, que arca com custo de viagens e fornecimento de material para treinos e competições. O maior objetivo de Jabá é ampliar o trabalho, “ir além dos objetivos competitivos. Porque aqui em Goiás, infelizmente, temos poucas opções. Então, esse ano temos o objetivo de um atletismo como competição, participação e iniciação”, explica o professor.

As principais dificuldades obviamente é a falta de recurso financeiro para ampliar o projeto e custear mais viagens. Alguns atletas não tem condição de bancar do próprio bolso. Porém, cabe a todos continuar o esforço diário para cada vez correr mais e mais longe.

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