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Pressão e bronca

Nessa temporada, o único sentimento que o torcedor esmeraldino vem sentindo é o da decepção. Isso porque o time, considerado favorito ao acesso no início, hoje está na parte intermediária da tabela. Até por isso tanto a diretoria quanto o time vêm recebendo incontáveis críticas, principalmente do torcedor, que parece já estar esgotado com a situação que o time vive.

Na última partida, contra o Joinville, a equipe mudou de casa, saiu do Serra Dourada para jogar no Olímpico. Já no início do jogo o time já estava perdendo por 2 a 0, para um time que está na zona da degola, o que irritou demais os torcedores. Com as arquibancadas mais próximas do campo, os jogadores sentiram de perto a decepção e o desgosto da torcida com o time.

Um dos maiores alvos da torcida é o então presidente Sérgio Rassi, que não compareceu à partida. Mesmo com pouquíssimos membros do alto escalão esmeraldino no estádio, a torcida não poupou nas críticas.

“Cadê o presidente nessas horas, ele deveria estar aqui para ver o time que ele fez. Os caras têm que dar mais voz ao torcedor, hoje a gente fica para escanteio. Eles se juntam lá e fazem todas as decisões deixando a gente de lado, não dão voz a quem realmente merece, que é o torcedor que paga ingresso, o real patrimônio do clube. Eles reclamam da torcida, falam que são torcedores de sofá, mas olha esse time sem vergonha. Eles não merecem essa torcida”, destacou Marcelo Soares, torcedor esmeraldino.

Além de Rassi, a torcida também não perdoou nem a família Pinheiro, uma das mais influentes dentro do Goiás. O planejamento da equipe e os jogadores também não escaparam de críticas.

“O Sérgio Rassi está de brincadeira. O que ele fez com o Goiás? Ele é médico, tem que ir cuidar dos pacientes dele e deixar quem entende de futebol mexer com o Goiás. Ele já tá fazendo hora extra no Goiás. Ele tem que juntar com os Pinheiros e sair do Goiás. Hoje lá está uma bagunça, o time vale quase três vezes mais que os rivais e não consegue vencer ninguém, a única coisa que eles conseguem é passar vergonha no torcedor, porque é só esse que sofre”, destacou o alviverde Gustavo Leite.

“O presidente falou que arrumou as finanças do clube, beleza, mas e o time dentro de campo, como que fica? Cadê? Ele disse que iria trazer jogador para a gente ser campeão. Mas nem subir a gente conseguiu. A diretoria trouxe um caminhão de jogadores, mas nenhum presta, tem que chegar com o mesmo caminhão que trouxe lá na porta da Serrinha e mandar tudo embora”, comentou Marcelo Soares.

Nem mesmo a virada diante do Joinville amenizou as críticas. Com 47 pontos, o Goiás hoje é apenas o 14ª colocado da Série B.

“A vitória de hoje não ameniza em nada a vergonha que a gente está sentindo. Eles não fizeram mais que a obrigação em vencer um time que está na zona do rebaixamento. Agora eu quero ver qual vai ser a postura deles nesses outros jogos. Vai ser mais vergonhoso se a gente terminar mesmo atrás do Vila, que é uma bagunça e está na nossa frente”, destacou o esmeraldino João Pedro Domingues.

De todos do elenco esmeraldino, o único que parece ter o apoio da torcida é o atacante Walter, que no jogo diante do JEC foi o único que saiu aplaudido de campo, enquanto os companheiros, a maioria foi hostilizada.

Gilson Kleina ressalta “chacoalhão” no vestiário

Gilson Kleina

Na última sexta-feira, o Goiás saiu vitorioso do Estádio Olímpico, em uma partida bastante complicada contra o Joinville. A torcida criticou bastante, mas no final apoiou o time quando ele precisou. O que ficou nítido foi o péssimo primeiro tempo que o Goiás fez, terminando perdendo por 2 a 0 e com um jogador a mais. O treinador Gilson Kleina (foto) também criticou bastante a primeira etapa do time.

“Nós começamos jogando parecendo com final de feira, com preço promocional e tudo mais. Nós falhamos no início do jogo. Uma morosidade incrível, falamos que era um jogo em que nós não poderíamos entrar nesse marasmo, sabíamos que para o adversário era o jogo da vida deles. Mas começamos aceitando muito a situação, perdendo divididas. No intervalo, eu dei uma sacudida, falei umas coisas que deveriam ser faladas e a equipe reagiu. Teve outra postura, mais atitude. Felizmente terminamos com uma vitória maiúscula”, apontou o Kleina.

Quem foi bastante criticado durante toda a partida foi o goleiro Márcio, principalmente após o primeiro gol do Joinville. O arqueiro foi vaiado praticamente todo o jogo e até sobre esse assunto Kleina falou que agora ele vai tentar blindar o jogador.

“O Márcio é um jogador de personalidade, mas eu vi que ele estava sentindo no intervalo. A gente conversou, eu dei moral. Não é fácil você vir para uma equipe e ter que mostrar de novo o que você já fez no rival. E eu sei que o sentimento dele é ser vitorioso aqui também. Eu agora vou preservar o jogador, conversar com ele, para ver como ele está se sentindo, porque ele é um jogador que o torcedor pode ter certeza que ele quer ser um vitorioso”, destacou.

Harlei retorna às origens

Harlei 2

Já pensando na próxima temporada, o Goiás anunciou ontem o novo gestor de futebol do clube. Mas o novo homem forte do alviverde não é desconhecido do torcedor esmeraldino. Trata-se o ex-goleiro do clube Harlei Menezes (foto), que ano passado já havia passado pela mesma função na equipe. Harlei agora vai trabalhar em conjunto com Osmar Lucindo, que permanece no cargo de superintendente de futebol, que vai cuidar tanto do profissional quanto da base.

Segundo o novo gestor, ele aceitou o cargo em uma reunião nessa segunda com o presidente do clube, Sérgio Rassi, e com Osmar Lucindo, na qual eles fizeram o convite para o ex-goleiro assumir o cargo. “Fiquei muito feliz, porque tenho o Goiás como minha segunda casa”, declarou Harlei ao site oficial do Goiás.

Como atleta, Harlei ficou por 15 temporadas no Goiás, sendo que hoje é considerado um dos ídolos do time da Serrinha, ao todo foram 831 jogos e 12 títulos conquistados. Ele terminou sua carreira profissional em 2014 e já em 2015 assumiu a diretoria de futebol do Verdão, porém a sua primeira passagem não deu muito certo, isso porque o Goiás acabou rebaixado para a Série B. Mas para essa segunda passagem, ele afirmou estar mais preparado para as responsabilidades.

“Sabemos que é um grande desafio, mas eu aproveitei esse período para poder me concentrar na gestão de futebol, fazendo cursos, assistindo a palestras, procurando pessoas capacitadas no meio do futebol para agregar experiências. Acredito que tudo aquilo que fui buscar de conhecimento possa contribuir nesse retorno. Estamos reorganizando tudo e nos preparando bem para, com fé em Deus, fazer de 2017 uma temporada vitoriosa para o Goiás”, apontou.

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