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Mistério, angústia e alívio

O técnico Marcelo Cabo, responsável pela boa campanha que rendeu o título de campeão da Série B do Campeonato Brasileiro ao Atlético, desapareceu desde a madrugada de domingo. Segundo imagens obtidas pelas câmeras de vigilância do prédio, Marcelo saiu de casa às 3h, no próprio carro. A Delegacia de Investigação Criminal (DEIC), auxiliada por buscas realizadas pela Polícia Militar, está apurando o caso.

No final da noite a Polícia Civil afirmou ter localizado o treinador, informando que ele estava bem, mas que o caso só será esclarecido hoje, em entrevista coletiva.

Na tarde de ontem, Cabo chegou a voltar para casa, mas desta vez num táxi. Ele entrou e saiu rapidamente, às 15h48, levando consigo apenas dinheiro e o cartão de crédito. Os investigadores foram até o seu apartamento e viram que ele deixara a carteira com os documentos e o celular para trás. No entanto, Marcelo estava num táxi, e não mais no próprio carro, que o esperou na garagem do prédio até que ele voltasse e saísse novamente.

Agora que se sabe que o técnico está vivo e que reapareceu, a polícia descarta hipótese de homicídio ou latrocínio, e agora passa a investigar o que teria motivado o suposto desaparecimento e se o treinador estaria sendo coagido. Nenhuma hipótese é descartada, inclusive a de sequestro.

“Trata-se de uma pessoa excepcional, todo mundo conhece, sabe que não é da noite. É um cara muito discreto, e não tem histórico nenhum de sair muito à noite”, afirma o coronel da Polícia Militar Wellington Urzeda, que também é membro da diretoria do clube.

No sábado, o Atlético-GO participou de um jogo amistoso contra o Gama, no Estádio Antônio Accioly. Após a partida, Marcelo Cabo se juntou a uma “resenha” com os amigos, tendo retornado ao seu apartamento já de madrugada, ligou para sua família no Rio de Janeiro, e saiu em seguida. A diretoria do clube já registrou um Boletim de Ocorrência junto à Deic, ontem, e a polícia imediatamente iniciou as buscas.

“Ele tem a saúde plena, não tem problema de depressão, isso que nos intriga. Estamos torcendo e querendo o melhor. Como saiu sem celular e carteira, pode ter tido um mal súbito e levado para um hospital. Como estava sem documento, não foi identificado. A gente trabalha nessa via de mesmo estando com a saúde pela, ele possa estar bem em algum lugar”, completou Urzeda.

Em entrevista à Rádio 730 AM, de Goiânia, o diretor de futebol do Atlético-GO, Adson José Batista, se mostrou abatido. “É uma situação difícil de absorver, é uma situação que está muito tensa, sem condição até de falar. Esperar que Deus ilumine e que termine da melhor maneira possível. A família está desesperada, passando por momentos difíceis”, relatou.

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