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Quando a Superliga B de vôlei masculino começou, em janeiro, o Jaó entrou como um caçula azarão. Apesar disso, o time goiano, que iniciou o seu projeto apenas no ano passado e conseguiu sua classificação pela campanha na Taça de Prata, passou a ser uma realidade na competição.
Com apenas uma derrota no torneio e embalada por 10 vitórias consecutivas, a equipe auriazul chega ao auge da sua jornada neste sábado (15), quando decide o título contra o Sesc-RJ. A decisão, em jogo único, acontece no Rio de Janeiro, às 14h10, no Ginásio da Hebraica. Apenas o campeão garante vaga para a Superliga 2017/2018.
O time goiano é comandado pelo jovem técnico Hítalo Machado, de apenas 24 anos. O treinador começou a temporada como auxiliar de Sidney Nutti, que deixou o Jaó no decorrer da competição. Hítalo assumiu o comando efetivo justamente contra o Sesc-RJ e foi o único treinador a conseguir desbancar a equipe carioca. Mesmo assim, o comandante tenta frear o entusiasmo.
“Os jogadores são os mesmos. Mas de lá para cá houve uma evolução. Estive acompanhando os últimos jogos deles e vi que eles estão mais consistentes. Por terem feito a melhor campanha, jogarem em casa e terem um orçamento maior do que o nosso, o favoritismo é deles”, enfatizou Hítalo.
A única e última derrota do Jaó foi no dia 14 de janeiro, para o Uberlândia. Desde então foram 10 vitórias. Algumas conquistadas de forma tranquila e outras com muita dificuldade. A expectativa para o duelo no Rio de Janeiro é de um jogo complicado: “O Sesc tem um time alto e que saca muito bem. Temos que trabalhar muito bem o passe e acelerar o jogo para surpreender o bloqueio deles”, ressaltou.
O treinador do Sesc é o lendário Giovane Gávio, ex-ponteiro da seleção brasileira, bicampeão olímpico (1992 e 2004) e que já havia previsto uma final entre as duas equipes quando foi derrotado em Goiânia.
“Claro que todo mundo é fã dele, pelo o que ele fez no vôlei, mas para mim é um jogo que vai ser encarado como se fosse com qualquer adversário. Não tem nada de especial”, minimizou o comandante do Jaó.
Em 2013, Hítalo era levantador reserva do time do Monte Cristo, que foi campeão da Superliga B. Também jogavam com ele o levantador Fabiano, o central Lucas Gil, o ponteiro Vivalde e o líbero Paulo Denis. Exceto esses jogadores experientes, grande parte do plantel do Jaó é formado por jogadores jovens, que terão o jogo mais importante de suas vidas.
“Não existe deslumbre aqui no nosso grupo. Se chegamos à final foi por questão de merecimento. Para muitos jogadores vai ser a primeira vez em um jogo desse porte, mas tenho certeza de que não vai ser a última”, salientou Hítalo.
Quinteto conhece bem o caminho para o título da Superliga B
Quatro jogadores no elenco do Jaó conhecem o sabor do título da Superliga B. O levantador Fabiano, o ponteiro Vivalde, o central Lucas Gil e o líbero Paulo Denis conquistaram a competição em 2013, quando jogavam pelo rival Monte Cristo. Além disso, o técnico Hítalo Machado era o levantador reserva naquela ocasião. Assim como o Jaó de 2017, o Monte Cristo de 2013 teve apenas uma derrota em toda a competição. O time goiano se sagrou campeão ao vencer o Atibaia, por 3 sets a 1, no Ginásio do Sesi Ferreira Pacheco, em Goiânia Essa base foi fundamental na concepção do projeto do Jaó, que surgiu de uma ruptura do Monte Cristo, comandado pelo técnico Paulo Martins. Fabiano é um dos gestores, além de ser o capitão do time. Paulo Denis e Vivalde são titulares absolutos. Lucas Gil vem sendo reserva, mas sempre entra no decorrer dos jogos.
