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São Petersburgo abre suas portas para Goiás

São Petersburgo, Rússia, a terceira cidade mais populosa da Europa, abre suas portas à missão goiana em visita a três países do leste europeu. Petersburgp é uma potência econômica com grande número de corporações internacionais, bancos e outros negócios. Goiás passou a integrar a Câmara de Indústria e Comércio local ontem (26), por meio de acordo de cooperação assinado pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento (SED), José Eliton, e o presidente da instituição, Vladimir Katenev. As empresas do Estado terão assistência especial para atuarem no mercado e facilidades para comunicação com outros órgãos e agências governamentais. A medida permite a ampliação do fluxo de investimentos entre as duas partes.

A Câmara de Indústria e Comércio local é a maior estrutura em ação na Rússia, com 4 mil parceiros comerciais e 100 funcionários. O organismo abriga gigantes de negócios nos diversos setores da atividade econômica. “Trata-se de um acordo histórico e uma grande conquista da missão goiana”, disse o vice-governador José Eliton. Ele foi homenageado durante o seminário com o Brasão de São Petersburgo.

O acordo de cooperação foi celebrado durante o seminário Goiás-Rússia, realizado pela manhã na sede da câmara, um prédio carregado de história e que já abrigou importantes celebridades no contexto das relações comerciais em nível internacional. Pelo documento, as partes trocarão informações e interesse mútuo em exportações e importações, necessidades comerciais de organizações e perspectivas de projetos de investimentos.

Acordo

O acordo de cooperação entre Câmara de Indústria e Comércio de São Petersburgo e Estado de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, vai se processar nas seguintes áreas: indústria, agricultura, comércio, ciência e tecnologia, logística, infraestrutura e turismo. O ato assinado prevê, ainda, apoio mútuo para a realização de atividades promocionais como seminários, feiras, missões, rodadas de negócios e visitas locais. Pela parte brasileira assinou como testemunha o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves.

A formalização do acordo foi apenas a primeira parte da reunião. O seminário Goiás-Rússia passou a ser coordenado pela vice-presidente da Câmara de Indústria e Comércio de São Petersburgo, Ekaterina Lebedeva. “Ter Goiás como integrante deste órgão é muito importante”, disse ela. Seguiu-se a apresentação técnica do vice-governador José Eliton, que detalhou indicadores econômicos e sociais de Goiás e raio de influência, informações sobre infraestrutura e turismo.

Ele deu ênfase à localização estratégica, no centro do país, que abriga em seu território a capital Brasília e que forma, junto com Anápolis, um corredor de riqueza, o maior polo de atração de novos negócios entre os dez principais eixos de desenvolvimento no Brasil. Citou Goiás como o quarto maior gerador de empregos formais no País e o primeiro no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb).

“Nosso crescimento ao longo dos anos sempre foi acima da média nacional”, disse José Eliton ao informar que o Estado mantém relações comerciais com 150 países. Ao reforçar o convite para que os empresários locais invistam em Goiás, o vice-governador destacou as melhores condições possíveis do ponto de vista de incentivos fiscais. “Almejamos ser tão prósperos quanto São Petersburgo”, finalizou.

Na sequência, a especialista do Departamento de Relações Exteriores da Câmara de Indústria e Comércio de São Petersburgo, Daria Kurshinova, discorreu sobre as atividades internacionais do organismo fundado em 1921, à época pioneiro. As apresentações foram finalizadas por Elmira Kachaeva, gerente de projetos do Expoforum, complexo que, somente em 2014, organizou 160 eventos internacionais que envolveram 40 países. O seminário foi encerrado com negociações separadas, uma grande movimentação dos investidores da Rússia junto aos empresários goianos, num evidente interesse local pelas mercadorias produzidas no Estado.

São Petersburgo

Fundada em 1703, a antiga Leningrado foi construída sobre um pântano. Em 1991, a população votou pela mudança do nome da cidade para São Petersburgo. Têm como principais setores da economia a construção naval e automotiva, o comércio e o turismo.

Com 5 milhões de habitantes, São Petersburgo é a terceira maior cidade da Europa, atrás apenas de Moscou e Londres. Cerca de 40% da população possui curso superior. A influência de ciclones do mar Báltico resulta em verões curtos, quentes, úmidos e invernos longos, frios e chuvosos.

São Petersburgo tem uma grande tradição na área das ciências, tendo sido a sede, até 1934, da Academia Russa de Ciências, uma das mais importantes do mundo. A Universidade Federal tem aproximadamente 32 mil estudantes. Esta é uma das mais conceituadas cidades no que se refere à tradição na literatura no mundo.

A arquitetura dos séculos XVIII e XIX mantém a cidade preservada e inalterada em sua forma original. Por muitas razões, incluindo a destruição da Segunda Guerra Mundial e a construção de edifícios modernos misturados aos históricos, dá a São Petersburgo uma natureza singular, um verdadeiro museu vivo nos estilos dos últimos três séculos. A cidade é ligada ao resto da Rússia e à Europa por um grande número de estradas federais e ferrovias internacionais.

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