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Presidenta da Coreia do Sul se encontra com Dilma

Agência Brasil

A presidenta da República da Coreia do Sul, Park Geun-hye, se encontrará hoje com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. A pauta do encontro abrange principalmente temas ligados ao comércio, aos investimentos e à cooperação nas áreas de energia, tecnologia da informação, da saúde e educação - esta com destaque para o Programa Ciência sem Fronteiras, que já beneficiou 449 estudantes brasileiros. A visita ocorre em meio a um giro que Park Geun-hye está fazendo na América Latina.

O governo brasileiro trabalha com a expectativa de que os dois países assinem nove acordos nessas áreas. Além disso, tentará romper as barreiras coreanas para a importação da carne suína produzida em Santa Catarina, e dessa forma melhorar a situação deficitária da balança comercial com aquele país. "Existe um saldo comercial desfavorável ao Brasil, por conta de a pauta de comércio brasileira ser muito concentrada em produtos de base, com destaque para minério de ferro, milho, algodão e grãos", disse o subsecretário-geral Político do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Alfredo Graça Lima, durante coletiva de imprensa para detalhar o encontro entre as duas chefe de Estado.

Entre 2009 e 2014, a corrente de comércio bilateral entre Brasil e Coreia do Sul passou de US$ 7,47 bilhões para US$ 12,35 bilhões. O saldo da balança comercial tem sido negativo para o Brasil, chegando a praticamente US$ 4,7 bilhões em 2014. As exportações brasileiras somaram US$ 3,83 bilhões enquanto as importações ficaram em US$ 8,52 bilhões no ano passado. Em 2009, o déficit estava em US$ 2,16 bilhões.

O subsecretário ressaltou que a Coreia do Sul é fonte de muitos investimentos produtivos no Brasil, sobretudo nos Estados do Rio Grande do Sul e Ceará, e nos setores automobilístico e siderúrgico. "Somos o maior parceiro dos sul-coreanos na América Latina. Só no setor automotivo, a Coreia do Sul é responsável por aproximadamente US$ 3 bilhões em investimentos no Brasil, valor com reflexos inclusive nas áreas de semicondutores e de siderurgia", disse.

Em relação à obtenção de apoio coreano para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil é menos otimista, uma vez que a Coreia do Sul faz parte do grupo United for Consensus, que se opõe à criação de novos acentos no Conselho. "Eles sempre defenderam uma solução intermediária em relação a essa questão", justificou o embaixador.

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