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Líder de extrema-direita citado por Dylann Roof doou US$ 65 mil para campanha republicana

NOVA YORK — O líder de um grupo de supremacia branca que tem sido associado a Dylann Roof, autor do massacre à igreja de Charleston, na Carolina do Sul, doou US$ 65 mil para campanhas republicanas, incluindo dos candidatos que buscam a nomeação do partido para as eleições presidenciais de 2016, como Ted Cruz, Rick Santorum e Rand Paul. O texano Earl Holt, que se apresenta como o presidente do Conselho de Cidadãos Conservadores, também já deu dinheiro para uma série de outros membros republicanos atuais e antigos do Congresso.

Assim que ficou sabendo do vínculo, Ted Cruz, um senador do Texas, anunciou na noite de domingo que devolveria cerca de US$ 8.500 em doações recebidas por Earl Holt. Já Rand Paul, um senador de Kentucky, afirmou que doaria o dinheiro para ajudar as famílias das vítimas do ataque. Por email, Matthew Beynon, um porta-voz de Santorum, da Pensilvânia, disse que o ex-senador “não tolera comentários racistas ou de ódio de qualquer espécie”.

Em um manifesto de supremacia branca, Roof atribuiu sua radicalização contra negros à organização de Holt. O documento foi postado em um site criado com o nome do atirador, que está sob investigação do FBI.

O presidente da organização afirmou não ter se surpreendido com a notícia de que Roof se informou pelo site de seu grupo. Segundo ele, o Conselho de Cidadãos Conservadores é uma das poucas organizações que relata as relações raciais com “precisão e honestidade’. O líder ressalta, no entanto, que o grupo não defende a violência e não deve ser responsabilizado pelo ataque ao templo de Charleston.

“O CofCC dificilmente é responsável pelas ações desse indivíduo perturbado apenas porque ele acessou informações precisas de nosso site”, afirmou Holt em um comunicado.

O Conselho de Cidadãos Conservadores, uma organização de extrema-direita com sede no Missouri, é considerado uma das maiores autoridades em crimes de ódio. O grupo se opõe à mistura de raças e classifica os negros de uma raça inferior.

O ataque à igreja Metodista Episcopal Emanuel, frequentada por negros, reacendeu o debate nos Estados Unidos sobre o fácil acesso a armas de fogo e as questões raciais no país. Roof, um jovem branco de 21 anos, recebeu na sexta-feira nove acusações de homicídio e uma de porte de armas pelo massacre. Nove pessoas foram mortas no massacre, incluindo o pastor do templo.

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