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OPINIÃO

A síndrome de Down com outros olhos

Jeniffer de Oliveira Silva Reis ,Especial para Opinião Pública

A síndrome de Down (SD) foi à primeira condição clínica a ser descrita com diferentes níveis de deficiência mental, diagnosticada momo uma alteração estrutural dos cromossomos. Não é esclarecido quando foi descrito o primeiro caso de SD entretanto,  o médico inglês John Langdon Down descreveu algumas características clinicas compatíveis com a SD em um grupo distinto de pessoas e através destas observações,  denominou estes indivíduos como “Idiotia mongoloide”, no entanto, não foi  identificado a causa destes fenótipos. O cientista francês Jerome Lejeun estabeleceu o diagnostico citogenético clinico em 1959, através da investigação de nove pessoas que apresentavam o fenótipo de SD e percebeu que ao invés desta, possuírem 46 cromossomos agrupados em 23 pares, elas tinham 47 cromossomos, um a mais no par de números 21.

Inicialmente a SD era denominada por várias terminologias, como: idiotia mongoloide, imbecilidade mongoloide, acromicria congênita, cretinismo furfuráceo, criança mal-acabada, criança inacabada, dentre outras. Alguns desses termos apresentam um alto grau pejorativo, incluindo o termo mongol, podendo ser confundido com os naturais da Mongólia. Este termo foi amplamente utilizado até 1961. Em decorrência disso a Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir de 1965, em consenso, determinaram a utilização do termo ‘síndrome de Down ou de Trissomia do 21’.

A deficiência mental é uma das características mais frequentes para a síndrome de Down, devido provavelmente a um atraso global no desenvolvimento e outros problemas como: cardiopatia congênita (40%); hipotonia (100%); problemas de audição (50 a 70%); de visão (15 a 50%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); distúrbios da tireóide (15%); problemas neurológicos (5 a 10%).

Apesar de um portador da síndrome apresentar todas essas condições clínicas, eles participam ativamente da vida familiar, escolar e do lazer.  As crianças portadoras de SD têm um ritmo de aprendizagem mais lento, cujas etapas precisam ser respeitadas. Como crianças portadoras de SD apresentam níveis de desenvolvimento mais lento, quando comparados às outras crianças, cabe aos pais e educadores estimular essas crianças por meio de atividades lúdicas, visando prepará-los para a aprendizagem de habilidades mais complexas. Os portadores da síndrome de Down são capazes de atuar em níveis muito mais elevados do que se acreditava anteriormente. A educação da criança com síndrome de Down deve começar a partir do nascimento, com uma estimulação capaz de integrá-la progressivamente ao meio ambiente e à vida social. Algumas experiências têm demonstrado que o progresso dos alunos que foram estimulados desde bebés é mais acelerado do que os que receberam tardiamente.

O exercício físico pode colaborar e muito, no desenvolvimento da pessoa portadora da síndrome de Down quando criança, é incluída na Educação Física, não basta estar no mesmo espaço físico ou participar de algumas atividades, mas ela deve fazer parte do grupo e participar de todas as brincadeiras e atividades desenvolvidas durante a aula com as outras crianças, mesmo que necessite de ajuda e apoio do professor e de outros colegas. Porém este apoio, não deve transformar-se em “superproteção”, pois ao invés de contribuir, tende a dificultar o processo de inclusão.

Como podemos observa nos dias de hoje, uma compreensão maior sobre a síndrome, compaixão ao próximo e a inclusão dessas pessoas na sociedade apoiando e buscando meios de melhora sua qualidade de vida, o próximo passo é a eliminação total de  todos os preconceito para com essas pessoas.

“Não são as espécies mais fortes que sobrevivem nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças.” Charles Darwin

(Jeniffer de Oliveira Silva Reis, acadêmica de Ciências Biológicas PUC-GO, aluna de Iniciação Científica no Núcleo de Pesquisas Replicon)

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