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OPINIÃO

As diversas complicações que o Rio Meia Ponte enfrenta

Glenda Thais Lacerda ,Especial para Opinião Pública

O Rio Meia Ponte interligado com a multíplice da hidrografia da Bacia do Rio Paraná, se localiza na Serra dos Brandões, no município de Itauçu, que fica no centro-sul de Goiás, possui uma extensão de aproximadamente 500 km e termina seu curso em Cachoeira Dourada. Suas águas fazem parte da microbacia do rio Paranaíba e da região hidrográfica do rio Paraná, que engloba mananciais presentes no estado de Goiás, Distrito Federal e em outros cinco estados.  O Rio Meia ponte e seus afluentes passam por 39 municípios do estado de Goiás, que abastece juntamente com outros mananciais, 48% da população. A utilização dos recursos hídricos do rio é de extrema importância para a economia, produção de energia, irrigação e abastecimento do estado incluindo a capital. A bacia do Meia Ponte se divide em cinco sub-bacias: Alto Meia Ponte, que engloba a região das nascentes até a foz no ribeirão João Leite; Ribeirão João Leite, que são sete municípios delimitado como área de proteção ambiental; Rio Caldas, que faz  parte de nove municípios goianos e Rio Dourados, incluindo nove municípios.

Glenda Thais Lacerda

Para muitos, o rio é visto somente como descarga de esgoto e de lixo, estes não entendem a importância que o mesmo tem para a cidade e a população em geral do estado. Não possuem consciência de que no decorrer do rio existem várias espécies de animais e plantas nativas que também dependem de sua existência.  A alta carga poluidora, tanto rural quanto urbana, que permeia as margens do rio, traz consigo conseqüências graves. Visto como um dos rios mais importante do estado, o Meia Ponte tem perdido sua importância e beleza em meio à poluição. Considerado o “sétimo mais poluído do Brasil”, sua não preservação contribuiu para a gradativa redução de sua vazão, que apresenta fluxo médio atual de 45 m³/s.

O Rio depende da ação da população para sobreviver, isso não inclui somente conscientização engloba o conhecimento, preservação, e a consciência de que o descarte de lixo e ou esgoto, mau uso de defensivos agrícolas, desmatamento da mata ciliar e queimadas só agravam a situação. A não prática destas ações implica em situações adversas como perda de vegetação e espécies de animais nativos da região e escassez no abastecimento de água das áreas dependentes. Com isso, considerando todos os pontos citados para a preservação e vários outros que devem ser estudados e entendidos as chances restantes dos pequenos fragmentos de vegetação nativa que agregam grande importância na precaução dos recursos genéticos da fauna e da flora e hídricos da região terão maiores oportunidades de restauração que o Rio Meia Ponte tanto precisa.

(Glenda Thais Lacerda, estudante de Ciências Biológicas, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás)

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