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Alimentação na gravidez

A gravidez é uma fase muito especial na vida de qualquer mulher, além de ser uma fase de muitas dúvidas principalmente para as mães de primeira viagem. A alimentação está entre as dúvidas mais frequentes: “O que devo e não devo comer? Devo comer por dois?”.

A alimentação adequada da mãe na gravidez será crucial para o bom desenvolvimento de todos os tecidos e órgão do bebê, além de proporcionar bem-estar e saúde para mãe e seu filho. Por este motivo, especialistas afirmam que a mulher deve mudar sua alimentação antes mesmo de iniciar a gestação, se preparar nutricionalmente para a gravidez é o primeiro passo para quem quer passar por esta fase com saúde.

Se alimentar com ácido fólico (vitamina B9) será importante para a formação do tubo neural e do sistema nervoso do bebê, a falta desta vitamina pode causar malformação. Estudos recomendam começar a tomar no período pré-gestacional, pelo menos três meses antes.  "Uma deficiência de ácido fólico, junto com a vitamina B12, pode causar espinha bífida ou defeitos no fechamento do tubo neural (malformação na coluna vertebral e comprometimento das funções neurológicas, respectivamente). Esse problema é produzido nas primeiras semanas de gestação", afirma dr. Victor Bunduki, especialista em Medicina Fetal da Faculdade de Medicina da USP.

O carboidrato (encontrado nos pães, cereais, arroz e nas massas... procurar consumir principalmente os integrais) também é essencial na formação do feto, sendo uma das principais fontes de energia usada pelo feto para desenvolver. Existem mulheres que fazem dieta que retira o carboidrato da alimentação, mas durante a gestação é inaceitável prolongar ações como essas, pois 60% do desenvolvimento do feto dependem do carboidrato.

Deve-se ter cuidado ao consumir o café, pois cafeína agravar os sintomas de queimação no estômago, algo comum entre várias gestantes, por isso os médicos costuma liberar apenas duas xícaras por dia.

As frutas são fundamentais para o cardápio, elas ajudam a repor as vitaminas do corpo da mãe, mas atenção com as frutas que são exportas aos agrotóxicos, a preferência deve ser as orgânicas. Algo que é fundamental também é se hidratar bem, beber bastante água e tomar sucos naturais.

É recomendado tirar do cardápio as carnes cruas ou mal passadas, pois podem conter micro-organismos que poderiam ter sido eliminados ao cozinhar, além também da toxoplasmose. Portanto, o ideal é evitar carnes como rosbife, kibe cru e carpaccio. Carne de porco só se for bem passada. O mesmo vale para os peixes. Para saúde do bebe e da mãe, é bom retirar também os doces, comidas fritas e gordurosas. O álcool é tóxico, ele também é um dos vilões da gravidez.

A quantidade dos nutrientes que são recomendados deve ser equilibrada, a mãe não deverá “comer para dois”! As quantidades de calorias irão ser aumentadas de acordo com o período da gestação, devido a isso, uma gestante deve ser acompanhada por um especialista, pois se deve levar em consideração que cada pessoa é diferente de outra, tanto fisicamente como fisiologicamente, “o cardápio, o estado nutricional, a idade, o peso, a composição corpórea e a predisposição a algum problema de saúde precisam ser levados em consideração”, afirma Karen Morelli Soriano, do Instituto do Radium de Campinas.

(Samara Socorro Silva Pereira, graduanda de Ciências Biológicas – PUC Goiás. Estagiária no Núcleo de Pesquisa Replicon)

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