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Marconi e PSB, um projeto nacional para tirar o País da b...

A política é dinâmica, extremamente dinâmica, portanto imprevisível. Dar diagnósticos futuros, como se fossemos pitonistas é coisa grave e arriscada, mas é das vanguardas que se faz o jornalismo opinativo e a crítica deve ser balizada nas probabilidades. Isso não quer dizer que os que analisam o quadro político, não errem, erram e muito.

Nesse sentido, o que se pode observar é que poderá haver uma migração em massa de políticos do PSDB goiano para o PSB, eles seguiriam o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) em seu projeto nacional, posto que no partido de Jose Serra e Aécio Neves, ele jamais teria condições de se candidatar a presidente. A desculpa sempre será essa: Goiás é pequeno, mas é bom lembrar que Alagoas também é, e foi de lá saiu Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Não se deve comparar os dois, mas dizer que na política tamanho nem sempre é documento. Quando Marconi destroçou Iris Rezende (PMDB-GO), ele era um ilustre desconhecido.

Dada como certa a ida das senadoras Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Marta Suplicy (PT-SP) para o PSB, juntadas a fusão anunciada deste partido com o PPS de Roberto Freire, um novo quadro se desenha para as próximas eleições e dela poderá resultar um reforço substancial para um projeto nacional diferente do que vem sendo apresentado pela polarização entre PT e PSDB.

A terceira via resurgiria com muito mais força se capitalizado o rescaldo político de Eduardo Campos morto em 2014 que, somados ao resultado das próximas eleições municipais; que se espera positivo, o novo pacote político tenderá a fazer barulho grosso em 2018. Se Marina Silva; queimada por duas vezes, permanecer no novo PSB, o caldo ficará mais grosso ainda e o ronco das ruas dizem que o povo quer mudanças.

Para a consolidação desse projeto, o novo PSB teria que ter um nome como cereja do bolo. Aí entra Marconi Perillo que foi vitorioso em todas as eleições que disputou, e como Davi, ele já derrubou alguns Golias, embora goianos. Ele seria a bola da vez, Roberto Freire já anunciou que lança Marconi á presidência pela PPS. No Brasil de hoje não há nenhum nome que tenha o histórico político de Marconi. É aquela historia: ou vai ou racha, ele não tem nada a perder.

VITRINE

Marconi terá de um ano e meio a dois para engraxar o estado, cortando gastos públicos correntes e ajustando a máquina para fazer dela um objeto de demonstração pública em rede nacional - caso seja de fato o candidato dessa fusão. Nesse mundo ideal vislumbrado daqui de baixo há os nós que devem ser desatados, um deles é Carlos Cachoeira que volta e meia alude ameaças aos quatro ventos da imprensa, mas nunca dizendo à que vem. A segurança pública em Goiás possui dados negativos e a educação é péssima.

Sobre os três pilares que sustentam o caos brasileiro, segurança, saúde e educação: em Goiás a terceirização da saúde pública deu certo, o mesmo se espera na educação, já no policiamento, o ensaio chamado Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve), foi um fracasso amador cuja paternidade ninguém assume.

Corrigida essas falhas, tudo isso poderá ser usado para engrossar o discurso de uma gestão de Estado enxuto e dinâmico, com menos servidores, porém mais qualificados. Assim como se reduziu secretarias em Goiás, Brasília carece reduzir seus ministérios, que são verdadeiros varais de cabide, onde o PT dependurou a base de seu governo de coalizão. Que comprovadamente não dá certo – os interesses fisiológicos dos partidos minam qualquer forma de governo.

O Brasil requer mudanças. Os modelos apresentados, tanto nas políticas sociais como na macroeconomia devem ser revistas. O mundo desenvolvido achou na economia liberal a saída para o desenvolvimento. Não foi dando o peixe que países como Alemanha e EUA se consolidaram, foi ensinado a pescar.

Ou o Brasil entra no eixo ou se arrebenta de vez com essa política populista e bolivariana exercida pelo PT. A situação é tão vergonhosa que sua figura máxima, a presidenta Dilma, se negou a falar em rede nacional de TV e Radio com medo de ser atacada e de fato por não ter nada a dizer ao trabalhador brasileiro.  Chegamos ao fim.

(Waldemar Rêgo, jornalista, escritor e artista plástico. [email protected])

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