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OPINIÃO

Imaginem a cidade de Aparecida sem os forasteiros

Os “forasteiros” são aquelas pessoas que escolheram ou optaram em viver em nossa cidade. E transformaram a exuberante e majestosa cidade de Aparecida de Goiânia em uma das melhores cidades do interior do Brasil!

Hoje, me peguei pensando: denominar que o nosso nobre secretario de governo Euler de Morais ou qualquer não nascido em Aparecida mereça o rótulo de "forasteiro" é um reprovável exemplo de preconceito, de discriminação. Muitos se esquecem de que estão sendo vitimas de suas próprias línguas. Pois a maioria nasceu em outras cidades do Brasil ou do exterior. Qual será o real interesse de o rotularem de forasteiro, será que é por causa de sua competência e dinamismo? Ou será porque o nome dele esta sempre em evidencia e que a grande mídia o coloca como o grande sucessor do prefeito Maguito? Na falta de argumentos para atacar o "forasteiro", Euler de morais, muitos demonstram aquilo que todos sabem: o total despreparo para discutir o referido assunto da sucessão municipal, com temperamento rancoroso e a integral falta de respeito com a "liberdade de expressão", garantida pela Constituição de 1988.  Ora vamos juntos imaginar as seguintes situações, "Imaginem o mundo sem os produtos importados, sem novas tecnologias e sem avanço das telecomunicações. Imaginem se, em nome do “provincianismo”, dos costumes mais prístinos do mundo, do preconceito e da discriminação, experimentassem “expulsar” todos os “forasteiros”, independente do tempo que vivem ou trabalham em Aparecida de Goiânia. Imaginem a cidade se, expulsassem todas as empresas de fora. Imaginem a cidade se expulsassem todos os trabalhadores de fora. Imaginem a cidade se expulsassem todos os professores das universidades e alunos que vieram de fora. Imaginem a cidade se expulsassem todos os escritores e artistas que vieram de fora. Imaginem a cidade se expulsassem todos os políticos e lideranças que vieram de fora e, finalmente, todos os que não nasceram e foram registrados em Aparecida de Goiânia, como seria?

O número de “não naturais” residentes neste Município é muito grande. Paris, capital da cultura e da literatura, por exemplo, é espaço mais autônomo e livre do mundo, pois segundo Casanova “a emancipação [ ] é provocada pela “desnacionalização”, ou seja, aquele espaço francês vai se impor como modelo, não como francês, mas como autônomo”. Para Larbaud (um dos grandes introdutores da literatura mundial em Paris), “qualquer escritor francês é internacional, é poeta, escritor para toda a Europa e, ainda, para parte da América [...] Tudo o que é ‘nacional’ é tolo, arcaico, baixamente patriótico”. Tomando como base o patrimônio cultural francês, o mais “avançado”, por constituir-se universal, pode-se “tentar”, ainda, que a passos miúdos, deixar de classificar e discriminar os Aparecidenses que não nasceram em Aparecida, pois eles pertencem ao universo que pertence ao mundo que pertence ao país que pertence ao estado que pertence à cidade.

Naturalidade é um conceito distinto do de Cidadania. Quem tem certidão de nascimento Aparecidense , não tem Cidadania Aparecidense maior do que qualquer outro Aparecidense, nascido em outra cidade. Eu, André Walker de Goiânia - GO; Noberto Teixeira de São Pedro - SP; Ademir Meneses de Itapuranga - Goiás; Ozair José de Ceres- Goiás; Freud de Melo de Cachoeira de Goiás; Léo Mendanha de Inhumas - Goiás; Jose Macedo do Rio Grande do Norte; Edilson Ferreira de Goiânia; Maguito Vilela de Jataí - GO; Marlucio Pereira de Cristalina - GO; Euler de Moraes de Arapuá - MG, todos nós temos historias de lutas em defesa de nossa querida aparecida e não nascemos aqui. E muitos outros são Ilustres Aparecidenses que contribuíram para o desenvolvimento e crescimento daqui e estão no anonimato. Quantos delegados, policiais, padres, pastores, professores, artistas, comerciantes, empresários, políticos, lideranças comunitárias, estudantes, empregados, vindos de outras plagas, dedicaram suas vidas pela valorização de Aparecida de Goiânia?

É preciso que o sentido de Cidadania não seja confundido com o provinciano sentido de Naturalidade, para que todos os Aparecidenses, independentemente de onde tenham nascido, possam ser reconhecidos nos seus esforços de construir uma cidade verdadeiramente cidadã. Parabéns Euler de Morais! Muitas felicidades e sucesso em  sua existência. Você é aparecidense de coração e com certeza em breve será de fato!

(André Walker, publicitário e presidente da Adesc-RG Associação Pró Desenvolvimento Econômico, Social, Cultural e Ambiental da Região Garavelo)

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