Home / Opinião

OPINIÃO

A individualidade em xeque-mate,e seus limites!

Reconhecer que para tudo há limites é sinal de uma mente saudável e inteligente.

Quem é escravo das emoções não consegue aceitar a realidade dos fatos e vive em fantasias.

O advento da internet e os avanços tecnológicos, pautados pelo impacto da expansão digital da nova era de relações humanas e a rápida propagação da informação nesse novo meio prometiam sepultar as relações de poder constituídas num formato piramidal. Antes dessa revolução digital quem detinha o monopólio do conhecimento comandava a ponta da pirâmide, de onde gerenciava e coordenava a manutenção do prestígio, poder, fama e a influência da posição e do status que representa tal posição, sejam os pais, chefes, professores, governantes, líderes religiosos, etc...

O poder de transformação contido nessas novas ferramentas de interação e busca por informações pareciam haver condenado a um novo papel o modelo conservador de referências políticas , familiares e religiosas. Não seriam eliminados, mas teriam mais trabalho para manter suas postulações em voga.

A abertura do conhecimento a leigos não acadêmicos colocaria em xeque a própria hierarquia da pirâmide.

Surgiram muitos questionamentos: porque um sacerdote que nunca se casou pode dar conselhos sobre casamento? E mais: porque apenas homens ocupam essa posição religiosa?

O aumento dos contrapontos originados no livre acesso à informação exigiria então a sofisticação das respostas, que, assim, deixaram de ser condicionadas a “certo” e “errado”, “faz o que eu mando”e “sempre foi feito assim”.

O aumento da distância entre o “status quo” e as novas mentalidades propulsionadas pelo livre acesso à informação exigiria então a abordagem dos questionamentos com novas inferências lógicas desconhecidas até então e o enriquecimento do debate nos traz a seguinte pergunta: “Quem disse isso?”

O abandono das tradições trariam consequências já previstas que era nítido que levariam a caminhos de tristeza e dor, mas que precisavam ser trilhados para que não houvessem dúvidas sobre a verdade.

Conscientemente cada um dos que rejeitaram a ciência em detrimento de suas “opiniões pessoais” elevando suas vontades pessoais ao status de “verdade pessoal” que conflita com a verdade dos fatos baseada na única realidade se propuseram a postular novos caminhos obscuros sem previsão de resultados nem ao menos empíricos, ficando por conta de si mesmos, jogando no escuro sem saber nem os prováveis resultados.

O processo de disseminação do mundo das trevas vem pipocando cada dia mais nos grupos de WhatsApp, no Twitter, no Facebook e nas outras plataformas de redes sociais, infestadas de fofocas, mentiras, adulterações, sofismas, boatos, ilações e cinismos com o simples intuito de desvirtuar a verdade e fazer prosperar a mentira!

Um sistema de tecnologia da informação está sendo usado para promover os esforços de pessoas malignas das trevas que querem implantar a “tecnologia da desinformação”. O público que tem acesso à isso escolhe e filtra o que mais condiz com o que têm no coração. Enquanto isso os poderosos no topo da pirâmide fazem o que sabem fazer de melhor: coagir e intervir com ameaças, medo e chantagem.

É dessa forma que, por exemplo, a mentira religiosa da Igreja Católica e de suas filiais evangélicas continua se propagando, pregando o medo e o terror de um inferno de fogo criado filosoficamente na cidade de Babilônia há 4.300 anos atrás, no Império da Suméria e assimilado pelas adulterações que a Igreja Católica causou propositalmente às reveladas escrituras hebraicas dos judeus e que foi herdada pelas suas filiais evangélicas.

A distorção do que é certo e errado deu aos evangélicos ferramentas para trabalhar no emocional de pessoas desesperadas por qualquer tipo de cura ou solução milagrosa que resolva seu problema. Interesse por interesse.

Essa crise da desinformação alimenta outros tipos de sofrimento, como o dever de encontrar nosso dom intrínseco de liberdade, salvação e paz através de fragmentos e cacos valiosíssimos da verdade em meio à fossa de excremento das mentiras.

Ou seja, a mecânica quântica já veio provar incontestavelmente que somos sim responsáveis pela nossa felicidade e também pelas coisas desagradáveis que nos acontecem! Atraímos coisas positivas por sermos positivos e coisas negativas por sermos negativos.

Para completar o império do terror no final do filme todos morrem sem ter nenhum respaldo científico de que serão salvos.

O processo de autodescoberta e autoconhecimento é por si só doloroso e muitos preferem amortecer e anestesiar os sentidos com drogas legalizadas ou não, álcool, vícios em geral e artifícios que disfarcem a realidade dos fatos, que é inegável.

As conclusões, por si mesmas, já mostram que nem tudo faz sentido, nem tudo tem um começo, meio e fim e nem tudo merece ser considerado.

Qual é a solução então? Voltar aos livros e enciclopédias e buscar o mesmo conhecimento que já foi usado na idade média para aprisionar a humanidade numa hierarquia onde os sacerdotes sabiam tudo e não deviam ser questionados?

Talvez seja por isso que as instituições religiosas gozam da credibilidade e confiança de 53,5% da população brasileira, segundo a pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT), em parceria com o instituto MDA divulgada na terça-feira, 21 de julho.

Mesmo usando uma bíblia adulterada, onde o nome sagrado do Deus dos judeus, Jeová, foi substituído 7.236 vezes pela insignificante palavra Senhor e ninguém no meio católico ou evangélico se importa com essa adulteração escancarada que é só mais uma das milhares de mentiras do meio religioso, pois o que as pessoas querem não é saber quem vai abençoar: estão preocupados em apenas receber as bênçãos.

O abismo do desconhecido e o caos resultante de se enveredar pelos caminhos da liberdade total já estão mais do que provados como caminhos da morte!

Em pesquisa também recente, jovens entre 16 e 24 anos ouvidos pelo Datafolha diziam considerar mais importante as instituições familiares (99%) e religiosas (78%) do que sexo (67%) ou casamento (66%).

No ranking das instituições mais confiáveis do Brasil temos as Forças Armadas ocupando o segundo lugar, com 15,5% das citações na pesquisa da CNT/MDA – o triplo da confiança da polícia. Nas duas instituições mais confiáveis do País, as relações de desejo e escolhas de seus integrantes são sempre condicionadas a uma voz de comando hierarquizada.

Na parte de baixo da tabela, as instituições menos confiáveis são justamente as que trabalham a essência da contradição e do embate de ideias como princípio básico de operações: partidos políticos (0,1%), Congresso Nacional (0,8%), governo (1,1%) e imprensa (4,8%). Ou seja: quanto mais plural, fragmentada e exposta a contradições é a instituição, menos confiança ela inspira.

Isso não quer dizer que o debate deva ser suprimido em detrimento de verdades absolutas. A única verdade absoluta que não pode ser questionada é o mundo das exatas (matemática, astronomia, física, química, estatística, informática e alguns campos da biologia – biofísica e bioquímica – e da geografia – geofísica e geoquímica).

Mas esse absolutismo exato não deve ser imposto nas relações humanas, onde cada um pode, mesmo concordando e aceitando a única verdade absoluta, expressar suas diferenças de gosto pessoal em assuntos que não sejam ligados à exatidão dos cálculos e que por isso podem ser expressos através do olhar peculiar e pessoal, preservando a visão individual.

O ser da mente sã e saudável reconhece tanto a importância das leis universais imutáveis quanto sua individualidade e os limites onde pode expressar essa individualidade sem ferir as leis da mecânica quântica!

(André Luís Neto da Silva Menezes, pseudônimo: Tiranossaurus Rex – publicitário, inventor, filósofo, músico, integrante da Royal Society Group, membro da Confederação Brasileira de Letras e Artes e vice-presidente da Associação Canedense de Imprensa - [email protected])

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias