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Lulinha vitória por méritos pessoais

Se perguntarem a qualquer cidadão o nome do filho do ex-presidente Lula a resposta será “Lulinha”. Dificilmente alguém saberá dizer o nome completo do filho, mas todos sabem mencionar alguma negociata por ele realizada, notadamente envolvendo considerável patrimônio. Pouco importa a idade completa do “filho querido”, o fato é que ele ficou rico, e muito rico em pouco tempo. Segundo o pai, venceu na vida pelos méritos pessoais, como grande empreendedor que é. Sua fortuna é incalculável, e nem mesmo a Receita Federal tem condições de saber, porquanto, é por todos sabido que está nas mãos de “laranjas”.

Chega a ser folclórico o que se diz do patrimônio de Lulinha. Pode até não ser verdade tudo o que se fala a respeito dele. Mas os comentários populares correm de boca em boca, de forma a se admitir que o povo pode até aumentar, mas não inventar.

De tanto se ouvir repetição, não há como desacreditar na versão pública de que ele é o maior proprietário de fazendas no Pará,  reinando  como imbatível comprador de gado, em todos leilões realizados na região. Na disputa em lances, ninguém cobre suas ofertas. É claro que ele não comparece pessoalmente, porquanto se faz representar por prepostos.

Comenta-se que em qualquer leilão, e são muitos os realizados em fazendas da região norte, os pretensos compradores de gado desistem, e vão embora, sempre que tomam conhecimento da presença de algum representante de Lulinha. Verdade, ou não, consta que a policia seguia determinado suspeito de envolvimento em drogas e o prendeu em leilão de gado, encontrando no porta mala do veículo seis milhões em dinheiro vivo. Questionado sobre a origem do dinheiro, o suspeito disse que era do Lulinha e ali estava para comprar gado e pagar a vista.

Foi amplamente divulgado que Lulinha, através de pessoa de confiança, comprou uma grande fazenda no Estado de São Paulo, propriedade de alta valor e enorme extensão territorial, possuindo uma casa estilo colonial, da época da escravidão, com mais de trinta quartos. O valor da transação não se sabe, mas consta que foi bastante elevado.

Notícias recentes informam que no Pantanal de Mato Grosso do Sul existe uma área enorme, desabitada, onde o mundo animal prevalece, com vários  locais piscosos, havendo uma única e majestosa fazenda na região. A quem pertence? Ao Lulinha, servindo de local para recreação do magnata. Mas está em nome de um empregado.

Ninguém desconhece os comentários, que por sinal aumentam gradativamente, de que Lulinha é um dos principais sócios do Frigorífico JBS (Friboi), o maior produtor e exportador de carne do Brasil. Ser sócio daquela empresa, através de laranja,  não teria sido difícil, porquanto entrou com o  cacife de conseguir empréstimos generosos junto ao BNDS, valendo-se da intermediação do pai, ex-presidente da República. Será verdade?

O apartamento de Lula em Guarujá, em prédio concluído mesmo após a quebra da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), presidida por João Vacari Neto, figura por demais conhecida em diferentes escândalos envolvendo o PT, na verdade seria de Lulinha e estaria em nome de um sócio.

Pela sua reconhecida competência como empreendedor, Lulinha estaria adquirindo o controle acionário de uma conhecida companhia telefônica, cujo nome é preferível não dizer, abrangendo uma área considerável do território brasileiro.

No mundo da informática a atuação de Lulinha mereceria destaque, como sócio, através de prepostos, em diversos empreendimentos, começando pela Gamecop, empresa criada por ele e que recebeu da  Telemar investimentos de mais dez milhões de reais para “produção de programas de televisão”.

Por tudo que se sabe pela imprensa, Lulinha seria realmente um gênio em negócios. A mágica, ou quem sabe mente brilhante,  fez com que um monitor de zoológico, que em 2002 ganhava R$ 600,00 por mês virar um empresário multimilionário, chegando morar em um apartamento nos Jardins, área nobre de São Paulo, cujo aluguel, de R$ 12 mil mensais, era pago por um amigo, ao que consta o empresário Jonas Leite Suassuna.  Posteriormente, Lulinha passou a morar em Moema, também região de classe alta da capital paulista, em um apartamento que pertence ao mesmo Jonas Suassuna e que, se alugado, renderia R$ 35 mil mensais. Somado às despesas com condomínio e IPTU, o gasto com a moradia chegaria a R$ 39 mil.

Também consta que a Procuradoria República tentou investigar o patrimônio de Lulinha, mas não conseguiu êxito. Todavia, hoje os tempos são outros. Portanto, urge que a Procuradoria da República investigue como aconteceu tanto sucesso financeiro.

(Ismar Estulano Garcia, advogado, ex-presidente da OAB-GO, professor universitário, escritor)

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