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OPINIÃO

Por que se filiar a um Partido Político?

Independentemente do porquê, na atual conjuntura da política brasileira, torna-se uma necessidade daqueles, que mais do que confiar em seus representantes, gostariam de participar mais ativamente na discussão dos seus direitos e melhorias para o seu município, Estado ou país, optando pela ideologia que melhor lhe convêm.

Ela é um ato muito simples: basta que eleitor busque a sede ou o diretório do partido de sua preferência, com o título de eleitor, e preencha sua ficha de filiação, que posteriormente será deferida pelo partido, observadas as regras estatutárias. Ao final, a filiação é comunicada pelo diretório à Justiça Eleitoral.

Para desligar-se de um partido, o filiado deve fazer uma comunicação escrita ao presidente do diretório, mesmo que ele seja provisório (quando o Diretório Regional nomeia uma Comissão no município), enviando uma cópia ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito, que determinará ao Cartório Eleitoral que seja excluído da última relação de filiados arquivada nesse Cartório.

Para candidatar-se a um cargo público, é preciso estar filiado, ser maior de 18 anos e em dia com seus deveres sociais, inclusive com as eleições passadas. Os limites para as candidaturas: a idade mínima requerida para o cargo eletivo até a data da posse é de 35 anos para presidente, vice-presidente e senador; 30 anos para governador e vice-governador; 21 anos para deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, prefeito e vice-prefeito; e 18 anos para vereador.

Mas o objetivo maior de uma filiação não deve ser unicamente o desejo de se candidatar, mas de participar das discussões políticas de seu domicílio eleitoral, estado e país. Existe um adágio popular que diz: política, religião e futebol não se discute – do que que discordo veementemente no quesito política, segmento este em que deve haver discussões contínuas, dentro e fora do partido.

Em Goiás, lamentavelmente, algumas siglas partidárias ainda carregam o estigma de terem donos. Um dos primeiros partidos a se estruturar após a reabertura democrática compõe-se de alas que defendem sua reordenação e modernização, mas há os que preferem manter o lado arcaico, o que tem o levado essa agremiação a sucessivas derrotas, sem falar, é claro, nas perseguições e traições àqueles que foram convidados a se filiarem e posteriormente enganados.

Quando me filiei ao Partido Popular Socialista (PPS), há mais de uma década, o fiz pela sua história, por ser um partido que sempre apoiou a luta dos estudantes, mulheres, negros, índios, movimentos a favor da política de base, parlamentarismo, por um pais com mais universidades e centros de pesquisas, no apoio ao jornalismo etc. A simpatia aos seus líderes e participantes, sempre me chamou atenção, e destaco alguns de seus percussores: Oswald de Andrade, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Patrícia Galvão (Pagu), Raquel de Queiróz, Carlos Drumond de Andrade, Álvaro Moreyra, Afonso Schmidt, Eneida de Moraes, Mário Schemberg, Edson Carneiro, Catulo Branco, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Oscar Niemayer, Vilanova Artigas, Caio Prado Júnior, Nelson Werneck Sodré, Edgard Corone, Dias Gomes, Oduvaldo Vianna Filho, Gianfrancesco Guarnieri, Paulo Pontes, Mário Lago, Leon Hirsmann, João Batista de Andrade, Cláudio Santoro, Silas de Oliveira, Noca da Portela, Bete Mendes, Francisco Milani e muitos outros.

Em meu estado, o que me motiva a estar mais ativo no partido é termos, agora, alguém que se já tinha a minha admiração, passou a ter o meu apreço, apoio e companheirismo: deputado federal Marcos Abrão Roriz Soares de Carvalho.

Sua trajetória sempre foi proba e eficiente, tendo se destacado nas funções públicas que assumiu na Diretoria de Promoção Industrial, Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial (2003-2007); Presidência da Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial (2007-2008); Liquidante da Cia de Distritos Industriais de Goiás, Goiás Industrial (2007-2008); Presidência da Cia de Distritos Industriais de Goiás, Goiás Industrial (2008-2010); Presidência da Agência Goiana de Habitação (2011-2013), onde teve destaque nacional, o que veio a ser a base para sua eleição a deputado federal, dando-lhe 92 mil, 347 votos.

Sua atuação na Câmara dos Deputados é reconhecida, especialmente na defesa dos direitos sociais. À frente da presidência do partido em Goiás, tenho plena convicção de que o fará forte, pois sua conduta impessoal e o seu desejo de estruturá-lo de forma séria, não se preocupando com números, mas atendo-se à qualidade e à seriedade de seus líderes e filiados, fortalece o partido ainda mais.

Estando há mais de 10 anos filiado ao PPS, percebo que agora está sendo comandado por alguém que vem ao encontro de meus anseios, que é o de ter um partido em que possa participar, ativamente, das discussões do desenvolvimento de meu estado e município.

Max Weber diz que: “A palavra política significa elevação para a participação no poder ou para a influência na sua repartição, seja entre os Estados, seja no interior de um Estado ou entre os grupos humanos que nele existem.”

É preciso que participemos sempre, para que nossos sonhos e desejos se tornem poderes, para influenciar o que necessita ser mudado e melhorado. Para termos um país melhor e uma sociedade mais justa e fraterna, é preciso fazer a nossa parte.

(Cleverlan Antônio do Vale, graduado em Administração de Empresas e Gestão Pública, pós-graduado em Política Públicas e Docência Universitária, doutorando em Economia – Articulista do DM. [email protected])

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