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OPINIÃO

O futuro da humanidade depende da era da consciência

A existência de vida no planeta Terra é marcada por histórias que marcaram o princípio e o fim de épocas gloriosas ou de decadência. O ser humano evoluiu mais, sobressaindo-se e adaptando-se, tornou-se a espécie dominante. Hoje, essa criatura maravilhosa encontra-se em um momento crucial de sua existência e necessita urgentemente refletir sobre o futuro, realizando um sacudimento espiritual que proporcione o alcance da plenitude de consciência universal e desta forma contemplar ao anseio ardente de ser útil a humanidade. Isto proporcionará o impulso dos seres humanos para melhorar suas condições e qualidades, num amplo e generoso gesto de superação espiritual e encontrar seus melhores estímulos e as mais nobres inspirações de bem.

A humanidade, que se agrupa em raças ou em povos de diferentes idiomas, hábitos, pertencentes, sem exceção, ao gênero humano, está formada por grandes massas de diversos tipos psicológicos, distanciadas entre si mental e espiritualmente, de acordo com o grau de adiantamento que umas e outras acusam, e de acordo com os costumes, crenças ou inclinações de seus pensamentos, tudo o que estabelece dentro desse conjunto diferenças, que às vezes culminam em antagonismos extremos e que são causa, desde tempos imemoriais, dos tantos conflitos produzidos no mundo, talvez, restando apenas fragmentos de humanidade, afastando-a das possibilidades de cumprir seus elevados destinos. Os cientistas informam a existência de água em Marte. Qual será a pretensão humana? Como será? Continuaremos destruindo a natureza? Teremos que nos adaptar e viver no planeta destruído? Ou vamos encontrar formas para nos mudarmos para outros mundos? Vamos destruí-los também e viveremos como nômades de planeta em planeta? É triste pensar no abandono a que, incompreensivelmente, a humanidade parece ter-se entregado no curso dos séculos, no abandono de suas condições e qualidades e, sobretudo, da disposição para entender à única realidade que dá expressão à sua existência: a consciência. Ultrapassando o limite de todos os desejos e exigências o ser humano, numa quase permanente agitação, foi-se submergindo pouco a pouco na inconsciência. É preciso devolver à humanidade o pleno gozo de suas faculdades e o uso consciente de sua razão deve ser imperativo do momento atual, caso contrário, a civilização do amanhã está condenada a um destino cruel. Em toda a existência humana poucos tiveram a responsabilidade de guiar os homens pelo caminho que devia conduzi-los ao cumprimento de seus fins mais elevados. De fato, esses poucos tiveram que pensar pelos demais. É chegado o momento de assumirmos de forma compartilhada e de aumentar a cada dia o número dos que pensam e dos que colaboram para um mundo melhor. Ainda não aprendemos que a guerra, o egoísmo e a ganância estão nos destruindo. O momento requer que toda a humanidade seja mais consciente de sua própria existência e de tudo que lhe pertence em razão de sua função civilizadora. Cada integrante da espécie humana deverá alcançar, urgentemente, essa consciência, que muitas vezes o chamará a reflexão; consciência de seus deveres para consigo mesmo a respeito da necessidade de uma superação de seus valores individuais; consciência de seus deveres para com a família e para a sociedade. Notadamente, o pensamento dos grandes estadistas, bem como das opiniões reitoras que tornam público o critério que se forma entre as massas, veio se modificando nos últimos tempos, concordando todos em que o mundo deve ser conduzido por caminhos mais retos, mais justos e mais amplos, nos quais a dignidade humana encontre suas expressões mais puras e elevadas.

O fundamento essencial da vida é a liberdade, encontrada no vértice do tripé, cuja base repousa no dever e no direito, porém, exige a síntese da responsabilidade humana, sendo preciso erguer a consciência dos homens e fazer com que ela se manifeste em todo o seu esplendor e na sua potência máxima. Desta realização depende o futuro da humanidade, que nela encontrará a chave que assegurará a paz sobre a terra.

(Natal Alves França Pereira, graduado em Ciências Contábeis, servidor público, filiado à Associação Goiana de Imprensa)

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